🔥♠A Aposta ♠🔥
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Capitulo 7
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.Claire Markov
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Olho para minha mão machucada, soluço em resignação, se pensei que
aquela agressão era um pesadelo, o que ele fez comigo durante a noite,
no que ele chamou de lua de mel, é a escuridão sem fim de uma vida infeliz,
eu simplesmente não acredito que viverei com esse homem, o que ele fez, foi
só uma amostra do que será a minha existência ao lado dele. Meus olhos
ardem, eu não consigo parar de chorar.
Estou sentada no chão do banheiro, recostada na banheira. Assim que
acordei, respirei aliviada por constatar que ele não estava no quarto.
Levantei-me, com muita dor em partes que não gosto nem de pensar. Segui
para o banheiro, dei graças a Deus por não ter ninguém no recinto, pelo
menos poderei sofrer a minha sorte sozinha. Olhei-me no espelho, eu estava
horrível, meu rosto machucado, meu pescoço com marcas roxas, os braços
também estavam roxos. Meu corpo todo estava com hematomas. A minha
intimidade latejava, e eu sentia uma dor aguda no pé da barriga.
- Deus! Como conseguirei viver assim? - pergunto em desespero.
Resolvo levantar-me e voltar para o quarto, não sei quais são os planos dele,
só espero que libere meu tio, depois de tudo que passei, é o mínimo que
espero dele, já que cumpri a maldita parte disso tudo. Não quero ver meu tio
no estado que me encontro, por isso, não faço questão que me leve até ele, só
desejo uma prova de que meu tio está bem, exigirei que me deixe falar com
ele ao celular.
Suspirando profundamente, deitei-me na cama novamente, pensei sobre o que
aconteceu na noite anterior, talvez, se eu não tivesse mentido, ele teria sido
mais gentil. Não sei! Arrependo-me por ter dito aquilo, mas ao mesmo
tempo, penso que tentei de tudo para não ter que transar com ele.
Ah! Tudo era tão confuso, por que ele quis casar comigo? Tenho certeza que
não é por amor, até porque nos conhecemos há três dias. Talvez seja por
vingança, por mim e meu tio tê-lo tentado enganar em seu clube, mas nesse
caso, não precisaria casar comigo, já que ele praticamente me violentou na
noite passada, podia fazer isso sem precisar casar.
Só de pensar no tamanho dele, me fez estremecer dos pés à cabeça, eu ainda
estou tentado racionalizar como meu corpo aguentou tudo aquilo. Há três
dias, só pensava em encontrar um rapaz gentil, casar e ter filhos. Meu
estômago embrulhou só de pensar em filhos, não vi em nenhum momento ele
usar nenhum tipo de preservativo, muito pelo contrário, ao levantar-me, hoje
de manhã, pude sentir descendo entre as minhas pernas o seu sêmen. Ele
havia gozado dentro de mim por varias vezes. Posso ser inexperiente, porém,
sei perfeitamente bem o resultado disso.
Eu era virgem, por tanto, nunca usei nenhum método contraceptivo em minha
vida, ele sabia muito bem disso e mesmo assim, transou comigo sem usar
camisinha. Então, chego à conclusão que esse é o objetivo dele, engravidar-
me. Só peço a Deus que não esteja no período fértil, na próxima vez, eu vou
exigir que ele use camisinha ou que me leve ao médico para receitar
anticoncepcional. Já que sou obrigada a participar desse casamento, também
farei minhas exigências.
Fiquei tensa ao ouvir a porta, apertei o robe ao meu corpo e olhei em direção
a entrada com os olhos esbugalhados. Aleksei entrou no quarto, como sempre
estupendo, seu porte atlético não estava encoberto por seu usual terno, mas,
por uma jaqueta de couro e calças de brim preto. Os cabelos, cuidadosamente
penteados para trás com apenas alguns fios pendendo na testa, o que lhe dava
um charme. A elegância de sua figura e a frieza da postura traduzia realmente
quem ele era, um homem poderoso, cruel e calculista. Ainda não acreditava
que o ouvi gemer à noite passada. Parecia irreal.
Aleksei aproximou-se da cama me olhando fixamente com seu ar de
superioridade e arrogância. Ele passeou ses olhos pelo meu corpo, detendo-se
em meus olhos. Encaramo-nos, eu cheia de rebeldia, ele impassível. Incapaz
de suportar a dor e a raiva, desviei meus olhos.
- Levante-se e troque de roupa - ordenou.
Senti uma breve hesitação, uma vontade louca de me rebelar e mandá-lo para
o inferno, no entanto, não podia fazer aquilo, as consequências podem não ser
agradáveis a mim mesma, por esse motivo, fiz o que me mandou. Levantei-
me e segui até o closet, não tinha certeza se encontraria roupas, porém, para
minha surpresa, haviam algumas mudas organizadas nos cabides e peças
íntimas. Escolhi uma calça jeans e um casaco de gola alta. Nos pés, sapatilhas
meio salto.
Voltei para o quarto em passos vacilantes, ele estava de pé em frente a uma
janela, de costas para mim, sua silhueta era assustadora, os ombros largos e
imponente, contrastava com a claridade. Sem ao menos virar-se para mim,
ordenou.
- Coma, há comida sobre a mesa.
Olhei em volta e vi a mesa e sobre ela uma bandeja, meu estômago contraiu-
se, a última coisa que queria naquele momento era comer.
- Não estou com fome.
Percebi que os músculos dos seus ombro retraiu-se, os punhos fecharam, eu
engoli em seco, ele voltou-se para mim, os olhos apertados, o rosto e a
expressão de tal modo implacável, que me fizeram dar dois passos para trás,
já em pânico pela sua reação. Ele afastou-se da janela e aproximou-se de mim
em passos largos, eu me afastei até onde pude, mas não tinha saída, estava
recuada e assustada. Ele pegou nos meus ombros apertando-os. Cerrei os
punhos instintivamente, pensando em me defender, mas desisti, sabendo que
seria inútil.
Vi-me indefesa, impossibilitada de fazer qualquer movimento. Descobri
também que respirava com dificuldade, e a respiração se tornou ainda mais
difícil quando as mãos dele desceram pelos meus braços e chegaram até a
minha cintura, com um movimento brusco, me puxou para junto do seu corpo
forte. Senti toda sua virilidade.
Sem esboçar nenhuma expressão, ele estudava implacável cada uma das
minhas reações, as lágrimas brotaram em meus olhos, não podia contê-las, o
meu medo era enorme. Porém, ao pensar que ele me bateria por desobedecê-
lo, ele me beijou, foi um beijo vigoroso, mas ao mesmo tempo quente e
excitante. O contato não durou muito, logo ele me soltou. Eu fiz das tripas
coração para conseguir encará-lo e o fiz.
- Desculpa! - murmurei.
- Coma!
Sem mais, segui para a mesa, sentei, peguei o prato e comecei a comer. O
alimento parecia palha em minha boca, contudo, comi o suficiente para
deixá-lo satisfeito.
- Muito bem! Vamos ver seu tio.
- Não quero ver meu tio nesse estado.
- Você vai do jeito que está.
- Senhor... Desculpa! Aleksei, eu posso falar com ele pelo celular.
- Não sou homem de repetir as coisas, Claire.
Sem saída, levantei-me e o segui, pelo menos iria ver meu tio, só espero que
ele não se rebele ou qualquer coisa assim, a essa altura, já deve saber quem
são essas pessoas.
Aleksei e eu seguimos para a saída do hotel, no lobby, alguém lhe entregou
um sobretudo e ele me ajudou a vesti-lo. Ao sairmos, o clima estava frio,
havia chovido e as nuvens passadas encobriam todo o céu, fazendo o cenário
ficar nebuloso. Entramos no carro e em poucos minutos, chegamos ao clube
dele. O carro seguiu para uma entrada subterrânea, era a garagem particular
que eu já conhecia.
Quando saí do carro, um SUV preto, percebi que não conseguia coordenar os
movimentos, as pernas estavam bambas, uma sensação muito ruim passou
por todo meu corpo, sem saber por que, senti um pânico enorme e paralisei
no lugar.
- Por favor, não faça mal ao meu tio - supliquei.
- Ainda nem comecei bonequinha, está com medo de que?
- Você vai libertá-lo não é?
- Já deviria me conhecer pequena, não sou homem de perdoar.
- Não!
- Shhhh! Fica quieta! Vamos ver seu tio.
Ele segurou na minha mão e me puxou, na medida em que avançamos, o
pânico crescia dentro de mim, eu tinha certeza que ele faria algum mal a meu
tio.
Chegamos a uma porta, havia um homem que ao nos ver, imediatamente
abriu a porta, entramos. Meu coração deu um solavanco ao ver meu tio
sentado em uma cadeira, ele estava com o tronco para frente, as mãos jogadas
para o lado, sem roupas, apenas com a peça íntima. Seu estado era
deplorável.
- Tio!
Ao ouvir minha voz, ele levantou o corpo e me olhou em desespero, seu rosto
estava machucado e ensanguentado.
- Claire!
Corri para ele e me agachei.
- O que fizeram com você tio?
- Eu estou bem, mas como você está? - ele tentava me tatear, porém, como
não enxergava direito por conta do inchaço dos olhos, suas mãos passavam
desordenadas em mim. As segurei e levei-as ao meu rosto.
- Estou bem, não precisa preocupar-se comigo, Aleksei vai deixá-lo ir
embora.
Meu tio se agitou e tentou levantar-se.
- Não Claire, ele não é bom, afaste-se dele.
- Está tudo bem, eu vou ficar com ele e você poderá ir, ficarei bem.
