Capítulo 5

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Claire Makrov
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......

Onde está meu tio, não paro de pensar nele, será que o estão maltratando?
Pergunto-me.
Nesse momento ouço o click da porta, olho em sua direção assustada, ele
entra, lindo, não usava um terno, mas uma roupa estilo de um príncipe, fiquei
hipnotizada, a garganta fechada, não conseguia nem engolir a saliva, não
imaginei que seria ele mesmo a vir me buscar.
— Está pronta? — perguntou frio.
— S-s-sim — gaguejei, quase a palavra não saía.
— Então vamos!
Levantei-me, as pernas estavam trêmulas, mas precisava me manter firme, ele
tem que pensar que vou até o fim com aquilo, mas não vou, tentarei sair
disso.
Ele andou à frente e eu o segui atrás, entramos no elevador que já estava nos
esperando. Ao chegar ao destino, percebi que estávamos em uma espécie de
garagem subterrânea, porém, não parecia uma garagem para todos, havia
carros de luxo, coisa que nunca pensei em ver pessoalmente. Percebi que não
estávamos sozinhos, havia homens, como aqueles que pegaram o meu tio,
todos mal encarados.
Aproximamo-nos de uma limousine prateada, homens abriram as portas, eu
não queria entrar ali, fiquei em pânico e parei, o homem que me mantinha
presa voltou-se para mim e ordenou seco.
— Entre no carro!
— Eu quero o meu tio — falei com dificuldade.
— Entra na porra desse carro, até agora estou sendo muito gentil com você,
Claire, mas não teste a minha paciência, se você quer ver o seu tio respirando,
faça o que estou mandando.
As últimas palavras ele proferiu praticamente rosnando, eu simplesmente me
encolhi e sem mais protesto entrei no maldito carro. Eu não tenho forças para
lutar, o pânico toma conta de mim, estou com medo desse homem e de toda
essa situação.
Ele também entrou e sentou-se ao meu lado, eu não olhava nem para os
lados, fiquei estática, os músculos contraídos e só olhava para frente. Escutei
a voz odiosa dele.
— Relaxe, hoje só é o início da nossa cerimônia de casamento, amanhã a essa
altura, você será a minha esposa, e terei você, todinha para mim.
Arrepiei-me da cabeça aos pés, Deus! O casamento irá acontecer pela manhã,
eu não terei tempo, preciso pensar em algum modo de fugir, mas como? Não
posso deixar meu tio para trás. Resolvi pergunta-lhe.
— Senhor, poderei ver meu tio antes do casamento?
— Duas coisas: a primeira: Se me chamar de senhor de novo, não esperarei
até amanhã para te punir, segundo: você só verá seu tio após a lua de mel.
Engoli em seco, ele é horrível e eu não quero casar com ele, era só esse o
meu pensamento. Podia ser o cara mais lindo do mundo, mas não aceitarei
casar com um criminoso, nunca!
Estava tão absorta em meus pensamentos que nem percebi que o carro havia
parado. Alguém abriu a porta e me assustei, desci e Aleksei, já estava me
aguardando. Olhei em volta e fiquei assustada, havia muitos homens no local,
percebi que eles tinham armas, novamente entrei em pânico, mas antes
mesmo de ter qualquer reação, Aleksei me pegou na mão e praticamente me
puxava, eu o acompanhava, sempre atrás dele, nunca ao seu lado ou à frente.
Adentramos o local que mais parecia uma arena, porém, luxuosa, haviam
homens vestido com roupas típicas russas e mulheres elegantes. No Centro
do local, havia uma tocha de fogo. Um senhor, assim que nos viu, pegou um
microfone e falou.
— Senhores, senhoras, subchefes e líderes da Bratva, nosso chefe maior,
Aleksei Markov, oficializará seu noivado diante de vossas pessoas, dentro do
ritual da nossa organização. A moça escolhida chama-se Claire Stacy, é uma
americana. Eles se conheceram em circunstância inusitada, Aleksei a ganhou
em uma aposta, e a tomou para ele.
Ouviu-se risadas por todo o recinto, o homem falava em russo, porém,
alguém traduzia para o Inglês e o que eu escutava me deixava horrorizada,
simplesmente não estava acreditando que eles não se importavam de que
maneira ele havia me conhecido. Aquilo me enjoou, o homem prosseguiu a
fala.
— No entanto, mesmo sendo uma jovem que não foi criada dentro dos nossos
costumes, ela é tão pura quanto às nossas, por esse motivo, é digna de se
tornar a esposa do chefe e consequentemente a mãe do herdeiro da Bratva.
Tudo aquilo que escutava era surreal para mim, que tipo de pessoas eram
aquelas? Antes mesmo de saber o que estava acontecendo, fui arrastada para
um local alto onde ficava a vista de todos os presentes.
— Senhoras e senhores, os noivos, Aleksei e Claire.
Todos se levantaram e curvaram-se diante de nós, eu sentia que estava na era
medieval, parecia que o tempo não havia passado para eles. O homem que
estava falando ao microfone aproximou-se de nós e com uma pequena
mesura apresentou-se.
— Sou Vladímir Markov, pai do Aleksei e seu conselheiro, as suas ordens.
Não disse nada, todas aquelas pessoas eram assustadoras, e pior, todas
obedeciam às ordens dele, não havia ninguém a quem podia pedir ajuda,
estava me sentindo uma mosca presa a uma teia de aranha e a cada minuto
que se passava a aranha assustadora chamada Aleksei Markov, aproximava-
se para me matar. As esperanças de me livrar daquele casamento esvaíram-se
por entre meus dedos.
Para completar aquele filme se terror, Aleksei enfiou em meu dedo um anel
de noivado com uma pedra tão grande e brilhante que pensei que minhas
mãos não iriam sustentá-lo. Não houve um pedido, não houve uma resposta,
apenas uma imposição, e desconfio que, mesmo que eu esperneasse, que
recusasse, ninguém ali iria me ajudar.
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O pai de Aleksei afastou-se, pegou algo brilhoso, que um homem segurava
em uma caixa, quando meus olhos focaram naquilo, gelei da cabeça aos pés,
em suas mãos tinha um punhal, ele aproximou-se e entregou ao Aleksei,
meus olhos arregalados o fitavam em pânico.
Seus olhos encontraram os meus, eram tão frios, que achei que ele não sentia,
e desconfio que ele realmente não tenha sentimentos. Ouvi a voz do pai dele
falar ao microfone.
— Com o sangue derramado, da virgem, dá-se inicio a nova etapa do reinado
do nosso chefe, o sangue puro dela, unira-se ao sangue dele.
Então, para meu choque, ele posicionou o punhal em sua própria palma e fez
um corte. Eu olhava chocada para aquilo.
Aleksei aproximou-se de mim e pegou em meu pulso com força, eu, em
desespero, tentei puxar a mão, mas ele era muito forte. Ele segurou a minha
mão de forma que eu não conseguia fechá-la. Então, aproximou a ponta do
punhal na palma e sem piedade perfurou correndo a lâmina do início do pulso
até o centro da palma, eu gritei de dor e desespero. O sangue começou a
jorrar.
Ainda me segurando firme, posicionou minha mão em uma cuba de ouro e
deixou um pouco de sangue escorrer, depois com a mão dele, que havia
cortado e com a minha, ele entrelaçou as duas juntas, fazendo com que o
nosso sangue se misturasse. Todos gritavam.
— Bratva! Bratva! Bratva!
Eu escutava aquelas pessoas gritando e tudo em minha volta parecia que
estava longe, minha vista estava escura, não sei se conseguiria continuar de
pé. Antes de sucumbir em uma escuridão, senti mãos fortes segurando em
minha cintura e a voz dele, sussurrada e aterrorizante falou no pé do meu
ouvido.
— Nem pense em desmaiar agora, se o fizer, diga adeus a seu titio.
Aquela ameaça me fez abrir os olhos, precisava me manter firme, para minha
surpresa, alguém trouxe uma bebida, peguei com as mãos trêmulas e levei
aos lábios, era algo amargo, parecia bebida alcoólica, não me importei, tomei
alguns goles, precisava de alguma coisa líquida, minha boca estava muito
seca.
Para meu alívio, logo nos sentamos, Aleksei não soltava a minha mão onde
ele havia cortado, ficamos sentados lado a lado, com as mãos entrelaçadas.
Todas as pessoas começaram a sair dos seus lugares e aproximaram-se de
nós, cada pessoa que chegava, curvava-se e deixava alguma coisa em uma
mesa. Percebi que eram presentes. Uma a uma, as pessoas faziam esse ritual.
Meu coração quase saiu pela boca ao ver um casal aproximar-se, eu os
conheço, era a Natacha e o Ivan. Minha esperança renasceu, será para ela que
pedirei ajuda. O homem aproximou-se primeiro, ele não olhava diretamente
para mim, porém, curvou-se e depositou o presente na mesa, Natacha veio
logo atrás, ela sim, me olhou internamente, curvou-se e afastou-se. Eu os
segui com o olhar. Eles têm que me ajudar, é minha última esperança.
Quando todos já haviam terminado, o pai do Aleksei falou.
— Está feito! Amanhã o casamento será em uma cerimônia para a sociedade,
para nossos associados empresários e pessoas do governo. Será uma
cerimônia íntima. Agora, podemos todos seguir para o salão ao lado, há um
banquete nos esperando.
Assim foi feito, eu e Aleksei, seguimos primeiro, ele não me soltava nem um
minuto, porém, nunca podia ficar do seu lado ou na sua frente, ele sempre
fazia com que eu ficasse atrás dele.
No coquetel, muitos garçons serviam bebidas, havia uma mesa enorme com
um verdadeiro banquete. Minhas pernas estavam doendo, eu não via a hora
daquilo tudo terminar. Certa altura, Aleksei finalmente me soltou, a mão
estava doendo, o corte latejava. Alguém se aproximou e disse.
— Precisa limpar o ferimento.
— Vai com ela — Aleksei falou.
Segui a mulher, entramos em um corredor, do lado oposto ao meu, vi a
Natacha, parei e a segurei.
— Por favor, você precisa me ajudar.
Ela me olhou com os olhos arregalados
Natacha me encarava, como se eu estivesse louca, porém, precisava
convencê-la a me ajudar, essa era a minha única esperança.
— Por favor, Natacha, preciso que me ajude.
A mulher que estava me acompanhando, também olhava para a cena
assustada, ela começou a falar alguma coisa em russo com a Natacha, que
saiu de seu estado espantoso e falou em russo com a mulher. Essa
imediatamente curvou-se e saiu. Natacha então, voltou-se para mim.
— Venha comigo!
A segui em passos rápidos, a minha esperança renascendo, ela vai me ajudar,
tenho certeza disso. Natacha abriu uma porta e me fez entrar, em seguida
entrou também e trancou-a. Antes de eu falar qualquer coisa, ele foi até a
mesa, pegou a caixa de primeiros socorros, e começou a cuidar da minha
mão, enquanto ela fazia isso falou.
— Conte-me a sua história.
— Ele está me obrigando a casar, meu tio está sob o poder dele, não sei
aonde, talvez naquele clube.
— Você esteve no Clube?
— Sim, meu tio foi jogar lá e acabou me perdendo no jogo para o Aleksei.
— Você sabia a quem pertencia o clube?
— Não! Estava completamente ignorante sobre tudo.
— Você sabe quem é o Aleksei?
— Ele me disse ontem que é chefe da máfia russa.
— É isso, ele é o chefe, o homem que manda em tudo e você é noiva
escolhida dele, não vê a sua sorte?
— Sorte? Eu estou te falando que ele está me obrigando, eu não quero me
casar com ele.
— Não? — ela perguntou incrédula.
— Não!
— Você é louca? Sabe o que uma das nossas faria para ser a escolhida dele?
— Não sei e nem quero saber, se elas quiserem ficar com ele, podem ficar, eu
só quero voltar para os Estados Unidos com meu tio e esquecer esse
pesadelo.
— Tem certeza disso que está falando? Realmente não quer se casar com ele?
— Sim, já disse! Não casarei com um criminoso, sendo chefe ou não de
qualquer coisa.
— Não posso te ajudar, ele me mataria.
— Mas ele não precisa saber que foi você quem me ajudou.
— Ele saberá.
— Seu namorado, o Ivan, ele pode ajudar.
— Talvez! Mas agora não podemos fazer nada. Faça o seguinte, volte para o
salão, vou falar com o Ivan e ver se a gente consegue te ajudar.
