Me dá o amor que eu mereço ( PAUSADA )

Capítulo 12

Maraisa*

Só percebo que peguei no sono quando acordo com a Marília se levantando da cama, sim nós dormimos no quarto da Maiara.
Me levanto e vou pro banheiro fazer minhas higienes, escovo os dentes e depois espero a Marília fazer o mesmo, fomos pra sala e nossos pais já estavam acordados e falando com a polícia.

Almira: Bom dia filha, feliz aniversário meu amor. - minha mãe me abraça e chora, eu me permito chorar também.

Eu: É um péssimo aniversário mãe.

Almira: A gente vai achar sua irmã tá?

César: Feliz aniversário minha princesa.

Eu: Obrigado pai.

Almira: Vão pra cozinha, o café já está pronto.

Lila: Feliz aniversário amiga, eu tô aqui com você tá.

Eu: Obrigada.

Fomos pra cozinha e tomamos café, quando estava voltando pra sala ouço a campainha tocar, vou correndo até a porta na esperança de ser alguma notícia da Maiara mas era só um entregador de flores.

Xx: Olá bom dia, essas flores são pra senhorita Maraisa.

Eu: Sou eu, muito obrigada.

Leio o cartão e vejo que era do Rafael, estranho, por que ele não veio me entregar pessoalmente?

Almira: De quem é filha?

Eu: Do Rafael, tel uma carta aqui.

Eu coloco as flores em cima da mesa e pego a carta, abro ela e começo a ler, no único eu não estava entendendo nada mas depois comecei a chorar de forma desesperada ao ler o que estava escrito naquela carta.

César: O que foi filha?

Eu: O Rafael... foi...foi ele. - Começo a chorar mais ainda ao ver o olhar de decepção da minha mãe, eu me sentia culpada por isso, por minha culpa minha irmã foi sequestrada.
Meu pai pega a carta e começa a ler, ele também começa a chorar e entrega pra minha mãe que desmaia nos braços dele.

Carta:

Oi meu amor, eu sinto muito por não poder estar com você nesse dia tão especial e ao mesmo tempo tão conturbador, é que eu tenho umas coisas muito importantes pra resolver e por isso resolvi escrever e explicar tudo pra você, sim tudo.
Eu estou com a Maiara, me desculpe mas eu tinha que fazer isso, era pra você estar aqui também mas por ironia do destino eu me apaixonei por você, e não podia deixar que nenhum mal te acontecesse, já a Maiara não deu pra livrar, afinal ela nunca gostou de mim né.
Vou te explicar melhor o que ta acontecendo, eu faço parte de um grupo de traficantes, não de drogas mas sim de mulheres, nao me orgulho muito disso mas são negócios da família e eu não posso desapontar meu pai.
Quando completei 18 anos tive que entrar pros negócios, mesmo não concordando com isso, mas com o tempo eu fui me acostumando e pegando gosto pela coisa, até que bati meus olhos em vocês. Quando eu disse que estava passando pela escola e te vi eu não estava mentindo, eu realmente me interessei e passei a observar vocês todos os dias na escola.
Com o tempo percebi que você correspondia os meus olhares e então eu decidi que seria fácil conseguir o que eu queria, era só me aproximar de você. E foi isso que eu fiz, no começo foi tudo armação, mas com o tempo eu comecei a me apaixonar por você de verdade, e por isso não pude trazer você comigo, eu jamais deixaria algum mal acontecer com você. Espero do fundo do meu coração que você me perdoe um dia, me perdoe por ter mentido pra você, por ter te feito mal e principalmente por ter tirado o seu bem mais precioso, a sua metade, como você mesma a chama... Eu te amo, feliz aniversário.

Lila: Filho da mãe, eu nunca fui com a cara dele.

Eu: A culpa é minha Lila.

Abraço minha amiga e choro muito, percebo que minha mãe está acordando e ela evita olhar pra mim, abraço meu pai e peço perdão a ele.

Eu: Me desculpa pai, isso tudo é culpa minha, me desculpa.

César: Você não tem culpa de nada filha, você não poderia saber que esse cara era um bandido.

Almira: O senhor precisa achar a minha filha.

Policial: Você sabe se ele mora? Se ele tem algum parente aqui.

Eu: Sei onde ele mora, mas ele não tem nenhum parente, não que eu sabia.

Policial: Me passa o endereço por favor.

Eu passo o endereço pro policial e ele diz que irá pra lá com outros policiais e voltariam caso conseguissem alguma informação.
Vou correndo pro meu quarto e me deito na cama, isso não pode estar acontecendo, como eu não enxerguei esse monstro que o Rafael é.