Capítulo 13 -

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Aos 7 anos

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Aos 7 anos...

- Acha que isso será o suficiente, papai? - Pergunto agarrando o lençol em minha cama, olhando com ansiedade para ver se a ideia do meu pai daria certo.

Ele desce do banco de madeira e suspira satisfeito com o trabalho ao acender as luzes que deixavam o quarto em um tom avermelhado.

- Você é quem me diz, princesa, está bom para você?

Olho ao redor e com cautela coloco os pés no chão, me segurando nos móveis ao meu redor para conseguir me sustentar nas pontas dos pés e chegar na frente do meu pai sem fazer barulho.

Não conseguia ver o rosto dele, era uma sombra escura por conta da iluminação, mas sua silhueta não tão fina para ser considerado magro e nem tão cheio para poder ser chamado de gordo era bem detalhada pelo brilho vermelho. O homem quase parecia um manequim, se eu não soubesse quem era, seria uma estátua assustadora para uma garotinha, mas dada a situação irreversível que me esperava, aquilo era uma maravilha.

- Está ótima, obrigada papai.

Pai. Toda criança sem pai está sempre a procura de um.

[...]

Dias atuais...

Um número desconhecido ligava pelo meu telefone pela segunda vez que recusei a ligação, então pela terceira vez aberto o botão para desligar o toque irritante do meu celular - tinha que aprender a trocar aquela música. Porém, não adianta, já que a pessoa tenta pela quarta vez.

- Quem tá te ligando tanto? - Arthur pergunta enquanto passa a manteiga no pão.

- Não sei, também não entendo, se não está na minha lista de contatos não importa.

- Você só tem eu, sua tia e Cecília em sua lista.

- Exato e essa pessoa não é nenhum de vocês. - Falo procurando a jarra se suco de laranja na geladeira.

- O DDD é daqui, deveria atender.

- Atende você para mim. - Dou pouco caso cogitando em cheirar o líquido dentro da caixinha para ter certeza se estava com validade.

O loiro pega o telefone e atende o número, mas segura o objeto no meu ouvido para no fim das contas de certa forma, sou eu quem acaba atendendo.

- Alô, senhorita Brigite? - Escuto uma voz meio receiosa e cansada do outro lado da linha, talvez por estar quase desistindo de continuar ligando. Porém senhorita Brigite, só alguém me chamava assim, só ele tinha aquela voz.

- Senhor Armstrong? - Pergunto agarrando o celular e segurando por conta própria próximo ao meu ouvido.

Escuto o suspirar de Arthur e o revirar os seus olhos, arrependido de ter atendido por mim ele volta o trabalho de torar as torradas.

Amor Entre Chamas.Onde histórias criam vida. Descubra agora