— Fico muito agradecida, mas tem que ajudar meu tio também.
— A gente descobre onde ele está.
— Obrigada, não sei como agradecer.
— Não me agradeça, a única coisa que você tem que fazer é ficar quieta, se o
Aleksei te perguntar quem cuidou da sua ferida, pode disser que fui eu,
porém não abra a boca sobre nada que conversamos aqui.
— Não falarei nada.
— Ótimo! Agora vai!
Natacha abriu a porta e eu saí, andei pelo corredor apressada, olhava várias
vezes para trás. Sem perceber, bati em algo, olhei imediatamente e meu
sangue gelou, a minha frente estava o Aleksei. Antes mesmo de eu fazer
qualquer gesto, ele me pegou com violência e encostou-me na parede, minhas
costas bateram forte, senti gosto de sangue na boca. Ele sem clemência
segurou em meu queixo com tanta força que pensei que a qualquer momento
se quebrariam, os olhos azuis, eram como duas safiras, que brilhavam de
ódio, naquele momento, pensei que iria morrer.
— Quem estava com você na sala? — ele perguntou com uma voz colérica, o
ódio, me atingia em cada palavra que ele proferia.
— Na-na-Natacha — falei gaguejando com muito medo.
— Onde você a conheceu?
— Eu-eu-eu — não conseguia falar de tão apavorada estava.
Nesse momento, um homem aproximou-se segurando a Natacha. Aleksei,
ainda me prendendo com firmeza, voltou-se para ela.
— Fala! — foi a ordem seca.
Natacha estava assustada, o homem a segurava, seus dois braços para trás.
— Senhor, apenas a ajudei a cuidar do ferimento, ela me pediu ajuda porque
falo Inglês.
Aleksei me soltou naquele momento, virou-se para a Natacha e ficou de
frente para ela, proferiu sua sentença.
— Pela ousadia de ter encostado em minha noiva, sem autorização, terá as
mãos decepadas. Leve-a daqui!
Eu olhava horrorizada para ela, o homem que a segurava começou a arrasta-
lá, em desespero ela rompeu aos gritos.
— Senhor, ela me pediu para ajudá-la a fugir do casamento, porém, não
pretendia ajudá-la, iria comunicá-lo sobre seu plano.
Aleksei estendeu uma das mãos e o homem que arrastava a Natacha parou,
ele então, virou-se para mim e perguntou.
— O que ela está falando é verdade, Claire?
Meu coração dava cambalhotas dentro do peito, eu não sabia o que dizer, não
tinha certeza se a Natacha estava falando aquilo para se livrar do castigo ou
se realmente ela iria me entregar, no entanto, não podia deletá-la, ela se
encontrava naquela situação por minha culpa
— Sim, eu pedi ajuda a ela para fugir, porém ela negou — falei o mais firme
que consegui, contudo, minha voz saiu trêmula.
Aleksei me analisava atentamente. Como se lesse todos os meus segredos.
Para meu horror, ele estendeu a mão e acariciou meu rosto, porém, não estava
me machucando, mas a maneira que passava o polegar em círculos no meu
rosto, me deixava mais amedrontada.
— O que faço com você, pequena? — ele falou brandamente, sem gritar ou
ser rude.
— Deixa-nos ir embora. por favor — pedia em aflição.
Ele continuou acariciando meu rosto, passou os dedos em meus lábios, eu
estava paralisada, encostada à parede, meu medo era paupável. Aleksei
aproximou-se mais ainda de mim, e falou baixo, porém, com ódio.
— Não minta nunca para mim, eu saberei se o fizer, tão antes você proferir a
palavra, como agora.
Então, afastando-se de mim, virou-se para o homem que segurava a Natacha
e ordenou.
— Leve-a, corte as mãos e a deixe sangrar até morrer.
— Não! — gritei em desespero — A culpa foi minha, eu que pedi ajuda.
— Essa é a consequências dos seus atos Claire, aprenda!
Eu não podia, não irei casar com esse monstro. Em um gesto de exasperação,
avancei para cima dele e comecei a gritar, batendo em seu peito.
— Nunca me casarei com você seu monstro, eu prefiro morrer a fazer tal
coisa.
