Capítulo 5 -

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❗️Aviso
Esse capítulo conterá cenas que envolvem crises de pânico.

Quando pequena, diferente da maioria das crianças que procurava abrigo nas vestes da mãe e luz em olhos refletores de amor quando a noite tomava conta do céu, seguida por sua escuridão

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Quando pequena, diferente da maioria das crianças que procurava abrigo nas vestes da mãe e luz em olhos refletores de amor quando a noite tomava conta do céu, seguida por sua escuridão. Eu temia o que via e fechar os olhos para a realidade não tiraria meu medo.

Trancava as janelas e a porta, desligava as luzes e mesmo assim meu maior tormento entrava em meu quarto com uma luz que em segundos me cegaria.

Sufoco, corte, pressão, sangue...morte.

Acordo!

Minhas lembranças voltam em todos os momentos que fecho os olhos em alguma cama, sinto minha alma sair e tento puxá-la de volta com a respiração que corta o meu interior a cada suspiro de puro pânico. Não consigo me mover, é como se meu corpo já não me pertencesse.

Os comandos dos meus movimentos não são traçados por mim.

Não estava em controle do meu próprio corpo, não tinha posse se quer disso.

ARTHUR! - Depois de muitas tentativas falhas, uma brecha é liberada em minha garganta para pedir ajuda, porém tenho apenas uma chance, já que meus soluços ganham acesso total.

Enxergo a luz vermelha em meu quarto e tento focar minha atenção nas sombras que ela produzia batendo contra os objetos e refletindo na parede, mas todos começam a parecer pessoas vindo até mim. Não quero fechar os olhos, quero assistir minha morte com coragem por uma última vez.

— Calma, lembra da técnica da respiração,  você conseguiu sozinha da última vez! - A luz do dia volta a iluminar meu quarto, a janela é aberta, porém eu não notei quando Arthur abriu a porta do quarto e veio ao meu resgate.

— Não! - nego desesperada, movendo minha cabeça em negação e em consequência movendo todo o meu corpo deitado sobre a cama. A luz vermelha estava deixando o foco com aquela claridade.

— Ruby, sou eu, Arthur. - Ele se aproxima lentamente do meu corpo e tenta parar meus movimentos agarrando um lençol e enrolando em meu corpo, como se estivesse me pondo em um casulo de borboleta. — Seu Arthur.

— Não...- Dessa vez um sussuro é o máximo que consigo emitir.

Shiu, calma. Eu te prometi que ninguém mais, lembra? Eu estou aqui, estarei sempre aqui por ti. Respira, vamos lá, você consegue, eu irei fazer contigo...

Amor Entre Chamas.Onde histórias criam vida. Descubra agora