───── 𝐀𝐍𝐂𝐄𝐒𝐓𝐎𝐑𝐒

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𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐌𝐈𝐊𝐀𝐄𝐋𝐒𝐎𝐍

— Bom, garotas... Agora só temos que matar um deles. Por sorte, meu querido Finn se ofereceu. – Esther disse, ainda nos observando sorridente. – Quero conversar em particular com a Esther. – ela se inclinou, me olhando.

Lancei um olhar assustado para as meninas ao meu lado, mas vi que não tínhamos escolhas então sorri, assentindo para as mesmas saírem da sala. As garotas se levantaram cautelosas e passaram pela porta que foi logo após fechada pelo Finn, que voltou a ficar de guarda na porta.

— Eu tenho que admitir, das três, você quem eu estava mais ansiosa para conhecer. – ela sorriu.

— Eu sei que você tem todas as respostas que eu preciso e ficaria grata se você me contasse. – pedi, me levantando do sofá. – Começando pela minha ligação com os Mikaelson.

Ela ajeitou a postura, olhando séria para mim.

— Há anos atrás, eu cometi um erro. – ela fez uma pausa. – Eu traí Mikael.

— O pai dos originais? – questionei e ela assentiu. – Você está me dizendo que... – olhei crispando a sobrancelha.

— Que um deles não é filho do Mikael.

— E por que eu estou sentindo que é o Klaus?

Ela riu frouxo.

— Não é difícil de se imaginar... Klaus sempre teve suas indiferenças com Mikael. E o pai biológico de Klaus era um lobisomem, por isso Klaus quer se tornar um híbrido, metade vampiro e metade lobisomem. E o resto dos irmãos não tem esse dom. Mas naquela noite em que Klaus nasceu, o pai dele disse que levaria uma das crianças e, não permitiria que eu levasse as duas embora. Eu me vi perdida naquele dia, não queria abandonar a outra criança mas não tive escolha. No dia em que decidi trair a natureza e transformar meus filhos em abominações, a bruxa que fez o feitiço me disse que seria perigoso deixar apenas a minha pequena que foi tirada dos meus braços de fora do feitiço. Eu insisti para que a deixasse, ela era uma linda mulher, com a sua vida feita e prestes a ganhar um bebe, mas ela não conseguiu a deixar de fora. Disse que ela tinha que morrer. – ela fez uma pausa, limpando o canto dos olhos, com lágrimas que queriam escapar.

— Desculpe por tocar em um assunto tão pessoal. – falei desconfortável.

— Tudo bem, você tem o direito de saber. Não consegui concluir o feitiço naquela noite, fazendo com que o lobisomem que me envolvi descobrisse e, ficasse muito irritado por eu tentar tirar a essência da filha dele. E ele pensou que a filha já estava sendo transformada, então, avisei a bruxa que me ajudou. Ela disse que o pai estava prestes a matá-la e que ela só conseguiu salvar a vida do bebe, fazendo com que o bebe fosse retirado da casa e ficasse escondido. – ela fez uma pausa pra respirar. – E no dia seguinte, ela tinha me dito que a  levou criança para um lugar seguro e, que descobriu uma magia para tirar a maldição do Lobisomem, um anel, que funcionava assim como o anel do sol dos vampiros. E ela insistiu para que eu chamasse minha família para terminar o feitiço do vampirismo, já que a minha filha estava morta. No fim, descobri que ela queria acelerar o processo para concluir o feitiço porque ela traiu a natureza tirando a maldição da bebe e estava traindo pela segunda vez criando vampiros e, é claro que teria consequências.

— Sinto muito pela sua filha. – falei depois que escutei tudo e ela agradeceu. – Mas, onde eu entro na história?

— Você é descendente da bebe. Você é minha descendente, Esther Mikaelson. – ela falou, suspirando. – Klaus descobriu da irmã algumas décadas depois e desde então tem observado a linhagem distante, tirando os anos em que estava fugindo. Contudo, a bruxa havia deixado claro que um dia algum descendente se tornaria vampiro e isso só iria acontecer quando chegasse a hora da morte do original, a vampira seria destinada para acabar com essa história. A morte dela e a nossa infidelidade e desunião seriam as consequências a serem pagas.

Eu ia responder mas a porta se abriu, com Klaus me observando com os olhos cerrados e uma curiosidade. Arregalei os olhos, dando sinal para sairmos de lá. Acabei contando tudo que eu descobri, inclusive a parte da ligação entre os irmãos que quando um fosse morto, o resto também morreria. Klaus ouviu tudo bem surpreso mas pareceu não demonstrar qualquer medo ou angústia pela situação.

Damon apareceu pouco depois atrás de mim, me puxando para longe.

— Que merda, Esther. Procurei você por todo canto. E precisava mesmo fazer aquilo? – ele falou tudo veloz.

Ele estava ofegante com os cabelos bagunçados e estava muito irritado.

— Calma, respira! – exclamei, tocando em seu ombro. – Pelo menos descobri coisas interessantes, não é, Klaus? – perguntei e ele assentiu. Mas Damon o insultou, o mandando ir embora. – Eu sou descendente dos originais. Maneiro, não é?

— Vampiros não podem ter filhos, não sei quem contou essa mentira, mas não acredite. – ele interpôs, furioso.

Suspirei fundo.

— Damon, você pode tentar me entender pelo menos uma vez? Eu só quero saber sobre meus antepassados. – falei, tombando a cabeça levemente para falar.

— Você está bem? – ele questionou.

— Sim, estou.

— Tudo bem, só isso importa.

Fiquei quieta por alguns segundos, olhando para os meus próprios pés.

— Me desculpa por quebrar seu pescoço.

— Me desculpa por estar estressado. – ele sorriu fraco.

Sorri de volta.

Fico feliz que ele não tenha surtado em meio a festa. Tenho certeza que ele sabe o quanto esse assunto é importante para mim e o quanto eu queria correr atrás da Esther para descobrir a verdade. Sei que agora que descobri, posso ficar mais em paz, mas não sei se foi uma boa ideia ter contado tudo isso ao Klaus. Contudo, ele vai conseguir se salvar, ele é inteligente.

— Você tem seus motivos. – consolei.

— Tenho mesmo... – ele sorriu de canto.

Cruzei os braços com um bico nos lábios.

— Damon!!! – repreendi, vendo-o rir.

xoxo, vi.

𝐅𝐈𝐍𝐄 𝐋𝐈𝐍𝐄. 'ᵈᵃᵐᵒⁿ ˢᵃˡᵛᵃᵗᵒʳᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora