Capítulo 6 -

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Quando comecei a namorar Laura eu era muito inexperiente no quesito namoro. Já havia me apaixonado, beijado na boca, transado mensalmente com moças de boate e por fim, deixado um beijo na bochecha de uma ficante de uma noite e sussurrado em seu ouvido: "Noite passada foi ótima, pena que já tenho que ir." Acho que a maioria delas nem me escutou, já que deveriam estar aprofundadas demais em seu sono, mas isso não me abalava, pois minha partida nunca me fizera sentir pena de qualquer forma.

A questão é que, tirando um lance da adolescência - que se fôssemos maduros para observar que não duraria, nunca teria acontecido - e a minha ex mais recente, eu até o momento achava o romance envolvendo o namoro exagerado demais.

Me lembro de uma vez que estava com Clara - minha namorada aos 16 - Ela tinha um rosto bem dócil e ingênuo, algo que na época me cativou, pois fez eu imaginar que com ela teria uma mão em minha cabeça, fazendo carinho nos momentos em que a vida vacilasse comigo. Porque para como todo adolescente, o erro não fora iniciado por eles, isso faz com que nessa idade os jovens sofrem de forma tão grandiosa - sem necessidade.

Clara, no entanto, era completamente diferente do que imaginei, era bem determinada e digna de um pulso bem firme em suas decisões. Não se rendia para ninguém em uma discussão de sim ou não. Acabei gostando daquele lado decidido e empoderado; deixava minhas pernas postas para o ar e deixava que ela controlasse todas as situação.

Para continuar prolongando um par garantido no Ensino Médio, a loira me dava a certeza que me amava, ou pelo menos nunca deu motivo para ser chamada de interesseira, pois qualquer presente ou o mínimo agrado que poderia custar um centavo era recusado. O que era dela era dela e o meu era meu, se dinheiro estivesse envolvido no assunto; agora o amor - ou aquilo que pensávamos se tratar de amor - era uma coisa só, dividia por nós dois, era nosso.

Por isso, no Dia dos Namorados, a menina sem dinheiro no momento apenas agarrou minha mão e falou que daríamos uma volta no parque central.

Estava com um calor exagerado, o Sol brilhava magnificamente, mas com isso exalava um calor daqueles que nem precisa ser vampiro para sentir que está morrendo sob a luz solar; mesmo assim pessoas passavam por nós com exagerados sorrisos nos rostos enquanto andam de mãos dadas. Elas soltavam risos exagerados que fazem as pessoas ficarem sem ar por uma frase que nem sequer teve graça.

Os casais tinham as suas diferenças, mas em total eram bem parecidos. Eles mantinham os corpos grudados em um abraço, mesmo no calor. Sem dúvidas aqueles atos ou cair em um vulcão em erupção teria o mesmo efeito, enquanto isso, disfarçadamente tentava afastar minha mão da de Clara, que me dava aflição ao sentir o suor escorrendo por nossos dedos e ela ao menos parecer se importar com aquilo. Mesmo assim, eles continuam sorrindo, como se não ligassem de ir até o inferno pela pessoa em volta de seus braços.

Quando Ruby me beijou, tive algumas dúvidas respondidas daquela tarde com Clara.

Ela continua a encostar os lábios dela nos meus, o calor deixa de ser exageradamente desconfortável para insuportável dentro do carro que estava abafado, pois as janelas estavam fechadas e eu havia desligado o ar condicionado. Porém, em vez de soltá-la, eu coloco minhas mãos em seu pescoço, o trazendo para mais perto de mim e aprofundo ainda mais aquele beijo.

Amor Entre Chamas.Onde histórias criam vida. Descubra agora