capítulo 12

13 3 0
                                    

Ethan Foster •

Os dias se passaram e eu não tive mais notícias da Emma desde a última vez que a deixei em casa, mas apesar de como tudo havia ficado entre nós naquela noite eu não conseguia tirar aquela baixinha da minha mente.

— Ei chefinho — a Carly invadiu minha sala como de costume — Você está bem?

—  Estou vivo não estou!?. — Tudo que eu queria era ficar sozinho com meus pensamentos.

— Tecnicamente isso não responde minha pergunta. Por acaso você brigou com a namorada?

— Eu não... — Ela me olhou ansiosa pela minha resposta — Eu não tenho nada para te dizer.

— Sei.

— O que você quer aqui Carly?

— Te chamei três vezes e você não ouviu, então resolvi ver se estava bem. — Ela veio até mim e praticamente sussurrou — Aquela amiga gostosa da sua namorada, está aqui querendo falar com você.

— Olívia! — levantei às pressas e fui até ela que me esperava na recepção.

— De nada! — Falou a Carly irônica como sempre.

Olívia parecia apreensiva o que me deixou preocupado, em minha mente só conseguia imaginar que algo poderia ter acontecido com a Emma.
Me aproximei devagar pois ela estava em uma ligação.

— Calma Emma, só respira fundo que vai dá tudo certo. Eu prometo, você não vai ficar sozinha. — Foi tudo que consegui escutar antes dela finalizar a ligação.

— O que ouve — perguntei curioso — a Emma está bem?

— Por enquanto sim, mas eu no entanto... acho que se você não me salvar dessa ela vai me esganar quando voltar pra casa. — apesar da brincadeira ela parecia realmente preocupada com tudo que estava acontecendo.

— você pode me explicar melhor o que está acontecendo e como eu posso ajudar vocês?

— Eu não sei se deveria te contar tudo... — ela respirou fundo — Bom... provavelmente a Emma não te contou mas hoje é o aniversário do Pai dela...

— Eu sei disso, ela comentou que iria passar o final de semana com eles e com pessoas desagradáveis.

— Uffa... menos mal, — ela parecia aliviada — O caso é que o ex  dela é um safado, traidor, comedor de prima, ele vai estar no jantar e a prima traidora também.

— Nossa... — foi inevitável não sorrir da forma que ela raivosa que ela se referia a eles — desculpa, pode continuar.

— E pra piorar os pais da Emma querem fazê-los reatarem o noivado, e a Emma não contou pros pais que a priminha metida a santa se enfiou na cama dela, com o noivo dela, enquanto a Emma viajava a trabalho — Ela falou tudo tão rápido que eu acho que nem respirou entre uma palavra e outra.

— Acho que consegui entender, só tem uma pequena coisinha que não se encaixa em tudo isso.

— O que?

— Eu. Porque precisa da minha ajuda?

— A tá... — Ela deu um leve sorrisinho — Prometi a Emma que iria junto com ela enfrentar esses traidores desgraçados, mas o gerente da boate disse que se eu não trabalhar esse final de semana serei demitida — Seus olhos se encheram de lágrimas — Eu prometi a Emma,  detesto quando não consigo cumprir com minha palavra e eu preciso desse emprego. Se você for no meu lugar sei que ela ficará bem.

— Não sei não... E se ela não gostar de me ver?

— Impossível — comentou ela enquanto se levantava da cadeira — A Emma não para de falar de você um só segundo, as vezes chega até a ser irritante. E então o que me diz?

— Tudo bem, eu posso fazer esse pequeno sacrifício para ver a garota que eu gosto.

— Eu soube disso no momento que vi vocês juntos — Disse ela enquanto anotava o endereço no papel — Se pegar o próximo trem acho que consegue chegar bem na hora do jantar... Ah, o trem sai à quarenta e cinco minutos da estação.

— Valeu pela dica mas prefiro ir na lindona — Peguei o papel de suas mãos.

— Por mim tudo bem, você  decide, só chega lá inteiro e ajuda minha amiga a sair bem dessa. Agora eu preciso ir, tenho algumas coisas para organizar antes de ir pra boate e não quero chegar atrasada.

— Sim senhora. — Ela deu um sorriso e me agradeceu um beijo rápido no rosto.

— Cuida dela por mim.

...

Já havia liberado a Carly, conversado por telefone com o Simon que iria dá uma sumida no final de semana e que se fosse para resolver qualquer coisa do restante ele poderia me mandar por email.
Peguei a mochila tranquei o apartamento e fui direto para a garagem.

Coloquei o capacete e me olhei pelo retrovisor e foi inevitável não lembrar de um passado não tão distante.

Aquela era a segunda vez que seguia meu coração, espero não ter que me arrepender dessa escolha impulsiva novamente.

...

O Estranho Jeito De Te Amar Onde histórias criam vida. Descubra agora