Capítulo Doze

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Não era um beijo na bochecha e nem na testa como forma de proteção e boa noite. Era um beijo na boca. De repente. Quando eu menos estava esperando que fosse acontecer.

Minha mente toda pareceu derreter no momento e minhas pernas amoleceram, mas me mantive forte. Suas mãos seguraram meu rosto de maneira suave e seu corpo se aproximou do meu de forma que eu poderia sentir o seu calor passar para mim só de estarmos encostados. Mesmo fazendo frio do lado de fora onde ele estava antes, seu corpo parecia estar pegando fogo.

Quando finalmente tomei coragem de reagir ao beijo, uni minhas mãos na sua camisa e permiti que nossas línguas se encontrassem. Céus, eu aguardei aquilo mais do que eu imaginei. Eu passaria horas o beijando se fosse possível.

Sua boca explorava cada centímetro da minha de forma calma, sensual e delirante. Sua língua passeava livremente pelos meus lábios vez ou outra, fazendo-me desejá-lo mais ainda.

Mesmo que não fosse mais possível unirmos nossos corpos, ele ainda se aproximava de mim a ponto que eu precisei me encostar na porta. Max era um bem mais alto do que eu, mas naquele momento nossa diferença de altura não parecia ser um problema.

Quando nos afastamos em busca de fôlego — porque o meu tinha ido totalmente embora — subi meus olhos até os dele e vi suas pupilas dilatadas. Suas mãos ainda seguravam meu rosto.

— Esse é o seu modo de dizer boa noite oficialmente? — perguntei tentando quebrar o gelo.

— Eu tenho mais de uma forma de dizer isso — ele sorriu.

— E eu tenho a mente suja? — sorri para ele e me recompus.

— Não sei sobre o que você está pensando — ele desceu as mãos para as minhas, pegando-as e acariciando-as com seus polegares. — Você quer dormir agora?

De maneira alguma eu queria.

Balancei a cabeça negando. Soltei uma de minhas mãos que ele segurava e girei a maçaneta da porta, abrindo-a logo em seguida.

— Boa noite, Max Emilian — sorri para ele me afastando dele.

Mas aquilo não durou muito tempo. O piloto se aproximou novamente e me tomou pela cintura, aproximando-me dele mais uma vez. Ele nem mesmo se deu o trabalho de fechar a porta enquanto caminhamos juntos até a cama de casal, onde ele se sentou e me puxou para o meio de suas pernas.

— Senti saudades disso — ele sussurrou deslizando suas mãos pelas minhas costas. — Muitas saudades.

Abaixei meu rosto um pouco para meus lábios encontrarem os dele. Eu precisava dele aquela noite. Depois daquele dia eu nem saberia se voltaria a vê-lo com frequência, precisava acabar com aquela distância que ainda restava entre nós. Precisava saber se ele me desejava igual desejou na adolescência. Precisava daquela certeza em minha vida.

Meu coração se acelerou em sentir suas mãos passearam pelo meu corpo, pela cintura até minha bunda. Eu queria ser dele naquela madrugada e nada me impediria daquilo.

[...]

Acordei na manhã seguinte sentindo algo vibrando, mas meus olhos e minha mente não queriam de fato acordar. Por isso, me remexi forçando-me a continuar sonhando com o belo sonho que eu e Max...

Minha mente deu um estalo e abri um dos meus olhos, enxergando a figura de Max Emilian Verstappen dormindo bem ali, do meu lado, sem camisa. Oh meu Deus! Aquilo tinha mesmo acontecido. Não foi só um sonho bom como eu estava pensando. A culpa daquilo só poderia ser daquele champanhe que tomei no evento.

Qual era o meu problema? Uma hora eu estava odiando ele, chamando-o mentalmente de demônio e agora eu estava ali nua na cama com ele. Ok, Scarlett.

A vibração continuou até eu perceber que era o meu celular tocando. Virei meu corpo lentamente e me levantei tentando fazer o máximo de silêncio possível, peguei o telefone e fui até a sacada enquanto colocava desajeitadamente a camisa.

Me and the Devil | Max VerstappenOnde histórias criam vida. Descubra agora