Capítulo 18

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Volta Mieera
....

Pov: Calleu

Calleu, você prometeu que iria conversar com o conselho. — Nathanael estava com uma cara cansada e não era para menos. — Eles estão no meu pé, já vai fazer um mês que a Mieera sumiu e eles esperam respostas de você.

— Eles esperam que eu arrume outra companheira sendo que a minha ainda está viva. — eu estava estressado com tudo.

— Isso só piorou depois que aquele velho chegou. — disse Flávia que estava mais prestando atenção na nossa conversa do que ensinar Linar a escrever.


— Flávia, você sabe que ele é o ancião mais velho, se alguém te ver falando assim dele pode pegar mal para você. — Nathanael a repreendeu e a mesma revirou o olho.

— A pior coisa já aconteceu, que é ser da mesma família que a sonsa da Lívia. — isso mesmo as duas eram da mesma família, mas só que a Flávia era rebelde e foi deserdada pelo bisavó que no caso era o ancião Carmelio.

— Eu tenho certeza que vocês já se odiavam na barriga antes mesmo de nascer.— Nathanael brincou e a mesma jogou um lápis nele.

— Tia, desse jeito eu não vou aprender a escrever nunca. — Linar cruzou os braços e ficou emburrada, e Nathanael riu da cara fofa que ela fez.

A Linar tem sido a nossa cura ultimamente, ela e a Flávia se tornaram muito amigas, e para mim ela é como uma filha já que eu não consegui pega a minha nos braços.

Ficamos um tempo conversando e lanchando um pouco e a Linar estava a todo custo tentando escrever o nome do Nathanael.

A nossa alegria acabou quando um dos guardas baterem na porta a fala que o Carmelio estava lá fora esperando para entrar.

— Eu me lembro bem que antigamente não tinha guardadas na porta da casa principal, mas hoje em dia para qualquer lugar que eu vou tem um. — ele já entrou reclamando dos guardas. — Olha só quem eu encontrei, estava se escondendo de mim Flávia? — perguntou assim que os seus olhos pousaram em Flávia. — Eu devo supor que essa não é sua filha.

— É, e parece que eu falhei miseravelmente em me esconder de você. — falou sem preocupação de levar um esporro. — E respondendo a sua pergunta, ela é não a minha filha.

— Você deveria ter respeito pelo seu bisavô. — ele a repreendeu, e ela revirou os olhos.

— Nem se o senhor fosse a da minha família, o que claramente não é, já que me deserdou, eu não iria te respeitar. — falou se levantado furiosa. — Vamos Linar, vamos para a biblioteca aprender a escrever.

Ela saiu da sala sem se despedir e foi com a Linar, que não pensou duas vezes em segui-la para a biblioteca.

— Então podemos ir para o seu escritório? — perguntou na cara de pau, e eu me levantei para irmos ao escritório, assim que chegamos eu ia me sentar na minha cadeira, mas ele sentou primeiro, e eu me sentei ao lado do Nathanael. — Bom eu vou direto ao assunto, cadê a sua companheira?

Eu respirei fundo, eu não aguentava mais isso.

— Eu já falei que ela foi visitar a família, para resolver uns assuntos. — eu estava mentindo para ele e para qualquer uma que não fosse da família.

— Ela claramente não quer ser uma suprema, e eu aposto que é igualzinha a mãe dela, egoísta. — estava tentando me controlar para não pular no pescoço dele. — E o Leandro, aonde ele está? Porque desde o dia que eu cheguei ele não apareceu, não vai me dizer que ele estava se escondendo.— perguntou com voz de deboche, e eu percebi que cada vez mais eu odiava esse homem.

— Não, ele teve que ir em umas das alcatéias resolver um assunto de brigar entre alfas. — mentira de novo, ele me olhou desconfiado, mas não disse nada.

— Eu espero que a sua companheira esteja aqui amanhã, ou eu terei que consultar os alfas e o conselho.

— Isso é uma ameaça? — perguntei um pouco alterado. — Eu não sei se o senhor lembra, mas eu ainda sou o supremo.

— Isso não foi uma ameaça, e eu tenho uma ótima memória. — ele caminho para frente da porta e abriu a mesma. — Supremo. — falou isso e saiu, fiz um sinal para que o Nathanael o seguisse para vez se realmente iria sair.

Me sentei na minha cadeira e comecei a massagear as minhas os lados da minha cabeça.

— Ele saiu da casa e parecia muito tranquilo. — falou se sentando, e eu levantei a minha cabeça para obseva-lo. — Eu tenho quase certeza de que ele estava armando alguma coisa.

— Eu também penso isso, ele nunca vem tão calmo assim. — ficamos em silêncio pensando. — E isso me faz lembrar, aonde está o Leandro mesmo?

— Ele foi se consultar com os elfos, para entender o que esta acontecendo com a Mieera.

— Eu só quero que isso acabe.

— Eu também, eu não consigo dormir de noite, aquele velho tem  muita artimanhas.

Concordei, nós resolvemos ligar para o Leandro e pedimos para ele vim, por que a coisa tava feia, e ele disse que já estava a caminho e perguntou se tinhamos alguma notícia da Mieera, e nós respondemos que não.

Depois do jantar eu resolvi ir dormir, e dessa vez a Mieera não veio me visitar nos meus sonhos , foi a  primeira vez eu consegui dormir a noite toda, acordei de manhã com um ótimo humor, fiquei um pouco desconfiado, tomei banho e vestir uma calça e uma camisa de manga, calcei os meus sapatos e sai do quarto.

Pelo caminho eu amarrei os meus cabelos, que já estava bem grande, desci as escadas e a casa estava em silêncio, por que as barulhentas não tinha acordado ainda.

Na sala de jantar só está o Nathanael, dei bom dia e ele respondeu, demorou um pouco desceu a Flávia e Linar, estávamos todos tomando café em paz quando o Leandro chegou.

— Bom dia. — respondemos ele, e mesmo não estava com a cara nada boa. — Por um acaso você chamou os alfas e os anciãoes?

Assim que ele perguntou isso eu me levantei.

— Aquele desgraçado. — sai da casa furioso, e o Nathanael e Leandro me segueram, fomos para o celeiro e assim que eu entrei estava todos lá. — Eu não pensei que você iria passar por cima do que eu falei. — disse para o senhor que estava sentada em minha cadeira na mesa da reunião. — Você esqueceu que eu sou supremo e passou por cima de mim.

— Você é o supremo, mas como o ancião mais velho  eu tenho o direito de reunir o conselho. — falou se levantado e viu o Leandro atrás de mim. — Veja só quem apareceu, então resolveu os assuntos da alcatéia, a deixe-me adivinhar. — colocou a mão no queixo. — Não resolveu, até por que não tinha alcatéia nenhuma, você mentiu para mim, mais um motivo para  reunir todos.

Eu ia falar outra coisa, até que eu vi a Lívia entra e ir até o avô, ela falou alguma coisa não consegui ouvir, mas pelo o seu semblante alguma coisa saiu como ele queria.

— Ah, mas antes que eu me esqueça, Calleu. — começou a andar até mim. — Cadê a sua companheira? — ele deu um sorriso macabro, então eu soube que tinha alguma coisa errada, o meu corpo ficou rígido.

Eu estava prestes a pula em cima dele quando a porta se abriu e eu senti o cheiro que tanto tinha sonhado, eu não precisei me vira para ver quem era.

— Eu estou bem aqui. — não resisti e mim virei para olhar ela, está tão diferente, e mais forte. — Surpreso em mim senhor. — fez uma pausa e andou até mim. — Ex ancião.

Todos ficaram em choque, o pai dela estava com um sorriso no rosto, e o Nathanael estava de boca aberta.

— O senhor não queria que eu voltasse. — ela sorriu. — Vai desejar ter me matado. — ela passou por ele e se sentou na cadeira que é dela por direito.— Vamos começar a reunião. — ele ia se sentar no meu lugar quando ela suspendeu a mãe para que ele parasse. — Aqui é o lugar do supremo alfa.— olhou para mim. — Então meu amor, vai se sentar ou vai ficar em pé.

Eu obedece ela me sentei ao seu lado.







Carmelio
Ancião mais velho

Sacerdotisa dos deuses Onde histórias criam vida. Descubra agora