Capítulo 177

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*Maraisa*

Pela primeira vez eu estou me desentendendo com o Wendel e não gosto nada disso, ele sempre me passou tanta confiança, sempre me pareceu um homem tão sério, a pessoa que eu sempre busquei, mas a forma como ele agiu ontem me deixou decepcionada.
Ele saiu do trabalho na hora do almoço e passou em casa, disse que levaria eu e a Sofia pra almoçar e me explicaria o motivo de ter chegado em casa tarde ontem.
Ele me levou no meu restaurante preferido, não vou negar que gostei, mas ainda tô chateada com ele, e sei que está me escondendo alguma coisa, pois ele está estranho.

Mara: Vai me falar por que tá estranho?

Wendel: Vou, te chamei aqui pra isso, e também pra me acertar com você, a gente nunca briga, não quero que isso mude.

Mara: Então fala, por que chegou tarde ontem e bêbado ainda por cima, que reunião era essa?

Wendel: A reunião era com meu amigo detetive, o João, se quiser posso ligar pra ele e você pode confirmar que eu estava mesmo com ele.

Mara: Mas naquele horário?

Wendel: O assunto era delicado e sigiloso, mas já está resolvido.

Mara: Que assunto era esse? - Vejo ele respirar fundo antes de começar a falar.

Wendel: A uns dias atrás, na semana do ano novo, eu estava chegando em casa e vi uma pessoa suspeita parada observando a casa de vocês, quando percebeu que eu o vi, ele foi embora as pressas e eu não consegui ver quem era. Então entrei e fui olhar as câmeras de segurança, analisei as imagens e fiquei desacreditado quando vi quem era.

Mara: Quem era? - Pergunto já com medo da resposta.

Wendel: O Bruno, o desgraçado participou de uma fuga do presídio e conseguiu fugir. Quando vi que se tratava dele eu liguei pro João na hora e pedi pra ele investigar tudo e tentar rastrear aquele filho da puta.

Eu já estava querendo chorar, não é possível que vamos passar por tudo novamente.

Wendel: Demorou alguns dias até que conseguíssemos achar ele, mas achamos e ficamos na cola dele por todo esse tempo, seguindo cada passo dele,  esperando o melhor momento pra mandar prendê-lo. Quando isso finalmente aconteceu, houve uma troca de tiros dele com a polícia e ele foi baleado no peito e não resistiu, morreu na hora.

Mara: É errado comemorar? - O choro que eu estava segurando saiu e eu nem fiz questão de tentar disfarçar, era um choro de alívio.

Wendel: Nesse caso acho que não.

Mara: Por que não me disse nada?

Wendel: Eu não podia arriscar, se ele sonhasse que vocês sabiam de algo, ele não ia pensar duas vezes em tentar alguma coisa, lembra das ameaças, a invasão na festa do Fernando.

Mara: Foi horrível.

Wendel: Pois é, e tem a Sofia no meio disso tudo, eu jamais me perdoaria se algo acontecesse com ela. Quando cheguei tarde ontem e você brigou por eu ter bebido, eu bebi por alívio, bebi como uma forma de comemorar que esse cara nunca mais vai infernizar a gente.

Mara: Desculpa, eu devia ter confiado mais em você.

Wendel: Tudo bem, qualquer um no seu lugar desconfiaria.

Me levanto da minha cadeira e puxo ele pra um abraço, agradeço baixinho por ele cuidar tão bem de mim e da minha família.

Mara: Obrigado, e mais uma vez desculpas. - Dou um selinho nele.

Wendel: Tá tudo bem meu amor, o importante é que foi tudo resolvido.

Mara: Graças a Deus.

Depois daquela longa conversa, assustadora e boa ao mesmo tempo, nós terminamos nosso almoço e depois ele me levou pra casa, pois tinha que voltar pro trabalho e eu arrumar minha mala pros shows da semana.
Sofia depois do almoço dormiu pesado, então deitei ela no berço assim que cheguei em casa e fui pro meu quarto organizar minhas coisas.

Gente eu juro que dessa vez vou terminar a fic.

Me dá o amor que eu mereço ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora