───── 𝐆𝐎𝐎𝐃 𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍.

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𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐆𝐈𝐋𝐁𝐄𝐑𝐓

Tentei ficar calma e não surtar. Damon fez com que Bonnie abrisse essa merda de tumba pra no final a tal Katherine nem estar aqui? Quando saímos, Elena suspirou fundo e todos pareciam meio irritados mas queriam disfarçar.

— Eu sinto muito, Damon. – Elena se aproximou dele sorrindo fraco.

Damon se afastou, olhando ao redor e indo em direção a fora da tumba. Pensei em o seguir mas a vó da Bonnie começou a nos assustar quando finalmente a tumba foi selada. Ela caiu no chão de repente e corremos em direção a ela, todos começamos a tentar fazer algo mas Stefan me impediu de se aproximar.

— Eu sei que pedi pra não procurar ele, mas você é a única que pode fazer ele te ouvir, por favor… – ele disse e eu neguei com a cabeça. – Esther, só faz isso, não precisa mais falar com ele depois disso, ele vai matar qualquer um que ver pela frente.

— E você quer me mandar ir lá? – sussurrei, vendo a Bonnie começar a chorar.

Ele apenas continuou a me olhar e eu bufei, girei os calcanhares e subi as escadas, olhando ao redor. O céu estava escuro, o que dificultava muito a visão naquela floresta. Corri em direção a uma sombra que eu vi passando e senti o arrependimento de ter vindo. Ele estava lá por outra garota e, não se importava com quem sofresse com tanto que ele tivesse Katherine de volta. E eu agradeço por ele ter sido um idiota antes de eu começar a me apegar demais a ele. Não posso negar, comecei a me importar com o Damon mais do que o esperado, ele pareceu ser o único a me entender e gostar de mim
como eu sou. Contudo, era mentira. E no fim, ele só queria conseguir Katherine Pierce outra vez.

— O que você está fazendo aqui? – ele me olhou, com uma expressão chateada mas não queria demonstrar isso pra mim.

Ele se aproximou e eu dei uns passos para trás, sendo prensada contra uma árvore atrás de mim, apoiei meu corpo contra ela com força, torcendo para que pelo menos ele não avançasse em minha direção e me atacasse.

— Damon, por favor… – pedi, sentindo minha voz falhando pelo nervoso. – eu… O Stefan disse que…

— Não me importo com o que o Stefan diz, sabe por quê? Eu acabei de esperar por 145 anos por uma garota que não está nem aí para mim.

— Damon, você nem sabe onde está ela.

— Anna me disse. Disse que ela sabe que estou aqui, ela só não me procurou. – ele murmurou.

Ele pegou um pedaço de madeira do chão, o jogando o mais distante que pode, gritando alto. Me encolhi assustada, pensei por alguns segundos que aquele pedaço iria parar no meu coração. Ele me olhou e girou os calcanhares, parando de me olhar.

— Te vejo por aí, Gilbert. – falou e andou, se afastando de mim.

Eu o deixaria ir, mas não queria decepcionar ao Stefan, sei o quanto que ele queria que o irmão ficasse bem e se o Damon surtasse e sumisse, boa parte da culpa seria minha.

— Damon. – gritei, torcendo para não me arrepender. Ele se virou, distante de mim e eu fui me aproximando dele devagar. – Eu sinto muito por você ter passado por isso. Ela realmente não te merecia.

Ele se calou completamente, hesitei por alguns segundos, mas vi os olhos dele marejados, torci para ele não chorar na minha frente porque conhecendo ele como eu conheço, sei que ele ficaria ainda pior se demonstrasse tanta fraqueza assim. Cheguei o mais perto que pude dele e me levantei, ficando um pouco à sua altura. Passei os braços ao redor de seu pescoço e apoiei a cabeça em seu peito.

— Fica bem, certo? E não acha que está tudo perdido, a gente ainda está aqui. – consolei, eu realmente não esperava uma resposta e isso aconteceu.

Sai do abraço, vendo uma lágrima pequena descendo de seu olho. Suspirei fundo, toquei em seu rosto gelado, passando o polegar devagar na lágrima a limpando.

— Você é uma pessoa boa, Damon. – disse e sai de perto dele. Girei os calcanhares e ia voltar a andar, mas ele segurou meu pulso.

— Eu não sou uma boa pessoa, Esther. E eu não quero que você pense que eu sou porque não sou, sou uma pessoa ruim, faço coisas ruins e não me arrependo, gosto disso e talvez seja por isso que Katherine preferiu o Stefan. – ele disse e me aproximou dele, afastando meu cabelo do pescoço.

— Damon, por favor. – pedi assustada. – Eu gosto de você, Damon, não me faz te odiar… – conclui.

— Você tem que me odiar. – ele se aproximou do meu pescoço. – Pelo seu bem. – ele terminou e eu senti a dor invadindo meu corpo.

As presas dele em meu corpo eram como facas, doía tanto que eu nem conseguia explicar. Parei de lutar contra, sentindo a fraqueza chegar e eu relaxando. Havia sido retirado muito sangue de mim naquela noite, eu não ia aguentar, não ia conseguir ficar bem.

xoxo, vi.

𝐅𝐈𝐍𝐄 𝐋𝐈𝐍𝐄. 'ᵈᵃᵐᵒⁿ ˢᵃˡᵛᵃᵗᵒʳᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora