𝐅𝐈𝐍𝐄 𝐋𝐈𝐍𝐄. 'ᵈᵃᵐᵒⁿ ˢᵃˡᵛᵃᵗᵒʳᵉ

───── 𝐏𝐀𝐈𝐍

𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐆𝐈𝐋𝐁𝐄𝐑𝐓

Voltamos para casa, adentrei com passos leves e chateada por não conseguir fazer o que esperavam. Damon me encarou com suas íris escuras, sorrindo mal-intencionado.

— Funcionou? – ele perguntou, já com a resposta em mente.

Stefan balançou a cabeça negando e Elena o abraçou de canto, me olhando distante.

— Tudo bem. – ele falou segurando os lábios fortes para não gargalhar e irritar a todos. – Procure Caroline, ela vai te dar algo para comer. Prefere loiras ou morenas?

— Vai a merda, Damon. Eu consigo me controlar com bolsas de sangue. – bati em seu braço rindo.

Andei até o corredor mas quando virei, ouvi Stefan falar. Me apressei em encostar na parede e me esconder, o que deu certo. Minha audição aumentou e eu consegui ouvir com clareza sobre o que eles falavam. Sorri animada e continuei a escutar. Era esquisito como funcionava, mas dava certo e eu gostava de ver como essa vida era legal.

— Você não pode ficar debochando, Damon. Foi você quem começou isso. – Stefan avisou.

— E por isso eu estou aqui. Você não acha que cada parte de mim se arrepende de ter transformado ela em vampira?! Eu mal consigo entender o porquê de ela ainda falar comigo.

— Os sentimentos… – Elena respondeu em tom de quem entendeu tudo. – Eles aumentam, não é? Ela gostava de você. E agora, ela gosta ainda mais.

— Mas ela também deveria odiar ele, olha o que ele fez com a vida dela. – Stefan contrapôs ainda insatisfeito.

— Não se talvez ela quisesse se tornar vampira. – ouvi a voz de Elena por fim.

— Klaus está na cidade. – Damon falou e eu ouvi passos se aproximando.

Desencostei rápido da parede, subi para o andar de cima com a minha atual velocidade de vampiro. Eu estava realmente adorando essa coisa de vampiro e talvez seja por isso que eu tenha perdoado ao Damon pelo que ele me fez. Óbvio que eu não esqueci o que ele fez comigo mas eu queria isso no fundo, se ele não fizesse por conta própria, eu mesma pediria.

Peguei uma bolsa de sangue e desci pro andar de baixo. Todos estavam na sala. Eu queria perguntar quem era Klaus e o que isso significava mas eu tinha medo das respostas, então não me intrometi e esperei por algo acontecer. E não demorou muito para que Bonnie passasse pela porta dizendo que tínhamos um problema. E envolvendo a ele, Klaus. Ela continuou a explicar dizendo que as bruxas conseguiam sentir que algo estava acontecendo, que Klaus estava agindo, independente do que ele quisesse. As bruxas avisaram sobre algo, disseram que Klaus quer se tornar o maior vampiro de todos os tempos e quer criam uma linhagem de vampiros iguais a ele. Bonnie disse que aquilo era tudo e, que ela não conseguiu mais informações com as bruxas e que a partir de agora teríamos que descobrir sozinhos.

— Então o que estamos esperando? – decidi falar depois que notei todos calados. Me levantei do sofá confusa.

— Klaus é um original. – Stefan disse, balançando a cabeça indignado.

— E o que é um original?

— É um vampiro que originou ao resto dos vampiros no mundo. Ele faz parte da família original. Não sei o que ele está fazendo, mas pode apostar, Estherzinha, ele com certeza está a dez passos a nossa frente. – Damon explicou, levantou as sobrancelhas no finally da explicação como se fosse algo que eu deveria saber. Fingi não ver a provocação e voltei a olhar para Stefan.

– E como vamos descobrir? – perguntei.

– Damon está certo. Na importa o que pensarmos, Klaus sempre estará a nossa frente. E ele é bem mais forte que qualquer um de nós. – ele se levantou do sofá, saindo da sala junto com Elena.

Aos poucos todos os outros foram saindo também, restando apenas eu, Bonnie e Damon. Olhei para Bonnie esperando qualquer sinal de "Já sei o que fazer", mas ela continuou quieta. Me joguei no sofá outra vez, brincando com os fios do meu cabelo. Damon pigarreou no canto da sala, com um sorriso irônico no rosto, eu e Bonnie o encaramos e ele iniciou.

— Eu imagino aonde ele pode estar. Precisamos falar com o Alaric.

— Alaric? – perguntei.

— Sim.

— O namorado da Jenna?

— Sim, Esther.

— E por que ele?

— Por que tantas perguntas?! – ele franziu o cenho. – Não confia em mim?

Eu arregalei o olho pra ele, surpresa pela pergunta.

Sério mesmo que precisava de resposta?

Bonnie deu uma risadinha baixa no canto, disfarçando olhando para o chão.

— OK, não precisa confiar. Mas pelo menos, vamos tentar algo. Alaric caça vampiros, deve saber do Klaus.

Nós duas nos levantamos, mas Bonnie não pareceu animada. Ela disse que nao iria, com que fez que minha animação diminuísse um pouco, isso seria bem mais emocionante se uma bruxa estivesse envolvida. Damon me chamou e saímos, indo até a minha escola e procurando pelo professor de história. Encontramos alguns alunos nos corredores e Damon teve que manter a minha mente muito ocupada para não avançar em nenhum deles.

Continuamos até adentrar na sala do professor, Damon se aproximou sorrindo e abrindo uma das gavetas da mesa dele e, pegando uma bebida alcoólica guardada lá. Assisti a cena perplexa por ter simplesmente uma garrafa escondida lá mas não falei nada, me sentei na primeira carteira a frente da mesa e Damon começou a perguntar sobre o Klaus. O Alaric pareceu desconfortável ao ouvir esse nome, justo porque deixou o copo de bebida cair no chão.

— O que querem com ele? – ele perguntou, pegando os cacos caídos no chão.

Damon me olhou de canto, suas irises azuis não negavam que ele tinha notado que algo estava errado. E assim, ouvimos passos vindo do lado de fora da sala. Disfarcei o olhar, observando pela fresta que havia entre a porta e uma sombra surgiu.

— Tenho que ser sincera. Não me importo com o corpo do seu amigo Alaric, Damon. Mas não posso deixar que vocês saibam mais sobre mim. – ele concluiu e uma mulher apareceu, com as mãos esticadas em minha direção e na do Damon.

Quando senti uma dor enorme no meu crânio, como se não tivesse fim. A dor era contínua e parecia que não iria parar até eu enlouquecer. Era como se alguém estivesse arrancando meu cérebro da minha cabeça. Gritei pela dor, levando as mãos até a cabeça e Damon correu em minha direção preocupado.

— Pare! – ele gritou, mas a mulher estava confusa.

— Não sou eu. – ela disse e quando terminou de falar, Alaric começou a gritar também.

Damon segurou meu rosto, tentando entender o que acontecia. A mulher conjurava feitiços que eu esperava muito que resolvessem a situação.

xoxo, vi.