Aleksei, dominou-me com facilidade, encostou-me na parede novamente e
sem nenhum aviso tomou meus lábios. A boca dele esmagava minha com
uma voracidade arrebatadora, fiquei sem fôlego, ele estava me machucando,
meus pulsos estavam presos à parede e seu corpo forte me imobilizava, eu
não tinha forças para lutar contra aquele ataque.
Tão rápido quanto foi o beijo, ele me liberou, sem dizer uma palavra, segurou
na minha mão, que estava machucada e apertou, me puxando pelo corredor,
eu chorava de dor e desesperança. Aleksei abriu uma porta e adentramos em
um cômodo, ele me soltou e pegou o celular.
— Acho que você precisa de um incentivo Claire.
Sem entender o que ele queria dizer, continuei estática, respirando pesado.
Aleksei fez uma chamada e imediatamente alguém atendeu. O celular estava
no viva voz, o homem atendeu em russo, mas ele mandou que falasse em
Inglês.
— Dimitri, vai até o local onde está nosso convidado e o faça acordar de
maneira gentil, deixe o celular ligado.
— Sim, senhor!
Aleksei colocou o celular na mesa, eu o olhava fixamente. Em poucos
minutos escutei o homem falar alto
— Acorda!
Em seguida, ouvi vários golpes serem aplicados, o grito de dor era
angustiante, meu Deus! Estavam machucando meu tio. A cada soco que ele
lavava, eu pulava da cadeira.
— Para, por favor, para! — suplicava entre lágrimas.
Levei as duas mãos aos ouvidos e me curvei, não queria ouvir, aquilo tudo
era horripilante. Os gritos do meu tio cessaram, senti que Aleksei aproximou-
se de mim, eu queria correr, gritar, mas não podia fazer nada, meu destino
estava selado. Ouvi sua voz próxima ao meu ouvido.
— Espero que amanhã esteja linda, em seu vestido branco, para se tornar
minha esposa e minha propriedade. Você é minha, Claire, e eu a terei.
Não disse nada, apenas mantive a cabeça baixa, meu corpo todo tremia, eu
queria ficar sozinha, sem a presença prepotente daquele homem. Senti
quando ele levantou a minha cabeça, nossos olhares se encontraram, esse
homem é o demônio, não há sentimentos nele.
— Estamos entendidos?
— Sim!
— Ótimo!
Dizendo isso, ele afastou-se de mim, pegou o celular e fez uma chamada.
— Dimitri, prenda o Ivan, não faça nada com ele por enquanto, mas tarde o
interrogarei.
— Sim, senhor!
Ele desligou o celular e andou até a porta, eu não me movi do lugar até ouvi
sua voz odiosa ordenando.
— Siga-me!
Não protestei, andei atrás dele com a cabeça baixa. Sem nos despedimos de
ninguém, saímos do local e entramos na limousine. Depois de um tempo,
chegamos de novo ao clube, Aleksei me deixou na suíte e foi embora. Eu tirei
o vestido, arranquei todos os acessórios, jogando-os no chão. Olhei para o
anel de noivado, era tão grande, tirei-o, coloquei no criado mudo. Deitei na
cama chorando, por fim adormeci.
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Aleksei Markov
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Cheguei até o local onde mandei que levassem o Ivan, ele é um dos meus
líderes, um bom membro, nunca tive problemas com ele, mas agora, preciso
saber o que ele e aquela namorada, tem a ver com a Claire.
Meu sangue ferveu nas veias, a Claire está me tirando do sério, em menos de
24 horas, ela já aprontou mais que muitos que ousaram me desafiar. Não vejo
a hora de me casar com ela e a possuir. Logo depois, eliminarei o verme do
tio dela e a farei sentir na pele o que acontece a quem desafia Aleksei
Markov, mesmo que esse alguém seja a esposa.
Adentro a passos firmes o cômodo, onde estão mantendo o Ivan, ao me
avistar o homem imediatamente levantou da cadeira.
— Chefe! — ele fala.
— Volte a sentar-se, Ivan.
O homem voltou para onde estava anteriormente, eu também sentei em uma
cadeira de frente para ele. Dimitri, meu subchefe de confiança, responsável
por toda a segurança do local e a minha escolta pessoal, também estava
presente, vamos la ver oque esse estúpido tem pra me dizer....

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