Capítulo 164

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Fernando*

Acordei no meio da noite com a Maiara chorando, ela estava de costas pra mim e chorava baixinho. Me levantei as pressas e acendi a luz do quarto, ela enxugou o rosto e me olhou.

Eu: Tá com dor né. - Ela volta a chorar e eu vou até ela. - Deixa eu ver seu pé.

Ela joga o cobertor pro lado e eu vejo seu pé super inchado e um pouco roxo, passo as mãos no cabelo nervoso e tento manter a calma pra não deixar ela mais nervosa.

Eu: Vou te levar pro hospital.

Mai: Chama a Maraisa. - Diz em meio ao choro.

Eu: Eu disse pra gente ir no hospital mas você é teimosa.

Mai: Eu não queria estragar o jantar.

Eu: Você não ia estragar nada, seu bem estar é mais importante, a gente poderia ter comido depois ou então feito algo amanhã.

Decido me calar enquanto ligo pra Maraisa e ela continua chorando, foi difícil acordar a minha cunhada mas depois de três tentativas ela me atendeu, eu expliquei que levaria a Maiara pro hospital e que a Maiara estava chamando por ela. Liguei também pra Paulinha que prontamente atendeu e em poucos minutos as duas já estavam batendo na porta do quarto.

Mara: O que aconteceu?

Eu: A teimosa da sua irmã que não quis ir no hospital e agora a dor piorou e o pé dela tá ficando roxo.

Mara: Deixa eu ver seu pé irmã. - Ela se senta de frente pra Maiara e a mesma mostra o pé machucado.

Paulinha: Isa ajuda ela a se trocar, enquanto isso o Fernando se troca também e a gente vai pro hospital.

Mara: Tá feio mesmo em irmã, mas você deveria ter dito que tava doendo.

Mai: Eu não queria que vocês perdessem o jantar de Natal.

Me troquei super rápido e peguei meu celular, carteira e a chave do carro que eu tinha alugado, por sorte não devolvi ele ainda, senão teria que chamar um Uber a essa hora.

Eu: Vem, vou te levar.

Mai: Se for pra você ficar me tratando assim não precisa.

Eu: Assim como?

Mai: Com grosseria. - Diz com a voz embargada.

Eu estava um pouco bravo por ela ser tão teimosa, ela deveria ter ido ao médico na primeira vez que eu perguntei, e se for algo mais grave pode ter piorado, principalmente depois dela ter forçado no banho.

Eu: Me deixa te ajudar. - Peço quando vejo ela se levantar com a ajuda da irmã e reclamar de dor ao dar alguns passos em direção a porta do quarto.

Mai: Não quero.

Mara: Deixa de ser orgulhosa Maiara, o Fernando está certo.

Paulinha: Não adianta vocês brigarem com ela agora, só vai deixar ela mais nervosa.

Mai: Deixa eles Paulinha.

Ela volta a chorar e eu decido ceder as manhas dela, mesmo contra a sua vontade eu a peguei no colo e a levei pro carro. No caminho pro hospital ela foi totalmente calada e com um bico gigante, a baixinha tá errada e ainda quer ter razão.

Por sorte o hospital estava vazio e não precisamos esperar, ela logo foi chamada e eu entrei com ela enquanto a Maraisa e a Paulinha preenchiam os dados dela.
Assim que entramos no consultório o médico ficou olhando pra ela e eu estava prontinho pra pegar uma caneta e furar os dois olhos dele.

Dr: Boa noite, o que aconteceu?

Mai: Ontem quando eu fui descer da van eu torci o pé, eu pensei que não fosse nada demais, por isso não vim antes, aí acordei no meio da noite com muita dor.

Me dá o amor que eu mereço ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora