Capítulo 11

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Maiara*

Acordei em um lugar desconhecido, eu estava deitada num chão sujo e fedido, não tinha mais ninguém aqui, somente eu.
Tento me lembrar do que aconteceu mas não consigo, eu estava com muita dor de cabeça, observo uma porta e me levanto, começo a bater na porta e gritar pra ver se alguém me ouvia mas não obtive sucesso.
Me sento no chão novamente e começo a chorar, eu queria sair daqui, estou com medo do que pode acontecer comigo, e de quem fez isso comigo.
Vejo a porta se abrir e alguém entra, não consigo ver quem era até a pessoa se aproximar mais, não pode ser, por que ele tá fazendo isso comigo.

Rafael: Oi cunhadinha.

Eu: Você é doente? Por que fez isso comigo, me tira daqui.

Rafael: Me desculpa mas não vai dar, nem estamos mais em Goiânia. - Ele ri de mim.

Eu: O que? Como não? Pra onde você tá me levando?

Rafael: Segredo, mas fica tranquila, logo você saberá, só não sei se vai gostar.

Ele sai e me deixa novamente ali sozinha, começo a chorar novamente e peço pra Deus me ajudar e me tirar daqui.
Não sei quanto tempo fiquei acordada esperando alguém voltar mas isso não aconteceu então acabei cochilando e acordei com o Rafael me chacoalhando.

Eu: Rafael por favor, me tira daqui. - Começo a chorar.

Rafael: Não dá.

Eu: Por que você tá fazendo isso? O que eu fiz pra você?

Rafael: Você não fez nada, só não teve a sorte de namorar comigo.

Eu: O que?

Rafael: Sua irmã teve sorte, era pra ela estar aqui também.

Eu: Como assim?

Rafael: Não posso te explicar agora, mas logo você saberá.

Eu: Me dá alguma coisa pra comer e pra beber.

Rafael: Vou buscar. - Ele caminha até a porta e para. - Ah.. feliz aniversário.

Ele sai e eu me permito chorar mais ainda, esse está sendo o pior aniversário da minha vida. Não consigo acreditar ele ele fez isso comigo, como ele teve coragem, será que ele não se importa com o sofrimento da minha irmã? Ah a minha irmã, como será que ela está agora? Que saudade dela, da minha metade, dos meus pais.

Rafael: Voltei. - Ele me entrega um pão com mortadela e uma garrafinha de água.

Eu: Por que você tá fazendo isso Rafael?

Rafael: Nao vou te contar agora.

Eu: Você falou com a minha irmã? Como ela tá?

Rafael: Falei com ela ontem quando fui me despedir.

Eu: Se despedir?

Rafael: Sim, estou indo embora com você, então tinha que me despedir.

Eu: Pra onde estamos indo?

Rafael: Estados Unidos.

Eu: O que? Eu vou fazer o que lá?

Rafael: Sem pressa Maiara, logo você saberá.

Eu: Eu nunca mais vou ver a minha irmã?

Rafael: Provavelmente não, mas eu já expliquei tudo pra ela.

Eu: Como?

Rafael: Mandei flores pra ela hoje uma carta explicando tudo, ela deve estar me odiando agora e provavelmente se culpando.

Eu: A polícia vai vir atrás de você.

Rafael: Não tem como, eles não têm provas.

Eu: Eles podem ir na sua casa.

Rafael: Eu nunca levei a Maraisa na minha verdadeira casa, e meu nome também não é Rafael, é Bruno.

Eu: Eu não sei nem o que dizer.

Rafael: Que bom, você fala demais.

Eu: Eu preciso ir ao banheiro.

Rafael: Não dá.

Eu: Mas eu preciso, como vou fazer?

Rafael: Se vira, faz nas calças.

Eu: Idiota.

Grito e ele me dá um tapa, começo a chorar e ele sai do quarto me trancando novamente, eu estava com muita vontade de ir ao banheiro mas não tinha outra opção a não ser fazer nas calças, e foi o que eu fiz.
Rafael não voltou mais depois daquela hora e eu não fazia ideia de que horas eram mas eu já estava ficando com fome novamente, minha sorte foi que eu não tinha comido todo o pão que ele tinha me dado mais cedo então terminei de comer ele.
Me deito no chão e fico pedindo pra Deus me tirar daqui, eu não faço ideia de onde estou mas preciso sair daqui, eu não quero ir embora, não quero me separar da minha família.

Quero saber o que tão achandoooo

Me dá o amor que eu mereço ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora