Capítulo 13

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♠ A Aposta ♠🔥
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Capitulo 13
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Claire Markov
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Não entendi o que queria dizer com isso, ele fala sobre essas pessoas do
Instagram, realmente não sei a quem se refere. Ouço sua voz em meu
ouvido.
— Vai colocar uma roupa, sairemos em uma hora.
— Aleksei, não quero ir.
— Te dei alguma opção?
— Eu nem sei quem são essas pessoas que você fala.
— Ah! É claro que não sabe, se você tivesse interagido com qualquer um
deles, a sua punição teria sido muito pior.
Com isso, ele levantou-se e eu continuei no mesmo lugar com muitas coisas
em torno da minha cabeça. Ele havia me batido e prendido não somente por
ter desobedecido a sua ordem, mas por algo que viu no meu Instagram, talvez
os directs dos rapazes que mostravam interesses por mim. Não posso
acreditar que ele vai matar pessoas somente por mandar mensagens de
interesse em uma época que nem nos conhecíamos. Preciso persuadi-lo a não
fazer tal barbaridade.
Levantei-me e segui para o quarto, ele já estava vestido e pronto para deixar o
recinto.
— Se vista, resolverei alguns assuntos e logo virei te buscar, espero encontrá-
la pronta para partir.
— Aleksei, porque vai fazer isso? Essas pessoas são jovens que interagem
no Instagram, eu era solteira e é normal rolar as paqueras, mas nunca mostrei
interesse, não vejo necessidade de fazer algum mal a eles, de certo não sabem
nem porque estão aqui.
— Você viu os nudes?
Empalideci, lembrei que alguns rapazes mais ousados mandaram nudes, eu
abri alguns, mas achava aquilo engraçado nada mais. Porém, eu apagava
esses vídeos. Olhava para o Aleksei alarmada. Ele aproximou-se de mim,
queria recuar, mas o medo era maior.
— Eu te fiz uma pergunta e quero um resposta.
— Eu-eu-eu...
— Não precisa responder, sua atitude já fala por si só. Apronte-se, hoje
mesmo quero matar um por um dos que te enviaram nudes.
— Não! Eu não vi quando estava casada com você, faz muito tempo que vi
alguns, mas nunca me interessei. Além do mais apeguei.
— Alguns recentemente te enviaram, sei que não visualizou esses, mas o
antigos eu recuperei no seu celular, estou com ele. Fico feliz por não mostrar
interesse em moleques, você foi feita para um homem de verdade. Foi feita
para mim.
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Ele afastou-se e eu fiquei como uma estátua paralisada, aquilo era um
pesadelo, mais uma vez serei obrigada a presenciar pessoas morrerem por
minha culpa. O arrependimento bateu com força em mim, se não tivesse
mexido no computador nada disso estaria acontecendo. Não consegui conter
as lágrimas, que vida miserável, eu queria ter tido o mesmo destino do meu
tio.
Preciso encontrar um jeito de fugir, não posso viver com alguém tão
monstruoso. Enxuguei as lágrimas, graças a Deus não tem uma criança
envolvida nisso. Tentarei fugir quando sair daqui hoje, não sei o que fazer,
mas me empenharei, melhor morrer tentando do que sucumbir a loucura
desse homem. Com essa determinação, cruzei o quarto e segui para o
banheiro, lavei minha boca várias vezes com gargarejo para limpar aquela
nojeira dele, que nojo! Depois da higiene, entrei no closet, vesti-me com
roupas apropriadas para o inverno. Usei botas específicas para caminhar na
neve. Também selecionei pares de luvas e gorro. Ainda não tinha um plano,
mas na primeira oportunidade que tiver fugirei.
Olhei em volta para ver se encontrava alguma coisa que pudesse me ajudar,
talvez algo que possa ferir alguém, até mesmo o Aleksei se for preciso.
Deparei-me com a mesa onde estava disposta a comida, ainda não haviam
entrado no quanto para retirar, com certeza irão fazê-lo quando sairmos,
talvez tenha alguma coisa que possa me ajudar, uma faca por exemplo.
Avaliei a mesa e resolvi pegar alguma comida, havia frutas e pão, escondi o
alimento dentro do casaco grosso, Aleksei não repararia o volume, pois o
casaco era bem acolchoado. Continuei olhando e vi a faca, a peguei
imediatamente, não era uma faca pontiaguda, era apenas de alimento, sem
corte, mas era uma arma, talvez poderia até machucar alguém se usado com
um pouco de força. Escondi no casaco. Também paguei uma colher e um
garfo, os mesmo poderiam ser usados como arma.
Uma hora depois, Aleksei voltou e falou.
— Está pronta?
— Sim.
— Então vamos.
Caminhei atrás dele, para minha surpresa não iríamos de carro, mas
helicóptero, suspirei com tristeza, de carro seria mais fácil, talvez tentar
provocar um acidente e na confusão fugiria, porém, no céu não tem como
fazer isso. Só espero que lá no clube ele me deixe sozinha, aproveitarei essa
oportunidade para fugir.
Ao sair, o ar gelado adentrou minhas narinas, a sensação foi maravilhosa, há
tanto tempo que fiquei dentro daquela casa assombrada, trancafiada, já nem
lembrava como era respirar o ar puro. Observei a volta e vi que havia muitos
homens, todos armados. Arrepiei-me, como vou conseguir fugir? Era quase
impossível, mas a palavra quase me dava um fio de esperança, não posso
perdê-la, não posso pensar que é impossível, nada é impossível para aquele
que crer.
Observei a aeronave pousada, não havia neve no nosso caminho, alguém
havia limpado. Seguimos e Aleksei me ajudou entrar no helicóptero, logo
depois ele entrou também, me auxiliou a ajustar o cinto de segurança e
começamos a voar. Olhei para baixo, de cima tinha uma noção do quão
grande era a propriedade. Aleksei me mostrava às coisas e falava sobre elas.
As montanhas enormes, encobertas de neve era assustador, mas ao mesmo
tempo lindas.
Aproximadamente trinta minutos mais tarde, chegávamos ao destino, o
heliporto, havia um carro nos esperando, assim que descemos, já fui
encaminhada para dentro do veículo luxuoso. Não tive nem tempo de pensar
em alguma coisa para fugir, me sentia realmente uma prisioneira, Aleksei não
deixava nenhuma brecha, ele não saia de perto de mim em nenhum momento
e sempre que estávamos andando, agarrava as minhas mãos e praticamente
me puxava atrás dele.
Chegamos ao clube, eu odeio esse lugar, foi aqui que meu inferno começou,
se houvesse uma chance de voltar no tempo, sem dúvida voltaria no dia em
que entrei nesse maldito clube e jamais poria os pés nesse lugar amaldiçoado
novamente, o nome lhe combina bem, Pogibel (perdição).
Percebi que estávamos no estacionamento subterrâneo, já conhecia aquele
lugar. Ao descermos do carro, minhas pernas ficarem pesadas, o estômago
embrulhou, não quero ir, preciso convencê-lo a deixar-me no quarto, não
quero presenciar essa barbarie, com certeza ele usará aquela luva horrível e
não quero participar disso, parei estática.
— Aleksei, não me faça assistir a isso, já apreendi a lição, tenha misericórdia
de mim.
— Você vai, quero que veja, no entanto, não ficará próximo a eles.
Ele continuou me puxando, descemos escadas para o subsolo, o local era um
porão. Não era imundo, mas assombroso, envolto em penumbra, tudo de
concreto. Aleksei me conduziu para uma sala, não tinha nada ali a não ser um
grande espelho a minha frente. Ele aproximou-se de um pequeno painel e
falou.
— O show vai começar.
Ele mexeu em alguns botões e aquele espelho mostrou outro cômodo através
dele, vi umas cinco pessoas penduradas pelas mãos, nus com as pernas
amarradas uma na outra e com capuzes cobrindo seus rostos.
— Olha para eles princesa, agora eles não estão muito, digamos...
Apresentáveis.
Ele fez um gesto com os dedos, indicando que ele se referia a seus pênis que
não estavam duros, na verdade quase não se via, estavam bem encolhidos.
— Não quero ver, me tira daqui — falei histérica.
— O que foi linda, não gosta de ver pênis?
— Não tem nada a ver com isso, só não quero assistir pessoas serem
tutoraras.
— Então isso quer dizer que você gosta de ver pau?
— Não! Para com isso, sabe que era virgem quando casei com você, e nesse
momento pênis é a última coisa que quero ver na vida, principalmente o seu.
— Ah! Mas o meu é seu meu amor, e ele adora entrar em você. Agora vamos
parar de lengalenga e agir.
Aleksei, falou em russo em um microfone.
— Tirem o capuz e a mordaça de cada um.
Assim foi feito, reparei que todos estavam conscientes e não havia
machucados indicando que não foram agredidos, eles pareciam confusos,
como se estivessem perdidos. Quando perceberam onde estavam, começaram
a pedir.
— Tire-me daqui, não fiz nada.
Outro também pedia.
— Eu só usei drogas uma vez, não me faça mal.
— Tire a gente daqui, eu tenho família — outro falava.
