Kent, Inglaterra 12 de Setembro de 2019
Chaeyoung:
Durante o almoço, tanto Mina quanto seu irmão sumiram de vista, provavelmente faziam parte daquele comum grupo esnobe de alunos que preferiam comer em qualquer outro lugar que não fosse o refeitório da escola.
Se eu não tivesse que seguir a dieta restrita que seguia, com certeza comeria o que é preparado pelas cozinheiras da escola, mas eu não tinha esse privilégio.
Jihyo e eu seguíamos para o refeitório, ela mexia no celular, provavelmente trocando mensagens com sua namorada, então, mesmo que estivesse distraída com a música que ouvia, a guiava, evitando que esbarrasse em alguém.
Quando finalmente chegamos ao refeitório, a acompanhei até a fila e arranquei o celular de sua mão, provocando uma carranca em minha amiga, mas eu não liguei, Jihyo é cão que ladra e não morde.
Segui para a mesa onde Tzuyu e Jimin estavam sentados, discutindo sabe-se lá o que, mas logo pararam quando me sentei.
- Como foram as aulas de vocês? - Indaguei, existiam poucas matérias que nós quatro compartilhávamos, Jihyo fazia francês comigo, Tzuyu começara Economia doméstica comigo naquele ano e Jimin tinha o mesmo horário de educação física que eu.
- Lembra aquele trabalho que o professor Park passou? - Indagou Tzuyu, esboçando um sorriso, o senhor Park era nosso professor de história, ele não era rígido, na verdade fazia boa parte da turma se interessar pela matéria. - Hoje foi o dia do Beomgyu e da Somi de apresentar, o professor teve que sair da sala pra não rir, o Yoongi se atrapalhou quase o tempo inteiro e a Dahyun ficava beliscando ele, no fim da aula ele parecia estar morrendo de medo dela.
- Quem diria que o "machão" - Fiz aspas com os dedos, sorrindo só de imaginar a cena. - estaria morrendo de medo daquela namoradinha anã dele....
Nós três rimos e quando Jihyo veio se sentar com a gente já tínhamos mudado de assunto, mas nosso amigo fez questão de contar o acontecido, o que fez a loira esquecer até mesmo o fato de eu estar em posse de seu celular.
- A anã aqui contou da gostosona que chegou na escola hoje? - Questionou a Coreana, nossos amigos me olharam curiosos, passei a mexer no meu almoço como se fosse a coisa mais interessante de todas, meu rosto provavelmente ficando vermelho, do jeito que eu conhecia Jihyo, ela ainda não havia acabado de falar. - E que ela sentou do lado dela na aula de francês?
- O que?!? Como assim!? Como é essa garota? - Veronica desatou a perguntar, revirei os olhos e não levantei a cabeça, amo meus amigos, mas eles são chatos pra um excelentíssimo senhor caralho quando querem. - Son Chaeyoung conta essa história direito.
- Não sabia que tinha voltado a estudar, mãe - Retruquei, se tinha uma coisa que eu detestava e que fazia questão de fazer era me chamar pelo nome completo, como minha mãe faz nos momentos de raiva. E não tem nada demais, Mina só sentou do meu lado e estudamos, nada demais.
- Mina, como em Myoui Mina? - Indagou Jimin, seu olhar surpreso, todas nos viramos pra ele, mas ele nem pareceu notar. - Ela é toda misteriosa, ninguém sabe muito dela, só lembro que quando eu tava na quinta série, existiam milhares de histórias sobre a família dela.
- Seja o que for, provavelmente são boatos, Mina não me pareceu tão misteriosa, e não há nada de mal nos outros não saberem muito sobre a vida dela, a vida é dela, afinal de contas - Afirmei, voltando minha atenção ao meu almoço, e isso foi o suficiente para eles entenderem que o assunto estava encerrado.
𖤍𖤍𖤍
Para a minha alegria, fomos dispensados após a quinta aula, Mina compartilhou ambas as aulas comigo, sentou-se por perto e conversamos um pouco, era bom ter alguém pra conversar nas aulas que eu não compartilhava com meus amigos. Falamos sobre amenidades, mas foi o suficiente para me alegrar, e perceber que por seu sotaque que a garota, apesar de claramente ter origens Japonesas por seu sobrenome.
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Bloodline | Michaeng G!P {AOB}
FanficSon Chaeyoung é uma simples jovem com seus quase 18 anos e seu pequeno grupo de amigos, nascida em Miami, mas residindo em Kent, Inglaterra desde os 11, a garota sempre viveu uma vida normal, nos padrões em que um portador da Doença de Wilson é capa...