Capítulo 20 -

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Anos atrás

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Anos atrás...

Junho de 2001, Marte e meus 7 anos;

Quando pequeno, um menino miúdo olhava para janela do seu quarto assim que acordara entusiasmado, apenas por conta de estar na estação do inverno.

Alasca, era o jovem, seu nome lembrava as grandes montanhas nevadas e frias que ele queria conseguir ver do seu jardim, que era plano, cheio de grama e raios de sol que eram seu maior inimigo. O quente e brilhoso sol impedia a neve de cair sempre, seu sonho nunca foi realizado e para ele a grande bola de fogo que iluminava o céu de manhã até o fim da tarde era o culpado.

Alasca, uma vez sentado na cama, fixou os olhos na janela, conseguindo ver o calor do dia visível como poderes de fogo vagando nas testas suadas dos adultos que não enxergavam de forma tão fantasiosa o vilão solar como a criança.

Cansado de sempre perder o ânimo ao nunca ter ao seu alcance um dia nevado que deixasse seu quintal verde coberto pelo branco que cairia de nuvens formadas pelo frio, formando um gelo, em sua visão, bem fofinho. O garoto com uma boa imaginação apenas fechou os olhos e imaginou o impossível.

Conseguia ver finalmente as crianças vizinhas fora do vídeo game e ventilador dentro de suas casas, agora esses pequenos seres humanos corriam pela vizinhança fazendo bolas de neve na mão o mais rápido que conseguiam e se escondiam para acertar qualquer pessoa que andasse desprevenida.

Alasca levantou de sua cama o mais rápido que podia e estranhou sua altura, agora tudo parecia estar menor já que ele olhara tudo por cima.

Caminhou até o espelho que ficava atrás da porta do seu quarto e notou que agora não era mais um pequeno menino.

Em sua imaginação ele se via como um gigante homem. Seus grandes olhos, agora se ajustavam ao seu rosto e a sua visão se prendia ao normal dos seres humanos que ele antigamente odiava, por todos enxergassem as coisas para ele mais incríveis de forma tão comum e sem significado.

Estava tão alto, mas não fazia muita diferença, agora conseguiria alcançar a prateleira mais alta, que quando pequeno também conseguiria se tivesse um apoio em seus pés para aumentar a sua altura. Agora, porém, não conseguiria brincar no escorrega do parque, seu brinquedo favorito.

Quando se é pequeno ainda dá para crescer, já quando se cresce infelizmente existe apenas a opção de ficar assim para sempre ou continuar crescendo, não há como regredir a altura ou fechar os olhos para a verdade da vida.

Mas isso era motivo de alarde? Lá fora as crianças riam e a neve caia, seu sonho se realizava.

Nem precisou correr para chegar até a porta que dava para fora de sua casa, o imenso corredor agora conseguia ser atravessado com apenas um passo dado por suas longas pernas. Chamou pela sua mãe para ver se podia ir brincar lá fora, ninguém respondeu. Tentou chamar pelo seu pai, para ver se tinha a permissão dele, mas também não obteve respostas.

Amor Entre Chamas.Onde histórias criam vida. Descubra agora