- Não!
- Vamos acabar com o drama - Aleksei falou frio.
- Deixa a minha sobrinha em paz seu monstro - meu tio gritou.
- Não posso Steve, ela é minha mulher agora.
Enquanto falava, ele aproximou-se de uma mesa onde havia uma maleta,
abriu-a e pegou um par de luvas, calçando-as.
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- Aleksei, deixa meu tio ir agora, por favor - eu implorei.
- Vem aqui Claire!
Olhei em direção ao meu tio, ele segurava em mim, então com muita dor,
puxei o braço.
- Não Claire, Não!
Com suas últimas forças, meu tio levantou da cadeira e avançou para o lado
do Aleksei, ele apenas estendeu uma das mãos em sua direção e meu tio
parou estático. Aleksei começou a fechar as mãos e enquanto fazia isso, meu
tio contorcia-se de dor. Em desespero, corri para ele e segurei em seus braços
que não se moviam.
- Para! Para! Para! - gritei tentando abaixar o braço dele, mas era quase
impossível, o membro parecia de aço. Ele, com um movimento brusco na
mão, lançou meu tio na parede que bateu e caiu. Eu estava horrorizada, ele
fez tudo aquilo sem ao menos encostar em meu tio.
- Você o matou, seu monstro.
- Ainda não, isso é só o começo.
- Disse que iria libertá-lo se me casasse com você.
- Pequena, eu casaria com você, com seu tio ou não, só queria que não
precisasse ter que dopá-la para o casamento, por isso, usei seu tio, mas nunca
tive a intenção de libertá-lo.
Aquela informação me fez sentir um grande torpor, meu coração começou a
bater loucamente, ele havia me enganado, tudo que fiz foi em vão, não
conseguia acreditar. Senti que perdia a firmeza, pensei que iria desmaiar, mas
com um dos braços ele me segurou na cintura, fazendo uma leve pressão.
Puxou-me para junto dele e falou no meu ouvido.
- Trouxe-a aqui para assistir de perto a morte do seu tio, quero que veja
cada osso de seu corpo sendo esmigalhado, cada órgão sendo destroçado. Isso
é só um aviso, pequena traidora, vou destruir qualquer um que ousar chegar
perto de você, que ousar a usar para qualquer coisa, como fez seu tio.
- Não! - pedi já sem forças.
- Apenas assista.
Ele fez um movimento com a cabeça e um homem, aproximou-se do meu tio,
jogou água gelada em seu rosto, deu alguns tapas e meu tio acordou
desorientado. O homem, então, arrastou-o até uma corrente e o prendeu com
os braços para cima. Olhei a figura do meu tio desfocada pelas lágrimas,
ainda pedi uma última vez.
- Não, por favor! Se você fizer isso vou te odiar pelo resto da minha vida.
- Será um longo tempo e um longo caminho para me odiar pequena, e vou
adorar percorrê-lo com você.
Aleksei, ainda me segurando, andou até meu tio, ele tentava falar, vi que as
lágrimas de angústia desciam pelo seu rosto, eu não iria suportar vê-lo
morrer. Aleksei me soltou, eu não tinha forças para mais nada, então, sem um
pingo de humanidade, aproximou as duas mãos sobre o meu tio, e conforme
ele passava, os ossos do seu corpo eram fraturados, podia ouvir o grito de dor
saindo de sua garganta e o som dos ossos sendo quebrados. Eu não podia
ficar parada vendo aquilo, tentei correr para meu tio, mas ele apenas me
segurou com uma das mãos e aquela luva liberou uma força magnética em
todos os meus músculos, que me fizeram paralisar. Não conseguia me mover,
porém, via tudo que estava acontecendo a minha volta.
Ele continuou, esmigalhando os ossos do meu tio, o sangue saia por suas
narinas, olhos, boca e ouvido. Era a cena, mas horripilante que presenciei na
minha vida. Quando meu tio já estava dando espasmos por todo o corpo, ele
aproximou a mão no tórax dele e fechou os punhos como de estivesse
esmagando algo, e de fato estava, ele esmagou o coração do meu tio até ele
emitir o último suspiro de vida.
Aleksei me libertou daquele campo magnético e eu caí no chão em um choro
compulsivo e desolado. A minha vida estava nas mãos de um monstro
daqueles e eu não podia fazer nada. Ouvi a voz dele próximo de mim.
- Vamos pequena, quero ter você agora, matar seu tio me deu um tesão do
caralho.
Reunindo todo minha indignação, meu nojo, meu rancor por aquele ser
desprezível, levantei-me, olhei bem dentro dos seus olhos e proferi.
- Nunca! Não irei a lugar nenhum com você, prefiro a morte, por tanto,
termine seu serviço e me mate, caso contrário, eu mesmo o farei.
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A Aposta🔞
HorrorQual Atitude você tomaria Se fosse vendida ao Maior lider do trafico da história?