— Calem a boca — Aleksei ordenou.
Os rapazes pararam de falar imediatamente.
— Vocês gostam de enviar nudes no Instagram, só que enviaram para a
pessoa errada, a minha mulher.
— Não senhor, não fizemos nada.
Aleksei não falou mais nada, pegou aquela luva que eu já conhecia e mandou
que o seguisse.
— Não quero ir.
— Eu quero que veja o fim deles, não ouse fechar os olhos.
Ele me pegou pelo braço e entramos no local onde estavam os rapazes,
Aleksei me deixou em uma distância longa, mas nada que não me desse uma
visão completa de tudo.
Ele seguiu até onde estavam os rapazes, todos pediam pelas suas vidas.
— Sou conhecido como bones, e vocês querem saber por quê? — Aleksei
falou.
— Não, deixe a gente ir.
— Não tocarei em algo imundo como vocês, por isso mandei desenvolver
essas luvas, assim posso quebrar cada osso e ouvi-los se partindo sem ao
menos tocar na carne impura de vocês.
Ele acionou a luva e começou a quebrar os ossos dos membros inferiores do
primeiro rapaz, o barulho dos ossos quebrando-se e dos gritos eram horríveis,
levei as mãos aos ouvidos, não queria ouvir, mas era impossível. Ele fez
aquilo em cada um deles, quando terminou, seguiu para minha direção e
ordenou.
— Olhe linda, o que você acha que eles precisam mais?
— Nada — falei em desespero.
— O que você acha de esmagar os pintinhos deles?
— Não.
— Resposta errada princesinha, sabe que odeio ouvi-la falar essa palavra.
Dizendo isso, ele voltou para onde estavam os rapazes e um por um, esmagou
seus membros, eu não queria ouvir seus gritos.
Quando pensei que ele havia terminado de torturá-los, Aleksei ordenou que
os pênis fossem arrancados, os homens dele fizeram isso.
— Agora vamos banhar nossos convidados — ele falou com deboche.
Um jato de água forte atingiu os corpos dos rapazes, mas para meu horror, a
água estava escaldante e conforme batia nos corpos, escalpelava fazendo a
pele sair de seus corpos. O cheiro da carne queimando era horrível, meu
estômago embrulhou e não consegui segurar o vômito, tudo que havia
comido saiu em jatos potentes no chão. Aleksei ordenou que a água fosse
desligada, os corpos dos homens debatiam-se em espasmos. Ele me segurou e
eu reagi histericamente.
— Solte-me, não me toque, você é um monstro — eu lutava com ele.
— Sabe que não farei isso, pare de lutar, tudo isso aconteceu por sua culpa.
Aquela declaração me fez fraquejar, eu caí em um pranto descontrolado, ele
me abraçou e eu não resisti, as minhas forças já não existiam mais. Ouvi-o
ordenar.
— Elimine se alguém estiver vivo.
Saímos do local, eu ainda estava abraçada a ele, minha cabeça encostada no
seu peito. Percebi que entramos no carro, precisava ir embora, não ficarei
mais nenhum minuto com esse homem.
Quando percebi que estávamos na estrada, me liberei dele com brusquidão e
sem pensar duas vezes, me debrucei em quem estava dirigindo e finquei o
garfo no pescoço dele, o carro começou a fazer zig e zag na estrada. Aleksei
me segurou, mas o carro já havia perdido o controle, escorregou na neve do
acostamento e desceu uma ribanceira cheia de neve. O veículo capotou
algumas vezes, tentei me proteger o máximo que pude, o carro parou quando
bateu em uma árvore. Eu olhei em volta, não havia me machucado, esse era o
momento de ir embora.
Por sorte, um dos vidros já estava quebrado, sai por ele, olhei em volta e vi os
homens do Aleksei destecendo a ribanceira, precisava sair dali logo. Sem que
eu esperasse, ouvi tiros, parecia que alguém estava atirando contra os homens
do Aleksei, não esperei mais, saí do carro. Cai e observei em volta, vi o
Aleksei dentro do veículo, havia uma ferida em sua testa e ele estava
desacordado, ou morto, não sei, mas não me importei. Corri o máximo que
pude, os tiros não cessavam.
De repente, sinto alguém me segurando e tapando a minha boca. Tentei me
soltar, mas não consegui. O homem me arrastou até atrás de uma árvore, ele
me fez olhá-lo e o reconheci.
— Ivan?!
— Fique quieta, vou te ajudar sair daqui.
— Não me fará mal?
— Não, estou do seu lado, vou te ajudar a se livrar do Aleksei.
Não sei por que, mas aquela declaração não me acalmou

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