Capítulo 28

70 10 1
                                    

Pov: Mieera

Calleu já tinha chegado e foi direto conversar com o conselho e determinar a sentença dos outros antigos anciões.

Quando ele chegou eu estava dormindo e nós acabamos não nos vendo, eu tinha acabado de tomar banho e estava no closet procurando uma roupa quando coloquei a mão em minha barriga e ouvi o coração batendo, eu ainda estava sem acreditar que estava grávida.

Peguei uma calça jeans afogada e uma regata preta, prendi o meu cabelo.

Sai do closet, eu passei no quarto da Linar que ainda estava dormindo pois ainda era 7:00 e como ela não tem aula, não acho necessário acorda- lá.

Deixe o quarto e fui para o andar de baixo aonde eu encontrei a Flávia sentada no sofá, desde que descobriu que está grávida ela não consegue ficar na cama por muito tempo e está sempre enjoada coitada.

— Bom dia minha querida. — saudei ela ao chegar na sala. — Como você está se sentindo? — perguntei me sentando ao seu lado.

— Estou péssima, enjoada e com sono.

— Eu sei como é, mas pelos menos tentou comer alguma coisa para conseguir fica em pé?— peguei enquanto me ajeitava aí seu lado.

— Tentei. — suspirou. — A minha gravidez mal começou e eu já quero que ela acabe. — disse um pouco para baixo.

— Não fique assim, eu estarei aqui para te ajudar. — encostei a sua cabeça em meu ombro.

Ficamos um tempo conversando até que Calleu e Nathanael chegaram, e logo de imediato a Flávia correu para abraçar ele, eu me levantei para fazer o mesmo com Calleu só que ele passou irritado e foi direto para o escritório.

Eu olhei preocupada para o Nathanael, que me olhou preocupado e disse para nós irmos com ele para o escritório por que tinha uma coisa séria para fala, e assim nos fizemos eu estava triste com o que tinha acontecido, mas eu me recusava a chora mesmo estando grávida eu tenho que ser forte.

Entramos no escritório e Calleu estava vasculhando os livros em sua estante, e  a cada livro que ele olhava e não era o que ele procura o jogava no chão. Não falei nada e me sentei na cadeira só o observando.

— Calleu elas estão esperando você fala o que está acontecendo. — falou Nathanael para Calleu que permaneceu de costas.

— Espere só um pouco. — respondeu sem se virar até que ele achou o que procurava. — Bom, quando eu e o Nathanael estávamos na alcatéia bela lua, acabamos descobrindo algumas coisas. — falou enquanto vasculhava um livro de rituais bem antigo. — Nós descubrimos que a mãe da Linar não estava morta.

Eu levantei a sombrancelha um pouco intrigada.

— Você falou que ela tinha morrido, então quer dizer que ela está viva?— perguntou Flávia que intercalava o olhar entre Calleu e Nathanael que estava atrás dela.

— Ela está morta, só que ela não estava na época que a Linar foi dada como oferenda. — explicou Nathanael.

— E na verdade a mãe da Linar não ofereceu ela como oferenda.

— Como assim não, ela estava em um templo de oferendas quando a encontrei. — falei com um pouco de raiva.

Calleu finalmente achou o que procurava no livro e colocou em cima da mesa junto com outros que eu não tinha percebido antes.

— Mieera você lembra que no dia em que eu fui levar você para ver aquelas sacerdotisa?

— Claro, foi no dia em que eu conheci a Linar e dei um colar. — parei de falar quando ele levantou o colar que eu dei a Linar. — Aonde você achou isso? — perguntei me lavando e pegando de sua mão.

— Achei na mão da mãe de Linar. — eu olhei para ele tentando entender aonde ele queria chegar. — Eu lembro de ouvir você falar que esse colar iria te mostrar a localização da Linar.

— Sim, mas o que isso tem haver?

— Mais se a mãe da Linar usou isso para te encontrar, por que pelo o que eu me lembro ninguém além do seu pai sabia aonde você ia naquela manhã.

— Isso tem como, tipo reverter?

A Flávia perguntou curiosa e eu concordei, fechei os meus olhos e falei as palavras e eu vi tudo o que aconteceu e como a mãe dela fez tudo e como foi morta.

— Você está bem? — perguntou Calleu enquanto me segurava.

— Sim, estou. — responde me sentando e limpando a lágrima que não tinha percebido que tinha caído. — Antigamente esses colares eram usados como localizado, tanto para quem foi dado quanto para quem deu, a pessoa que deu o colar poderia ser encontrado caso se perdesse, isso era o que as sacerdotisas usavam em missões perigosas. Mas apenas nós poderíamos reverter, não entendo como ela conseguiu. — fiz uma pausa ao me lembrar do que a Lunar me disse uma vez. — É claro, a mãe da Linar era uma sacerdotisa corrompida.

— E o que isso significa?— dessa vez quem perguntou foi Nathanael.

— Sacerdotisas corrompidas é quando uma moça vergem é agarrada a força. — falei sentindo o amargo dessas palavras.

— Então a Linar é fruto de...

Flávia não conseguiu completar o que estava falando, e eu concordei sabendo o que ela iria falar.

— Tem mais uma coisa. — falei fazendo suspense. — Essas sacerdotisa corrompidas constuma ser anjos, isso acontece quando homens ambiciosos querem poder e isso é possível se tiver um anjo ou metade.

— A Linar é um anjo? Mas eu nunca senti nem um pouco de poder nela, somente a parte lobo adormecida. — falou Flávia, as bruxas tinha um dom de sentir pode vindo de outro ser.

— É, eu também estranhei isso quando avi da primeira vez, mas se a mãe da Linar escondeu essa parte dela, por conta dos riscos. — falei e comecei a pensar, foi aí que eu vi o livro aberto em sacrifícios de anjos. — Eles querem sacrificar a Linar. — disse em um fio de voz, eu senti a minha garganta secar e o meu peito aberta diante da ideia, o choro ficou entalado em minha garganta.

E pelo visto eu não fui a única a Flávia ficou do mesmo jeito, eles estavam  caçando-a, eles a queriam para fazer um ritual e só tinha um que necessitava de virgens e crianças.

— Eles querem trazer mal a terra. — disse uma voz vindo da porta e quando eu virei era.

— Tia Atena.


--+---------------------__________________-------

Sacerdotisa dos deuses Onde histórias criam vida. Descubra agora