capítulo 11

98 12 1
                                    

...

Pov: Calleu





Eu estava sentado olhando para a porta que ela tinha acabado de sair, ainda incrédulo que ela não acredita que a irmã seria capaz de escolhê-la, parece até que não conheci a mesma.

Continuei a olhar os papéis para o dia do milênio, por que seria o evento do ano literalmente, e eu estava pensando em deixar isso para a Flávia ou até mesmo a Lívia resolver tudo.

Senti o cheiro de Nathanael e logo em seguida ele bateu na porta.

— Entre. — falei ainda olhando para o papel. — Eu ia mesmo te chamar, tava pensando em deixar os assuntos da festa da lua de sangue com a Flávia, será que ela vai querer?.

— Ela vai adorar, contando que a Lívia não esteja junto vai ser uma maravilha para ela. — falou suspirando cansado, pelo jeito a Flávia e ele tiveram uma briga.

— Por que vocês brigaram dessa vez?. — perguntei olhando para ele que jogou a cabeça para trazer cansado.

— Eu esqueci a mala dela no aeroporto e só vão pode entregar amanhã. — ele falou eu segurei o riso. — E você sabe como ela é em relação a roupa, a mesma só falta arrancar a minha cabeça, falou que eu vou dormir no sofá do quarto. — nesse momento eu não aguentei e tive que rir a Flávia era surtada. — Vá rindo, logo, logo chega a sua vez com a Mieera.

— O que te faz pensar que a Lunar vai escolher ela?. — e agora foi a ver dele de rir.

— Não se faça de doido, você melhor que ninguém sabe como a Lunar é. — ele falou cruzando o braço, e estava certo eu sabia como ela era. — E falando da Mieera você conversou com ela?.

— Sim, e ela riu da minha cara falando que a irmã não seria cão de fazer isso com ela.

— Então ela não conhece a irmã direito, bom, eu tinha vindo aqui só para avisar que a Mieera e a Flávia vão amanhã fazer compras na cidade.

— É, vai ser bom as duas fazer amizade. — falei sem da muita importância.

— Era só isso. — ele se levantou e para sair e quando estava perto da porta se virou. — Ah, outro coisa, você apanhou feio hoje.

Antes que eu dissesse alguma coisa ele saiu rindo, o Nathan era uma graça, nós somos amigos faz tempo, ele conseguiu o envelhecimento lento quando se tornou o meu beta, e por eu ser um lobo muito antigo filho de um alfa com uma suprema já nasce com esse dom de envelhecer de vagar.

Terminei tudo o que tinha para fazer e sai do escritório, quando eu estava passando pela sala o Leandro me chamar.

— Pai? — eu o chamava de pai em forma de respeito por ele ter me criado.

— Venha Sentir-se comigo. — podia não parece mais ele era bem velho, e viu muito coisa. — Eu fiquei sabendo que você e a Mieera lutaram hoje. — falou assim que eu me sentei.

— Sim, no treinamento nos lutamos e por sinal ela luta muito bem para uma sacerdotisa.

— É para uma sacerdotisa ela te deu uma surra. — falou orgulhosa da filha, eu ia falar que ela não tinha ganhado mais ele me cortou.— Ela vai ser uma ótima luna um dia.

— O senhor também acha que ela vai ser escolhida. — eu não tinha feito uma pergunta e sim uma afirmação, ele sabia que ela iria ser escolhida, eu também só, não estou querendo admitir.

— Eu sei que vocês tem uma divergência, mas você deve conquistar a confiança dela até a lua de sangue. — eu ia perguntar o porquê mais ele logo prosseguiu.— Não será bom ter supremos desconfiados um do outro.

— Irei tentar ser menos bruto com ela.

— Oh meu querido o problema vai ser ela menos bruta com você, e desconfiada é claro. — é ele tava certo.

— Será que eu vou amar ela como eu amei a Lunar um dia ? — essa dúvida estava me correndo por dentro.

— Não sabemos, mais você pode tentar da o seu melhor por ela.

Ele falou, é claro que ele queria isso era a filha dele que nós estávamos falando, eu lembro o quanto ele sofreu quando Lunar morreu e não poder ver a Mieera era bem difícil para ele.

— Eu irei dar o meu melhor. — falei e tomei uma bebida que tava encima da mesa de centro. — Bom é melhor eu ir dormir por que amanhã eu tenho que resolver umas coisas na alcatéia vizinha.

— Deixa eu adivinhar o Catama tá arrumando problema de novo?

— Se fosse por mim, já teria arrancado a cabeça dele.

— Lembre-se que você é um supremo Calleu, a segurança do sua povo em primeiro lugar. — me advertiu.

— Eu sei disso, bom eu vou me retirar boa noite pai. — fiz uma breve reverência.

— Boa noite meu filho. — ele estendeu a mão me abençoando.

Sai da sala e fui para o meu quarto assim que cheguei em frente a porta do meu quarto eu olhei para a porta do quarto de Mieera, balancei a cabeça e entrei no meu quarto e me joguei na cama.

[...]

O dia estava lindo e eu já estava de pé tomando café que a dona Lúcia tinha feito.
Logo eu ouvi vozes vindo do corredor e logo reconheci que era Nathan e Flávia.

— Bom dia casal. — falei e os dois se sentaram lado a lado na minha frente.— Vejo a fizeram as pazes.

— Não acredito que contou para ele.— reclamou Flávia dando um tapa em Nathanael.

— Aí. E em minha defesa eu não contei ele adivinhou.— falou e eu concordei.

— Tanto faz, cadê a Mieera? — perguntou Flávia passando manteiga no pão.

— Ela deve ter ido fazer as orações dela.

Assim que eu fechei a boca ouvi a porta da frente sendo aberta com força e o cheiro de sangue me atingiu todos se levantaram da mesa e fomos em direção a sala e encontramos a Mieera cheia de sangue com uma menina nos braços.

— Vocês podem me ajudar.— perguntou olhando para a menina e Nathanael pegou a mesma no braço, e em seguida Mieera foi para o lado de fora e eu acompanhei e o que eu me chocou.

— O que é isso? — perguntou Flávia do meu lado.

— Eu não faço ideia.— respondi com sinceridade.

Sacerdotisa dos deuses Onde histórias criam vida. Descubra agora