Me dá o amor que eu mereço ( PAUSADA )

Capítulo 19

Maiara*

Acordei com alguém abrindo a porta com brutalidade e me levanto assustada, era o Rafael, olho em volta e não vejo mais o Fernando, provavelmente ele já deve ter ido embora.

Rafael: Acabou a sua mordomia, vamos logo.

Me levanto da cama com pressa e coloco minha roupa, Rafael me puxa pra fora do quarto e me leva pra onde ficam todas as meninas mas elas não estavam lá.

Rafael: Toma um banho que eu vou trazer algo pra você comer, depois você vai pro salão ajudar as meninas com a limpeza.

Eu: Você sequestra as meninas, faz elas venderem o próprio corpo e ainda faz elas limparam a boate? - Sinto meu rosto arder com o tapa que ele me deu.

Rafael: Você tá muito rebelde, Fernando não te adestrou? Se quiser eu te deixo mansinha.

Eu: Tá pensando que eu sou o que?

Rafael: Uma cadela, e cala a boquinha ou eu acabo com você.

Ele sai do quarto e eu começo a chorar, vou pro banheiro e tiro a minha roupa, enquanto tomava meu banho eu chorava muito e perguntava a Deus quando acabaria esse inferno.
Me lembro da noite que tive com o Fernando e de certa forma isso me acalma, ele foi tão carinhoso, ele poderia ter entrado ali e feito o que quisesse comigo, mas diferente disso ele me respeitou e cuidou de mim.
Ouço o Rafael entrar no quarto e dizer que minha roupa e o café da manhã já estava ali e pediu pra eu não demorar muito pois tinha que ajudar as meninas.
Saio do banheiro enrolada na toalha e me troco rapidamente, eu estava com medo dele entrar no quarto e querer fazer algo comigo.
Eu estava com muita fome então comi o café da manhã que ele me trouxe e depois fui escovar os dentes, logo vejo ele entrar no quarto novamente.

Rafael: Vamos!

Saio do quarto e vou até o salão, todas as meninas estavam lá, limpando todo o lugar enquanto ouviam música, elas pareciam estar se divertindo, não sei como conseguiram se acostumar com isso aqui.

Rafael: Procura alguma coisa pra fazer e ajuda as meninas.

Como não tinha outra saída e peguei um esfregão e começo a limpar o palco, depois ajudei as meninas a limpar outros lugares até que terminamos de limpar tudo.

Bruna: Oi, como você tá? - Diz assim que voltamos pro quarto.

Eu: Bem, na medida do possível. - Me sento na minha cama.

Bruna: Menina você arrasou ontem, nem eu quando fui leiloada tive um lance tão grande.

Eu: Não me orgulho disso.

Bruna: Mas me conta como foi? Quantos eram?

Eu: Foi um só, parece que os amigos me compraram de presente pra ele. - Ela me olha esperando eu continuar. - Ele foi muito carinhoso comigo, me respeitou e fez tudo com muito cuidado.

Bruna: Menos mal, e você gostou?

Eu: Até que gostei, ele era lindo, se chamava Fernando. Disse que é amigo do Bruno, mas foi embora hoje pro Brasil.

Bruna: Você contou pra ele alguma coisa?

Eu: Não, ele era amigo do Bruno, tive medo dele contar alguma coisa.

Bruna: Tá certa, mas me conta como foi, quero detalhes.

Eu: Não tem muito o que contar, primeiro nós conversamos, aí eu comecei a chorar pois estava muito nervosa, ele veio até mim e me abraçou pedindo pra eu ficar calma pois ele não iria me machucar. Quando vi já estávamos nos beijando e ele começou a tirar a minha roupa, disse que se eu não quisesse era só falar que ele parava.

Bruna: Que fofo, queria eu ter tido essa sorte.

Eu: Sua primeira vez foi aqui também?

Bruna: Sim, e foi com um homem nojento, ele me tratou como um objeto, fez o que queria comigo.

Eu: Que horror.

Diana veio trazer o nosso almoço, disse que mais tarde me chamaria pra resolver algumas coisas e  depois se foi, Bruna era a única que conversava comigo, as outras nem olhava na minha cara, não sei por que.
Após o almoço eu escovei meus dentes e me deitei, a todo momento eu pensava na noite que tive com o Fernando ontem, como eu queria ver ele de novo.
Lembro também da minha família e desabo no choro, eu sinto tanta falta deles, do meu pai, da minha metade, da minha mãe então nem se fala.
Como será que a Lila tá? Será que sua mãe deixou ela ir pra São Paulo? E a Maraisa, será que vai? Queria muito saber como eles estão agora.

Diana: Maiara, vem comigo!

Me levanto, enxugo as lágrimas e vou até ela, a mesma me leva até uma sala muito mais organizada do que todas as outras que eu vi, parecia ser um consultório.

Diana: Esse é o nosso médico, ele fará algumas perguntas pra você e te passará o remédio que irá tomar, pra não correr o risco de engravidar.

Eu: Tudo bem.

Me sento na cama que tinha ali e vejo o médico escrever algumas coisas, enquanto isso Diana se aproxima e me pergunta como foi a noite de ontem, conto tudo a ela e ela fica feliz por mim.
O médico fez uns exames em mim e depois me deu o anti concepcional que eu teria que tomar, sai da sala dele com a Diana me acompanhando e voltei pro quarto com as meninas.