Maiara*
Chegamos na casa do Sorocaba e eu fui logo pedindo um chinelo emprestado pra Biah, meus pés estavam doendo muito e ao longo dos meses nós nos tornamos muito amigas, então uma já tinha intimidade com a outra.
Biah: Quer uma roupa mais confortável Mah?
Eu: Não precisa, só o chinelo mesmo.
Biah: Tá bom, vem cá.
Acompanhei ela até o quarto e ela me emprestou o chinelo, depois voltamos pra sala e eu fui logo pegando a Sofia do colo da Maraisa, ela estava meio sonolenta então deitei ela no meu colo e tentei fazê-la dormir.
Mara: Essa sua namorada é muito folgada viu Fernando.
Fer: Por que?
Mara: Fica mimando a Sofia, dando doces pra ela e fazendo todas as suas vontades.
Eu: Faço mesmo, você que lute.
Mara: Depois não é você que sofre.
Eu: Claro que é irmã, nós moramos juntas.
Mara: Mesmo assim, quando ela chora ou fica fazendo birra você vem correndo devolver a pra mim. - Nessa hora Eu começo a rir.
Eu: Essa é a parte boa, a criança chora e a gente devolve pra mãe.
Mara: Quero só ver quando tiver o seu.
Eu: Aí eu deixo você mimar.
Olhei pro Fernando e ele me olhava sorrindo, deve ser por que essa é a primeira vez que falo algo que dê a entender que eu quero filhos, afinal já discutimos uma vez por causa disso, mas a verdade é que conviver tanto tempo com a Sofia fez crescer em mim uma vontade de ser mãe que eu não tinha antes.
Continuei ninando a Sosô até perceber que ela havia dormido, Biah disse que eu poderia colocar ela no quarto dela e eu concordei, deitei ela na cama e coloquei alguns travesseiros ao lado pra não ter perigo dela cair.
Biah: Você vai ser uma bela mãe amiga.
Eu: Não sei não.
Biah: Claro que vai, você se dá tão bem com a Sofia, ela ama você.
Eu: Eu também amo muito ela, mas não sei se estou preparada pra ter um filho, é muita responsabilidade.
Biah: É mesmo, mas você não está sozinha.
Eu: Eu sei, e confesso que até gosto da ideia, mas tenho medo.
Biah: Eu te entendo, deixa tudo acontecer no tempo certo.
Eu: pois é, eu e o Fernando só estamos juntos a alguns meses.
Biah: Isso não quer dizer nada, quando é pra ser, as coisas sempre se ajeitam.
Eu: Verdade.
Voltamos pra perto do pessoal e eu já fui logo tratando de pegar uma bebida, Sorocaba estava na churrasqueira com os amigos e o Fernando agora estava na cozinha pois inventou de fazer um carreteiro.
Kamily estava meio perdida no rolê então me sentei ao seu lado e fiquei lhe fazendo companhia.Eu: E aí, como vai a vida?
Kamy: Bem, só estou de saco cheio da escola. - Dei risada do seu jeito de falar.
Eu: Porque? Não gosta da escola?
Kamy: Até gostava, mas de uns tempos pra cá a convivência lá está cada vez pior.
Eu: Por que?
Kamy: Deixa isso pra lá, não é nada demais.
Eu: Tem certeza, eu posso pedir pro seu pai ligar na escola, ou até mesmo conversar com a sua mãe.
Kamy: Minha mãe não sabe de nada, eu não quis contar a ela.
Eu: Mas o que exatamente acontece lá?
Kamy: São só uns meninos que ficam com algumas brincadeiras idiotas e comentários ridículos.
Eu: Que tipo de comentário. - Percebo ela desviar o olhar. - Pode confiar em mim.
Kamy: Eles ficam falando de você, sobre seu passado, sobre o seu namoro com o meu pai.
Eu: E isso te incomoda?
Kamy: O seu passado não, nem o namoro com o meu pai, e sim as provocações deles.
Eu: Não liga pra isso não, são só crianças, mas caso as provocações piorarem fale com os seus pais, com a direção e até mesmo comigo.
Kamy: Tá bom, obrigada Mai.
Eu: Vamos lá ver o que seu pai tá aprontando na cozinha. - Me levanto e vejo ela fazer o mesmo.
Kamy: Só não conta nada pra ele tá.
Eu: Combinado!
Seguimos pra cozinha e eu fazia de tudo para não demonstrar que o que ela me disse não me afetava, era muito chato saber que mesmo depois da minha entrevista, da verdade ser dita as pessoas ainda me viam como a garota da boate, ou como um motivo de piada, o que aconteceu comigo e com aquelas meninas é muito sério e ninguém deveria rir disso.
Eu: O cheiro está tão bom que a gente teve que vir aqui.
Kamy: O cheiro tá bom mesmo pai.
Fer: Oi meus amores, já está quase pronto, estão com fome?
Kamy: Muita. - Diz indo até o pai e lhe dando um abraço.
Fer: E você meu amor?
Eu: Estou faminta. - Eles ficaram ali conversando até Maraisa entrar na cozinha dizendo que ia fazer a mamadeira pra Sofia.
Eu: Quer ajuda irmã?
Mara: Não, ela acordou mas acho que vai voltar a dormir novamente.
Kamy: Posso dar a mamadeira pra ela?
Mara: Claro!
Fer: Só toma cuidado pra ela não engasgar tá bom filha.
Kamy: Tá bom pai.
Maraisa terminou de preparar o leite da Sofia e foi pro quarto acompanhada da Kamilly.
Fer: O que foi meu bem? - Ele me estende a mão e eu seguro, ele me puxa pra perto e me abraça pela cintura.
Eu: Nada, por que?
Fer: Tô te achando meio pensativa.
Eu: Impressão sua. - Junto nossos lábios num selinho rápido mas ele intensifica o beijo.
Fer: Te amo.
Eu: Eu também te amo.
Continuei ali fazendo companhia pra ele até o carreteiro ficar pronto, depois de todo mundo comer nós nos juntamos na varanda e ficamos bebendo e conversando sobre várias coisas. Maraisa logo quis ir embora pois estava cansada, Kamily também estava com sono então eu pedi pro Fernando levar a gente pra casa. Chegando lá eu fui tomar um banho e quando menos espero vejo ele entrar no banheiro, observo ele tirar sua roupa e se aproximar de mim. Nos amamos sem pressa enquanto a água caia sobre nossos corpos, quando já estávamos exaustos terminamos o banho e fomos nos trocar.
Fer: Kamily disse que queria assistir filme, mas está capotada na cama.
Eu: Ela estava mesmo com sono, amanhã a gente assiste.
Fer: Ok, vem deitar então.
Me deitei ao seu lado e ele me puxou pros seus braços, apoiei minha cabeça sobre o seu peito e fiquei ouvindo as batidas do seu coração, fechei os olhos e aproveitei o carinho que ele me fazia, aos poucos meus olhos foram ficando pesados e eu adormeci.
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Me dá o amor que eu mereço ( PAUSADA )
FanfictionMaiara é uma jovem de 17 anos, sempre teve o sonho de formar uma dupla sertaneja com a irmã gêmea Maraisa, ambas são apaixonadas pela música. Maiara é uma menina alegre, apaixonada pela vida e sonha um dia encontrar o amor da sua vida, sempre foi ro...