17장

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Aíte Sithe, Kent - Inglaterra 25 de Setembro de 2019

Chaeyoung:

Calor

Um calor insuportável tomava conta do meu corpo e não me deixava dormir, abri os olhos, as cortinas fechadas deixavam o quarto em completa escuridão, mas eu não precisava da luz para ver e sentir.

Meu corpo suava ao ponto de molhar os lençóis e cobertores sobre os qual tentava anteriormente dormir, meu corpo inteiro gritava em uma necessidade absurda de satisfação, minhas narinas fariscavam todo e qualquer cheiro que existisse presente, avidamente tentando encontrá-la. Meus ouvidos capturavam os passos, risadas e murmúrios, e o cantar dos pássaros me indicava que já era dia.

Inspirei todo o ar que meus pulmões aguentavam e expirei logo em seguida, me levantando rapidamente, caminhei de maneira trôpega até o banheiro, já que minhas pernas não me ajudavam nem um pouco. Ao adentrar o mesmo, apenas segui até a banheira e abri a torneira para enchê-la na temperatura mais fria possível.

Não esperei estar totalmente cheia para adentrar, a água e a porcelana fria causando um choque térmico muito bem vindo ao meu corpo. Dado um certo tempo, segurei as bordas da banheira, joguei a cabeça para trás e de olhos fechados mergulhei na água gélida, por tempo suficiente para esfriar completamente minha cabeça. Ao emergir agradeci por meu movimento ter sido efetivo, pois precisava me lembrar das instruções que Momo, Jennie e Sana me deram no dia anterior:

"Não tente sair do quarto, as portas foram reforçadas."

"Mantenha o corpo frio e tente manter a
mente calma"

"Se toque o máximo de vezes possível"

Em ocasiões normais, a terceira instrução me faria ficar vermelha, mas naquele momento aquilo era necessário. Suspirei e soltei as bordas da banheira, os nós dos meus dedos brancos devido a força que eu aplicava em segurar o material frio. Fechei os olhos e deslizei minhas mãos por entre minhas pernas, surpresa porque nem ao menos a água foi capaz de diminuir minha lubrificação.

Meus dedos deslizaram com facilidade por entre minhas dobras, causando um choque que se espalhou como fogo por todo o meu corpo, e apenas aquilo foi necessário para que minha mente começasse a trabalhar.

Enquanto meus dedos pressionavam e rodeavam meu nervo inchado, a imagem perfeita de Mina sobre mim se fazia presente através das minhas pálpebras fechadas, podia sentir sua mão sobre a minha, guiando meus dedos. - Eu devia ter vindo antes...- Abri os olhos ao ouvir aquele sussurro rouco, aquela que povoava meus pensamentos estava ali, a minha frente, completamente vestida, seus olhos oscilando entre o castanho e o laranja.

Seus olhos me queimavam enquanto a garota colocava minha mão que antes estava em minha intimidade nas bordas frias da banheira. - Segure firme e só solte quando eu mandar - Murmurou e antes de qualquer protesto, estes inexistentes de minha parte. Sua mão quente voltou a cobrir meu centro pulsante, seus dedos deslizando por entre meus pequenos lábios.

O gemido que soltei se assemelhou quase a um rosnado quando juntamente ao movimento de seus dedos da mão direita, os da esquerda passaram a instigar meu mamilo rígido e seus lábios tomaram meu pescoço, seus dentes arranhando minha pele enquanto seus dedos provocavam meu clitóris com maestria.

Eu podia ouvir o atrito de minhas garras, que imperceptivelmente haviam substituído minhas unhas contra o material que eu apertava com afinco, enquanto as mãos de Mina me levavam aonde eu precisava estar. Seus dedos em minha intimidade ora faziam movimentos circulares rápidos, ora deslizavam por entre minhas dobras, provocando minha entrada.

Seus lábios, de meu pescoço haviam descido para o meu busto e depois para o meu seio direito, que antes era instigado por seus habilidosos dedos. Sua língua tremeu contra meu mamilo ao mesmo tempo que seus dedos o fizeram em meu clitóris. Sua mão esquerda agora apertava a carne da minha cintura, me fazendo arquear as costas e me entregar ainda mais a ela.

Senti seus dedos deslizarem até minha entrada, um sorriso se fez presente em seu rosto enquanto ela deixava meus seios livres de seus lábios e logo meus gemidos preencheram o banheiro assim como os seus dedos fizeram com meu centro, que pulsava, implorando por cada vez mais. Enquanto três de seus dedos realizavam estocadas fortes e profundas, seu polegar pressionava meu clitóris. Meus olhos se fecharam, podia ouvir e sentir a água que antes enchia a banheira escapar pelas laterais devido ao meu debater.

Podia ouvir os suspiros e leves rosnados de satisfação de Mina com clareza, mesmo com meus gemidos a um volume preocupante e isso só me empurrou mais para a borda. - Venha pra mim. - Sua ordem marcou meu ápice, minhas costas arquearam e minhas garras a perfurararam a porcelana, meus olhos se apertaram e inesperadamente, eu não senti mais nada.

Ao acordar, estava em movimento, com os braços de Mina sob a dobra de meus joelhos e minhas costas, os meus rodeando seu pescoço enquanto ela me carregava pelo quarto, seu cheiro parecia muito mais forte, e pareceu me acender novamente. - Tem de se alimentar primeiro. - Afirmou, deixei meu olhar subir para o seu rosto, os cantos de seus lábios curvados levemente para cima, formando um de seus belos sorrisos. - Eu sinto o que sente...

Foram suas únicas palavras antes de me colocar deitada em minha cama. Apoiei minhas mãos no colchão e me sentei lentamente enquanto Mina caminhava, agora nua em direção a parede próxima a porta. Desde quando isso acontece? - Perguntei, sua frase ricocheteando pelos cantos da minha cabeça. - Desde o seu despertar. - Respondeu simplesmente.

Deixei com que meu lado analítico viajasse por entre minhas lembranças até semanas antes, na floresta. A imagem nítida do lobo da alfa em frente ao meu, o calor que senti ao tocar seu focinho se espalhando novamente por meu corpo. - Isso explica muita coisa. - Murmurei, causando um riso da morena que se aproximava com um pote. Praguejei baixinho, pois até mesmo seu riso me pareceu erótico.

- Aqui, coma. - Disse e colocou o pote sobre minhas pernas, abri o mesmo. Não vou nem perguntar onde arrumou isso.

No recipiente haviam cubos de carne crua, cortados com uma perfeição assustadora. Não me preocupei em analisá-los, capturei um entre meu polegar e meu indicador e o levei até a boca, me deliciando com o sabor da carne tenra. Segui com o mesmo ritual até que não houvesse mais nada no pote, o coloquei sobre o criado-mudo ao meu lado.

Mina permanecera sentada ao meu lado o tempo inteiro, mas só naquele momento deixei com que meus olhos passeassem por sua fisionomia, sua pele possuía um tom dourado exótico, seus seios eram perfeitos, nem tão grandes, nem tão pequenos e redondos, com as auréolas de um tom moreno mais escuro, entre eles, uma tatuagem, uma linha que na ponta superior possuía um círculo grande e vazio, na inferior, um menor, totalmente preenchido, esta reta principal se cruzava com uma menor na horizontal, com os mesmos círculos existentes na maior e um pouco acima, algo como um U.

Antes que eu pudesse me parar, estiquei meu braço, deixei com que a ponta de meus dedos deslizassem pelo desenho lentamente, um calor que eu agora sabia não ser só meu tomou conta do meu corpo. Sua mão cobriu a minha e a alfa se aproximou lentamente, como se encurralasse sua presa, e naquele momento, o fazia, com a mais desejada delas.

Minha mão não deixou o vale de seus seios nem ao menos quando a vi sobre mim, seu membro, imponente, roçando contra o interior de minhas pernas. - E-e... - Tentei dizer, ainda que soubesse que não teria êxito. Ainda mais depois das palavras da mulher acima de mim:

- Só me deixe cuidar de você....

Bloodline | Michaeng G!P {AOB}Onde histórias criam vida. Descubra agora