Me dá o amor que eu mereço ( PAUSADA )

Capítulo 121

Fernando*

Enfim o dia do meu aniversário chegou e eu fui acordado da melhor forma possível, minha filha e meus pais " invadiram " meu quarto cantando parabéns e me encheram de abraços e beijos, só senti falta de uma pessoa nessa bagunça toda, a minha baixinha.
Passamos a tarde toda juntos e abrindo os presentes que chegavam o tempo todo, o pessoal da organização já estavam chegando e eu fiquei mais ansioso ainda.
Sorocaba chegou mais cedo com a Biah e passaram a tarde aqui com a gente, ele perguntou da Maiara e eu disse que ela viria mais tarde pois ficou no rancho esperando os pais chegarem.
Quando foi chegando perto do horário previsto pra festa começar eu fui me arrumar, usei o look que a Roze escolheu pra mim e depois de pronto fui pra sala receber os convidados. A festa estava linda, a decoração impecável e as comidas melhores ainda, não vejo a hora de começar a comer.
O pessoal foi chegando e nada da Maiara aparecer, peguei o celular e liguei pra ela, segundo ela já estavam vindo e eu fiquei mais ansioso ainda pra começar a curtir a festa, afinal foi ela quem ajudou a organizar tudo.

Kamily: Pai cade a Mai?

Eu: Acabei de ligar pra ela, já está chegando.

Kamily: Que bom.

Filomena: Filho, precisava desses seguranças todos?

Eu: Sim mãe, não sabemos o que pode acontecer né.

Filomena: Só espero que não aconteça nada.

Vi o carro do Wendell chegando e abri um sorriso enorme, fui até eles e quase babei ao ver a Maiara, ela está tão linda nesse vestido, eu realmente sou muito sortudo por ter ela ao meu lado.
Levei eles até a mesa onde minha família estava e fui receber o resto dos convidados, uma pena a Marília não ter vindo, ela tinha show então não pode comparecer.
Enquanto recebia os convidados eu observava a Maiara e não conseguia parar de babar nela, ela realmente estava muito linda então sem me importar muito eu fui até ela e a levei pra um dos quartos, começamos a nos beijar e quando dei por mim já estava com meus dedos dentro dela.
Quando ela ia abrir minha calça o celular dela tocou e eu vi ela ficar tensa e não atender o telefone, perguntei o motivo e ela não quis me dizer e então voltamos pra festa.
Dançamos, brincamos e bebemos muito, a festa estava ótima até ela dizer que se cansou e foi se sentar novamente, quando um dos seguranças entra e vai até o Wendell, eles conversam e saem pra fora correndo, vejo a Maiara se levantar assustada e ir até eles e eu fiz o mesmo.
Quando cheguei la fora vi o Alex, nosso segurança caído no chão com uma faca na barriga, Maiara logo começou a chorar e olha e em volta e eu não entendi o por que, até que ouvi o grito da minha filha vindo de dentro da casa.
Corri até lá e vi o desgraçado do Bruno segurando minha filha e rindo pra nós, na hora me subiu uma raiva muito grande que minha vontade era me jogar em cima dele e encher ele de socos, mas eu não podia fazer isso, não com a minha filha ali.

Eu: Solta a minha filha seu desgraçado.

Bruno: Oi Fernando, como vai?

Eu: Eu não vou falar de novo.

Bruno: Que moral você acha que tem pra me mandar fazer alguma coisa, em seu traíra.

Eu: Vai pro inferno, eu só fiz o que era certo.

Sorocaba: Bruno solta ela, não faz nenhuma besteira.

Bruno: E você, outro traidor.

Eu: O Sorocaba não tem nada a ver com isso, ele não sabia de nada.

Bruno: Você acha que eu sou burro?

Mai: Bruno, solta ela.

Bruno: Oi Mai, que saudade, cadê sua irmã. - Ele começa a olhar em volta.

Mai: Não interessa.

Bruno: Ah tá ali, quanto tempo Maraisa, eu senti sua falta sabia.

Mara: Vai pro inferno seu desgraçado. - Ele ri e olha pra Maiara.

Bruno: Pensei que você fosse mais esperta Maiara, mas vejo que continua sendo a mesma burra de sempre.

Mai: Cala a sua boca.

Bruno: Imaginei que fosse ter policiais aqui, ainda mais depois de hoje, mas vejo que você é obediente.

Eu: Do que ele tá falando? - Vejo ela começar a chorar. - Do que ele tá falando Maiara?

Mai: Ele me mandou mensagem hoje, me ameaçando e disse que se eu contasse pra alguém ele mataria vocês. - A raiva que eu estava sentindo aumentou mais ainda.

Eu: E por que não disse nada?

Mai: VOCÊ NAO OUVIU O QUE EU DISSE, ELE AMEAÇOU VOCÊS.

Eu: Era ele que tava te ligando? - Vejo ela abaixar a cabeça. - A gente poderia ter chamado os policiais Maiara e a essa hora esse desgraçado estaria preso.

Mai: A culpa não é minha.

Eu: Não fui eu que recebi mensagens e fiquei calado.

Bruno: Sem briga pessoal, vocês vão espantar os convidados.

Eu: Filho da puta eu vou matar você.

Quando me aproximei na intenção de acabar com ele, vi ele tirar uma arma do bolso e apontar pra minha filha, vejo ela começar a chorar e eu parei de andar no mesmo instante.

Bruno: Vai pra trás, eu não vou fazer nada, só vim dar um aviso pra vocês.

Kamily continuava chorando e eu me sentia um inútil por não fazer nada, eu estava com muita raiva que não conseguia olhar pra Maiara.

Bruno: Eu vou embora, mas se preparem pois eu vou voltar e fazer vocês se arrependerem por ter cruzado o meu caminho.

Nisso ele foi andando até a porta da sala, fazendo a Kamily de escudo e quando chegou perto da saída ele empurrou a minha filha no chão e saiu correndo. Eu corri até ela e a abracei forte, ela chorava de soluçar e eu chorava de raiva e culpa por tudo o que está acontecendo.

Mai: Kamy você tá bem?

Eu: AGORA NÃO MAIARA.

Mai: Fernando.. - Ela disse com a voz embargada.

Eu: Eu disse agora não.

Vejo ela se afastar e ouço o barulho da ambulância, os paramédicos socorrem o Alex e vejo a Maiara entrando na ambulância como acompanhante dele.
Pego minha filha no colo e vou com ela pro quarto, fico com ela até a mesma se acalmar e dormir, depois eu saio do quarto e volto pra sala, os convidados já tinham ido embora, só restava a minha família, o Sorocaba e a Biah e a família da Maiara.

Filomena: Ela tá mais calma filho.

Eu: Sim, acabou de dormir.

Almira: Fer, me desculpe pelo que a Maiara fez, ela só estava com medo de algo acontecer com a gente.

Mara: Não precisa se desculpar não mãe, aposto que qualquer um aqui teria feito o mesmo, ela tava sendo ameaçada, todo mundo aqui tava sendo ameaçado e ela teve medo.

Eu: Me desculpe Maraisa, eu sei que exagerei.

Mara: Não é pra mim que você tem que pedir desculpas, e sim pra pessoa que te ama, que tava assustada e agora mais do que nunca, se sentindo culpada por algo que ela não tem culpa.

Nessa hora eu me lembrei da forma como falei com ela e me arrependi amargamente, peguei a chave do carro e disse pra todos que eu estava indo pro hospital ficar com ela, Maraisa não olhou na minha cara quando se despediu da minha família dizendo que iria fazer companhia pra irmã e que eu não precisava ir até lá, mas é claro que eu vou, eu preciso me desculpar.