Capítulo Dezoito

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— Não é como a sua mansão, mas ainda é aconchegante — abri meus braços apresentando meu pequeno apartamento para Max. Ele tinha mesmo feito o checkout em plena meia noite e vindo comigo passar o fim de semana em um bairro não muito chique, em um apartamento onde só tinha uma sala, um quarto, uma cozinha e um banheiro e deixado Rossi no hotel. Quão doido ele era?

— É melhor do que a minha casa.

Ele me puxou pela cintura e distribuiu beijinhos pelo meu rosto, começando pelas bochechas, queixo e então meus lábios. Droga, eu estava definitivamente me apaixonando por ele. Que outro cara rico deixaria toda a mordomia de lado para ficar comigo em meu apartamento? Só Max faria isso por mim e aquilo me dava borboletas no estômago.

— Você está mesmo bem com o que eu te falei? — ele perguntou, acariciando minha bochecha, ainda próximo a mim.

— Eu vou ficar bem, já é hora de superar isso e acho que nada melhor do que passar por esse momento com você.

Eu não tinha mais escolhas. Agora que sabia a verdade sobre ele não ter sido culpado me sentia extremamente burra por ter ignorado ele todo esse tempo e também ignorado a Fórmula Um como se fosse culpa deles o que aconteceu com meu irmão. Ele fez aquela escolha, ninguém conseguiria interferir a tempo, ainda mais porque ele não demonstrava estar com depressão. Além do mais, Max assumiu todo o risco por anos, foi a público mês passado dizer que ele tinha sido culpado. Eu acho que ele realmente gostava de mim e queria o meu bem, por isso assumiu toda a complicação.

Ao contrário do que eu pensava, ele era um anjo enviado dos céus para me ajudar.

— Vamos passar por isso juntos, Scarlett — ele sorriu e eu assenti. Eu estava confiando nele mais uma vez. — Agora — Max se afastou e observou ao redor. — Vamos fazer um tour pelo seu apartamento.

Eu sorri e concordei. Comecei a guiá-lo pela sala como se fosse uma enorme sala de estar luxuosa, dizendo a ele os pontos mais importantes como a escada de incêndio na janela ou o sistema de ar condicionado que não funcionava desde que eu me mudei. Max pegou um livro sobre a minha estante e o observava como se estivesse com um panfleto de um museu nas mãos.

O levei para a cozinha e destaquei como a mesa de dois lugares perto da janela era ótima para tomar café da manhã.

— E onde a princesa descansa após o dia tão cansativo dela? — ele brincou, levando a sério o fingimento de estar em um palácio.

Por um segundo parei de me mexer. Max pareceu notar e logo parou de brincar, deixando o livro sobre o balcão.

— Não foi intencional, Scar — ele abaixou o tom de voz. Mas eu tentei não dar importância para aquilo e voltei a andar.

— Eu sei, vamos. Vou te mostrar onde descanso.

Meu quarto não era o maior que ele já tinha visto. Havia uma cama, uma escrivaninha com um computador onde eu fazia meus trabalhos da faculdade e um guarda-roupa embutido na parede.

— E então, o que achou do Palácio da Marchese? O tour foi bom?

— Ótimo palácio, o tour foi impressionante — Max se aproximou de mim. — Mas eu quero saber se a dona do palácio vai me deixar dormir aqui com ela ou vou ter que dormir no sofá hoje.

Eu ri de como ele era besta.

— Fica a vontade, meu senhor. Mi casa es su casa.

[...]

No sábado de manhã, acordei ao lado de Max e o sol invadindo a janela do meu quarto. Fizemos panquecas tradicionais dos Estados Unidos para comer no café e conversamos sobre a corrida do Canadá enquanto comemos e bebemos sentados à mesa da cozinha, o sol iluminando o rosto e os olhos claros de Max enquanto ele me olhava e sorria vez ou outra. Eu adorava aqueles olhos.

Me and the Devil | Max VerstappenOnde histórias criam vida. Descubra agora