𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐌𝐈𝐊𝐀𝐄𝐋𝐒𝐎𝐍
"Feliz aniversário para mim.
Só fico em dúvida se eu estou fazendo dezessete ou repetindo dezesseis pela segunda vez. E eu não sei qual dos dois é pior!
Minha animação pro dia de hoje é tão pouca que eu estou na cama há meia hora, apenas observando o teto e vendo o quão mal-feito é o reboco, com remendos em vários lugares. Nisso os Salvatores não se atentaram. Talvez eu devesse avisar, já que eu estou aqui.
Damon me expulsou, mas ele saiu de casa, o que significa que Stefan praticamente implorou para que eu voltasse e ficasse aqui, porque eu merecia estar feliz no meu aniversário. Mas no fundo sei que felicidade não é o sinônimo do dia de hoje, já que ontem ouvi rudemente a pessoa mais importante pra mim dizendo que eu estava morta, sendo que foi ela quem me matou.
E, quem sabe, no fim Caroline estivesse certa sobre o Damon e me fez prometer aquilo sabendo que ele sempre pode fazer algo ruim para mim e acabar com a minha vida, até no literal. E por mais que eu ainda sinta muita falta dele, não quero mais me aproximar depois do que ele me disse.
A única coisa que me mantém insistente para conseguir trazer ele de volta, é saber que se fosse ao contrário, ele jamais desistiria de mim e eu preciso tentar aquilo que Lianna sugeriu antes de dizer que eu estou realmente cansada de tentar."As batidas leves na porta me fizeram parar de escrever, levando minha atenção até a porta. Falei serena que podiam entrar e revelou Caroline com uma bandeja de biscoitos, uma xícara de café e umas fatias de pão. Soltei uma risada impressionada, vendo o quão animada Caroline podia ser em certas situações, o que me fez sentir a hipocrisia da vida, já que há dois segundos atrás eu estava escrevendo sobre problemas enormes no meu relacionamento.
— Você sabe que não precisava disso tudo. – afirmei fazendo uma careta e me sentando na cama, colocando o diário embaixo do travesseiro disfarçadamente, mesmo que fosse óbvio que ela viu o que eu estava fazendo.
Caroline revirou o olho, se acomodando na cama ao meu lado, com as pernas esticadas. Ela colocou a mesinha em minhas pernas e sorriu.
— Você deveria aproveitar. – ela disse alegre e tocou com o indicador a ponta do meu nariz. – Feliz aniversário!
— Não é como se isso fosse uma data importante agora. – falei, observando o que eu queria começar a comer primeiro, tinham várias opções e todas pareciam ser saborosas demais. – Caroline, isso não é suco de morango, não é? – questionei rindo quando notei uma garrafa vermelha entre as comidas.
— É só uma lembrança de que você é incrível. – ela respondeu calma, admirando minha reação com a bebida. – Você é imortal, uma vampira incrível, que é forte e rápida. E apesar da pouca idade, você tem muita maturidade. – ela indicou, pegando a garrafa e tomando um gole. – Um brinde a nós, meras vampiras adolescentes.
Dei risada e levantei o copo de suco de laranja no ar, como sinal de brinde.
— E, não quero que pense que não está fazendo dezessete anos, porque saiba que está sim. – ela tocou meu ombro. – Eu também tinha pensado assim no meu aniversário, sabe, sentido que agora eu estava comemorando o ano em que eu morri, mas sua irmã e a Bonnie me ajudaram a perceber que nunca foi a comemoração da morte e sim, uma celebração a minha nova vida. – ela revelou sorrindo, indicando para eu me sentir melhor com toda a situação e, eu sabia que ela era uma das únicas ao meu redor que realmente entendia o que eu estava sentindo. – A nossa nova vida. – ela completou, me fazendo sorrir alegre pelo apoio que ela me deu.
— Obrigada, Care. – agradeci, sentindo uma aproximação com a loira, mas eu ainda não conseguia esquecer o que estava acontecendo com o Damon, por mais que pelo menos naquela manhã, eu tentasse.
Entretanto, não conversei sobre o assunto, começamos a falar sobre a escola, o futuro, o que pretendemos fazer até eu finalmente acabar de comer toda a bandeja. Enquanto Caroline foi até a cozinha levar a bandeja, acabei indo ao banheiro tomar um banho, a banheira com água morna e borbulhos fez um brilho de animação ressurgir em mim e pensar que mesmo que Damon não estivesse aqui, seria injusto não aproveitar com as outras pessoas que me querem por perto.
Adentrei calmamente e apoiando minhas mãos na borda, me ajustando na banheira confortável. Peguei um dos sabonetes que tinham ao lado e passei levemente na superfície da minha pele, na região do pescoço. Um tempo depois eu estava apenas aproveitando o momento. Logo ouvi batidas na porta e a voz de Elena me chamando do outro lado. Me levantei, pegando um roupão pendurado no gancho da parede e cobri meu corpo, tocando na maçaneta gelada da porta e puxando. Elena sorriu para mim com uma caixinha entre as mãos.
— Esse aqui é pra você. – ela esticou o braço com a caixinha de modo gentil, agarrei a pequena caixa com as mãos e abri cuidadosamente, revelando uma linda pulseira dourada, ela era fina e delicada, o que me fez adorá-la demais. – Espero que seu dia seja incrível, Ther.
— Obrigada, Elena. – sorri de forma grata. – Posso me trocar? – questiono hesitando a má forma de me comunicar, vendo Elena assentir positivamente com a cabeça e indo em direção a porta.
Antes de sair, ela se virou em minha direção, sem o mesmo sorriso agradável no rosto, mas com um tom de medo e nervoso.
— Mas vá logo, alguém quer te ver lá embaixo. – ela completou, me deixando sozinha de novo, o que me fez franzir o cenho.
Ao me virar de novo e olhar para minha cama, um vestido estava jogado lá. Não demorei a reconhecer aquela peça. A cor azul marcante, o tecido sofisticado que marcava intensamente a curva no corpo e as alças finas não se achavam em qualquer lugar, era o vestido do baile da escola em que eu tinha ido com o Damon.
Peguei a peça e a coloquei sobre o corpo, olhando em um espelho ao lado da cama. Um sorriso escapou de meus lábios e eu logo comecei a vesti-lo outra vez. Quando comecei a puxar, um pequeno papel caiu. Franzi o cenho e peguei a carta, sentindo meu coração palpitar de emoção. Meu nome escrito em um lado com a letra inconfundível de Damon me fez congelar. Seja lá quando ele fez isso, ainda está aqui.
Abri cautelosa, sentindo uma mistura de emoções, quem estivesse lá embaixo ia ter que esperar porque esse momento era algo que eu precisava demais.
"Olá, Esther.
Eu nem sei como começar isso, já que eu não sei muito o que dizer.
Eu estou notando que tudo está ficando uma merda, mesmo que eu esteja me sentindo totalmente lisonjeado de ter finalmente conseguido te convencer a me dar um beijo depois de atrapalharem muito as minhas diversas tentativas e eu quero que você nunca esqueça o que eu sinto por você.
Mas, não posso deixar de falar que se você tá lendo isso é porque alguma merda aconteceu comigo, pois eu fiz a Elena prometer que só te entregaria essa carta quando fosse necessário. Só espero não ter te magoado e, se eu te magoei, pode me xingar e espero que um dia me perdoe. Bom, também espero que eu não esteja morto, acho que não seria tão agradável.
Mesmo assim, Esther Gilbert, eu quero te agradecer por me fazer ver o lado bom que a vida tem para oferecer, me ajudar com meus problemas e ser meu ponto de controle quando tudo ao meu redor desmorona. Seja lá o que eu fiz, me perdoe e entenda o quanto eu te quero. Eu te amo, se lembre disso! E é para toda eternidade porque é nela que eu quero estar com você.
Ass. Seu problema Fav. Damon!"
A carta caiu da minha mão, com lágrimas imparáveis caindo de meu rosto. Ele me amava. Peguei imediatamente a carta no chão e a guardei em uma das páginas do meu diário, sorrindo. Ponderei por poucos segundos só tentando me recompor e me guiei até a porta, descendo pro andar de baixo.
xoxo, vi.
- . ' • ✧◞ ┆Quem deve estar no andar de baixo? AKSJAJ
- . ' • ✧◞ ┆Finalmente vou ter tempo para me dedicar aqui. Peço calma, bjs, amo vocês!
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𝐅𝐈𝐍𝐄 𝐋𝐈𝐍𝐄. 'ᵈᵃᵐᵒⁿ ˢᵃˡᵛᵃᵗᵒʳᵉ
Fanfic𝖣𝖺𝗆𝗈𝗇 𝖲𝖺𝗅𝗏𝖺𝗍𝗈𝗋𝖾 𝗑 𝖥𝖾𝗆!𝗈𝖼 ───── ❝𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐉𝐄𝐑𝐄𝐌𝐘 𝐆𝐈𝐋𝐁𝐄𝐑𝐓 decidiu ler o diário da irmã escondido e, 𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐆𝐈𝐋𝐁𝐄𝐑𝐓 o pegou no flagra, descobrindo a pior (𝐎𝐔 𝐍𝐀̃𝐎) coisa de sua vida❞ ㅤㅤㅤ───────────────...