───── 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐄𝐒 𝐀𝐍𝐃 𝐏𝐑𝐎𝐌𝐈𝐒𝐄𝐒

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𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐌𝐈𝐊𝐀𝐄𝐋𝐒𝐎𝐍

Contei tudo que tinha acontecido naquela sala ao Damon e a cada detalhe ele surtava mais. Eu o entendia, porque eu me senti exatamente igual.

Há um mês atrás eu só era uma órfã e descobri do nada que sou uma descendente dos Originais?

— Isso significa que você e a Elena não são verdadeiramente irmãs? – ele perguntou, se levantando da sala de sua casa.

— Não, não somos. Óbvio que vou continuar a considerando-a minha irmã, mas nem ela e nem o Jeremy são meus verdadeiros familiares. – me levantei também, ficando em frente a lareira.

— Já tentou descobrir o que aconteceu com os seus pais? – Damon me abraçou por trás, parando as mãos em minha cintura.

— Não. – suspirei. – E nem sei se vou. Pense, o que eu poderia fazer? – questionei, ainda observando as chamas da lareira. – Contar que eu sou uma filha perdida deles? Eu nem sei se eles estão vivos. E eu sou uma vampira agora, não quero ter mais pessoas na minha vida pra ter que abandoná-las depois.

Damon ficou em silêncio, apertando mais forte minha cintura.

— Você se arrepende?

— Não. Mas eu sinto que as pessoas ao meu redor se arrependem por mim. – expliquei.

— Isso é porque elas nunca provaram sangue. – ele disse rindo. 

Dei um tapa em sua mão de leve.

— Sou aluna de Caroline Forbes, te garanto que não tem nada que eu controle mais do que minha sede por sangue. – respondi rindo também. 

— Você deveria parar de andar com ela e tentar viver verdadeiramente como... – Damon foi interrompido.

— Eu realmente ia deixar vocês a sós em um assunto que parecia pessoal, mas acho que você não deveria convencer minha melhor aluna a virar uma assassina. – Caroline surgiu, me tirando de perto do Damon com uma careta feia. – E você não vai conseguir, porque ela sabe que sou eu quem estou certa. – ela levantou a sobrancelha em tom superior.

A campainha tocou, impedindo Damon de responder Caroline, corri em direção a   porta pra abrir e Lianna me esperava de braços cruzados e os olhos cerrados. Abri mais a porta, dando espaço para ela entrar e puxei seu pulso, a guiando até o meu quarto.

— Você quer que eu comece o sermão agora ou prefere que eu diga o que aconteceu nesse tempo que você esteve fora? – ela se sentou na cama, ainda do mesmo jeito.

— Diz o que aconteceu. – falei incerta, vendo-a sorrir falso.

— Não aconteceu nada, Esther. – ela disse em tom mais alto irritava. – Porque você sumiu, eu fiquei preocupada, quando vinha aqui, Caroline ou Elena atendiam e diziam "Tá tudo bem, Lianna, volte mais tarde". Naquele dia em que cheguei aqui, a intenção era perguntar se tinha algo acontecendo e vi você e Damon quase aos beijos, vi que estava certa e que vocês dois se gostavam e aquilo me deixou feliz, pensei que você só sumiu pois estava se resolvendo com ele, mas nos dias seguintes, você não apareceu lá em casa, não me chamou, não retornou minhas mensagens... Poxa, Esther, eu era sua melhor amiga. – ela desabafou, com os olhos começando a marejar.

Você ainda é, Lianna e é por isso que eu tenho que ser sincera com você. – falei, respirando fundo. 

Fiquei em silêncio enquanto ela ainda me encarava curiosa.

— E então? – ela perguntou, franzindo a testa.

Sou uma vampira. 

Lianna me olhou em choque por alguns segundos e de repente seus lábios começaram a se formar em um sorriso maroto. Continuei séria, vendo-a levar em tom de brincadeira e ela parou de sorrir boquiaberta.

— Oh, Deus. Você não está brincando? – ela fez uma careta.

— Não.

— Impossível. Você é tipo crepúsculo? –  ela disse animada. – Lê minha mente. – ela continuou e eu fiquei parada a observando. – Vai!

— Para de brincadeira, Anna. Eu não sou uma vampira de crepúsculo. – dei uma risadinha. – Eu bebo sangue, sou rápida e também sou muito forte, mas não brilho no sol e nem leio mentes.

Sorri boba, lembrando dessa mesma conversa que eu tive com o Damon. É estranho pensar que agora sou eu quem estava explicando isso para alguém, gostava disso.

— E eu quero pedir desculpas por tudo, por ter sumido, mentindo... Eu estava tentando te tirar dessa bagunça. – me sentei ao lado dela.

— Tudo bem. – ela ficou quieta por alguns segundos. – O Damon é um vampiro também? 

— Sim, assim como Stefan, Caroline...

— Isso é loucura. – ela olhou pro teto sorrindo.

— Demais. 

— Esther, Já está tarde, é melhor eu ir. – ela avisou. 

— Não quer dormir aqui? É cheio de quartos. – ofereci sorrindo e ela deu risada.

— Nem morta que eu durmo em uma casa cheia de vampiros atrás do meu sangue. – ela exclamou, se levantando da cama arrumando a sua roupa.

Tecnicamente estamos mortos.

— Pra mim vocês estão bem vivos. – ela disse e eu me levantei, a abraçando forte.

— Te vejo amanhã. – eu disse pra ela, vendo-a sair do quarto. 

Me joguei na cama sorrindo por estar 
bem com Lianna agora. 

— Você vai ficar com essa roupa? 

Me levantei, vendo Caroline parada na porta. Dei espaço para ela sentar na cama e ela veio até mim. Observei o vestido por alguns segundos.

— Que merda, Esther... Tantos vampiros no mundo e você foi virar namorada de Damon Salvatore.

— Carolinee! – a repreendi, rindo.

— Eu só fico chateada por ver você perdendo a adolescência. – ela explicou.

— Pelo menos eu morri bonita. – brinquei.

Ela riu frouxo.

— Realmente. – ela disse e me observou por alguns segundos. – Me promete uma coisa? – eu assenti. – Promete que quando o Damon fizer uma merda grande que faça você o odiar, você não vai deixar de terminar com ele por medo de passar a eternidade sozinha

Suspirei fundo.

— O Damon não vai fazer uma merda grande a esse ponto, Caroline.

Ela deu de ombros.

— Só me promete.

— Tudo bem. – respirei fundo. – Prometo.

xoxo, vi.

𝐅𝐈𝐍𝐄 𝐋𝐈𝐍𝐄. 'ᵈᵃᵐᵒⁿ ˢᵃˡᵛᵃᵗᵒʳᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora