Capítulo 24

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Desconhecido

Flávia já estava no seu segundo prato de comida pelo o que parece, e a Linar junto comigo estávamos olhando abismadas.

— Vendo você comer assim tá me deixando enjoada. — falei com a cara de nojo enquanto ela comia carne mal passada. — Será que você não tá grávida?

— Não, você mesmo viu que os testes deram negativos, deve ser só ansiedade. — não disse nada e continuei comendo.

Durante esses três dias que eu fui marcada por Calleu, venho tendo os sentidos mais apurados, e alguma coisa me dizia que ela estava grávida.

Bom durante esses dias eu tenho treinado bastante juntos com a Flávia e ela sempre fica cansada, estava dormindo bastante e além de que está sempre enjoada, eu cheguei a fala com Calleu sobre isso e ele me disse que não sentia nada vindo dela, por que os lobos podem ouvir o coração da pessoa e ninguém estava ouvindo um segundo batimento vindo dela.

Amanhã Calleu e Nathanael vão viajar, e irão passar uma semana fora, pelo menos foi o que ele me disse, eu vou aproveitar esse tempo para descobrir se ela está grávida.

Depois do café da manhã eu e as meninas resolvemos sair para fazer umas pesquisas na biblioteca local, fomos de carro, paramos em uma estrutura gigante um pouco antiga, e do  lado tem um parquinho.

— Que tal eu ficar aqui um pouquinho brincando enquanto vocês vão lá pesquisar? — perguntou Linar com os olhinhos brilhando, eu ia fala que não por que era muito perigoso mas a Flávia foi mais rápida.

— Pode deixar eu fico aqui com ela, lugar empoeirado me enjoa.

Eu balancei a cabeça em concordância, entrei na biblioteca e ela parecia um pouco abonada, assim que se entra tem uma mesa aonde devia ter uma bibliotecária, dei de ombros e segui pelo corredor que fica ao lado da mesa da bibliotecária, não demorou muito e eu entrei em uma enorme sala aonde tinha corredores de livros no primeiro e no segundo andar.

Andei lentamente observando cada estante e placas. Até que eu achei uma que era o que eu procurava, entrei no corredor que nos dois lados era de estantes de livros, olhei até que eu achei um interessante.

Levantei os pés para alcançar a prateleira de cima, peguei o livro que estava um pouco de poeira, limpei e li nome que estava escrito, que surpreendentemente estava em romano antigo, o livro era vermelho e verde, eu coloquei ele na bolsa que está segurando, seguir o caminho a procura de outro livro.

Até que eu achei. " Livros de feitiços.".

Ai está ele. — peguei o livro preto, como não tinha mais nada que eu quisesse lá, eu saí pelo mesmo lugar que eu vim. Sai da biblioteca e vi Linar e Flávia brincando no balanço. — Pronto meninas, eu já achei o que eu vim procurar, vamos?

Linar me olhou com a cara triste de quem não queria sair do balanço, já a Flávia estava com a cara de cansada.

— Tia Mi, a gente pode tomar um sorvete? — perguntou cruzando as mãos e fazendo biquinho. — Por favor.

— É Mieera, eu tô morrendo de fome.

— Pelos deuses, tá bom vamos logo antes que vocês comecem a chorar.

A Linar deu pulinhos de felicidade e eu não contive o riso, nós fomos para o carro, e dei partida para sorveteria mais próxima, chegando lá, a gente sentou do lado de fora e fizemos o nossos pedidos, a Flávia e Linar pediram sorvete de chocolate e maçã verde, já eu pedi um milk-shake de morango.

Estávamos comendo e conversando quando o celular da Flávia tocou.

— Alô ? — perguntou ao atender o celular ainda com o sorriso no rosto. — Alô, Quem é? — pela a sua expressão a pessoa que estava do outro lado não respondeu. — Hum que estranho. — falou ao tira o celular do ouvido. — Só tinha o som da respiração.

Ela deu de ombros e contínuo comendo o sorvete dela, foi aí que eu senti sendo observanda, olhei disfarçadamente para os lados, não consegui ver ninguém, mas sentia que tinha alguém aqui.

Chamei a atenção de Flávia, e apontei para o lado e então ela percebeu que algo não estava certo.

— Linar florzinha, vamos ? — ela falou tocando na Linar e antes dela reclamar a Flávia foi mais rápida. — Por favor, a titia está cansada.

Ela concordou e a Flávia entrou para pagar, enquanto isso eu e a Linar esperamos ela em pé na frente da sorveteria, quando ela saiu, nós fomos para o carro, coloquei a Linar no banco do carro e botei o cinto.

Dei a volta no carro e quando eu abri a porta para entrar, eu vi alguém na floresta, parecia ser um homem todo de preto, entrei no carro e dei partida, sem fazer nenhum alarde.

Por que seja quem for escondeu a sua espécie e só consegui sentir o cheiro podre de coisa morta.

— Você sentiu? — perguntou Flávia, e eu virei previamente para ela e concordei. — Temos que conta para eles quando chegamos.

Fomos para casa em alerta o tempo todo, quando chegamos, a Linar estava dormindo, eu falei para Flávia entra enquanto eu pegava a Linar, peguei ela no colo e levei para dentro e já dei de cara com o Nathanael que pegou ela do meu colo.

— Coloca ela no quarto e desce por que queremos conversar com você e com o Calleu. — falei seguindo ele até a sala.

— Calleu ainda não chegou. — falou se virando, e eu suspirei.

— Certo, quando ele chegar nós contamos a ele de novo, agora suba. — disse e fui para o escritório do Calleu e me sentei em sua cadeira.

Não demorou muito e o Nathan e a Flávia estivesse no escritório.

Eu e a Flávia contamos tudo o que aconteceu para ele e o mesmo ficou andando de um lado para o outro.

— Isso pode ser um problema, ainda mais agora que vamos viajar...

Ele estava fala quando Calleu chegou, ficou um pouco surpreso ao me ver em sua cadeira, mais ainda por estamos em sua sala.

— O que aconteceu? — perguntou fechando a porta e logo Nathanael se tratou em falar.

— Temos um invasor na alcatéia. — Calleu ficou logo em alerta e começou a nós analisar para ver se estávamos bem.

— Como assim, você o viu Nathanael?

— Não, mas a Flávia e a Mieera sim. — ele logo olhou para mim preocupado.

— Sabe o que espécie ele é? — perguntou já andado de lado para o outro.

— Não, ele estava camuflando o cheiro.— falei calmante.

— Logo agora que eu preciso viajar, que droga. — ele deu um murro na parede. — Nathanael mande reforçar a segurança em todo o perímetro possível.

Ele deu a ordem e Nathanael concordou e saiu com a Flávia deixando eu e Calleu sozinhos.

— Merda, como eu vou sair e deixar você aqui sem proteção. — começou a passar a mão no cabelo e eu me levantei para ir em direção a ele, parei em sua frente e peguei o seu rosto. — Eu sei que você não precisa de proteção, mas eu não quero de deixar sozinha.

Eu peguei a mão dele e o levei até a mesa, onde ele sentou.

— Você precisa ir, eu vou ficar bem, já enfrentei todo tipo de mostro e sempre vence.

— Eu só não quero perder vocês. — ele abraço a minha cintura e eu acariciei os seus cabelos.

— Você não vai nos perder meu amor, nunca. — dei um beijo em seu cabelo.

Pelo menos era isso que eu esperava.


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Sacerdotisa dos deuses Onde histórias criam vida. Descubra agora