Akagami no Baby?! (One Piece x OC)

10. Um dragão aparece

N/A: demorei, mas postei! Espero que curtam, não esquece da estrelinha, que me deixa feliz da conta! 

Boa leitura e cuide-se!

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Sentindo o impulso de verificar se Mia estava bem, o imediato do Red Force começa a dar o primeiro passo para os fundos da mansão quando estaca de repente, ouvindo a voz familiar ecoando em sua cabeça.

"Não vem, Benn! Eu me viro. Entrega a bebê e pega a estrela!"

Mesmo contrariado, Benn obedece, entrando furtivamente por uma das portas laterais antes que uma dupla de marinheiros o encontrasse. No pequeno salão luxuoso, ele estava sozinho segurando a bebê. Analisou ao seu redor vendo todas as possibilidades de rotas de fuga e esconderijo caso alguém aparecesse, o que não tardou a acontecer. A porta do outro lado do salão abre-se violentamente e uma jovem passa por ela desesperada, segurando dois bebês muito parecidos. 

- Como eu pude fazer isso? - Estava tão penetrada em sua própria preocupação que não notou Benn atrás de uma enorme cristaleira, a observando atentamente. - Eu vou ser demitida por causa desses pirralhos! E estava indo tão bem! Droga! 

A mulher saiu da sala tão depressa quanto entrou, deixando os pequenos ali no sofá macio com alguns brinquedos. A bebê em seu colo se mexia constantemente indicando que iria acordar a qualquer momento. Sem perder tempo, o pirata a deixou sobre uma cesta de palha dourada cheia de novelos de lã e se escondeu em um lugar melhor, uma dispensa lateral cheia de tralhas. Ouviu duas pessoas se aproximarem com passos pesados.

- Cindy, me escuta, você precisa me ajudar! Eu disse para ele que Hailey estava brincando de esconde-esconde. Se ele descobre a verdade, eu tô lascada!

- Você que faz a cagada e eu que tenho que pagar, Mari? Onde já se viu, confundir os bebês desse jeito? - A mulher mais velha levantava os braços gesticulando bastante para a mais nova, mas um choro bem baixinho faz elas ficarem quietas. Elas se entreolharam e prestaram mais atenção, identificando o choro peculiar de Hailey.

- Meeeeee.... Meeeemeeeeeeeeee.

O choro foi ficando mais alto e as duas babás viraram em direção à cesta ao mesmo tempo e lá estava, a bebezinha ruiva mexendo os bracinhos e perninhas, o rosto sardento molhado pelas lágrimas. Cindy, a babá mais velha, foi a primeira a conseguir se mexer. Acolheu a pequena nos braços e logo cessou o choro esquisito. Olhou rude para Mari, mexendo a boca sem emitir som.

- O que significa isso? - Mari balançava a cabeça sem entender o que estava acontecendo. Estava ocupada já que o choro de Hailey convocou o choro dos outros dois bebês.

- Beeeeeeeeeee... Beeeeeeeeeeee. - Chorava a outra bebezinha.

- Goooooooooooaaaaa.... Goooaa... gooooaaa. - Chorava o único menino.

- Vem, vamos levar eles para o berço. - Cindy pegou o menino com habilidade, enquanto Mari pegava no colo a outra menina. - Depois é bom você se explicar.

As duas saíram dali e Benn acompanhou seus passos até o quarto dos bebês, que ficava dois andares acima. De seu bolso interno do terno, o pirata retira um aparelho com tela esverdeada onde um ponto brilhante piscava ali, não muito longe dele. A estrela estava perto, mas algo em toda aquela situação não parecia certo para ele. Os três irmão estavam reunidos, mas onde estava o bebê que era o seu capitão? Com o Haki de observação, analisou todas as pessoas que estavam ali dentro e não achou Shanks em lugar algum. Por isso voltou sua atenção para os fundos perto da cozinha, onde Mia estava, acompanhada do almirante e... Shanks! Tinha mais gente ali, mas botou fé que Mia iria dar um jeito, ela sempre dá.

Agora mais tranquilo por saber que Shanks estava seguro e com a inventora, concentrou-se na sua missão: pegar a estrela da juventude escondida em algum lugar daquela mansão gigantesca. Já experiente, não foi difícil perambular pelos corredores cheio de mobílias sem chamar a atenção. Fazia questão de desmaiar alguns marinheiros e esconder os corpos em armários ou quartos não utilizados. Chegou rápido na suíte principal da casa, onde o casal Rockfort dormia. Era tão brilhante, cheio de dourados, prateados e pedras reluzentes, que se perguntava se eles conseguiam realmente dormir naquele lugar. Claro, a estrela da juventude estava em um display, se destacava por flutuar suavemente no ar. Forçando a fechadura, Benn coletou a pequena estrela e a depositou em uma garrafa, guardando no bolso do terno. Estava pronto para se juntar à amiga quando parou de repente. Mia não estava nos fundos, muito menos Shanks. Os marinheiros estavam se afastando também, junto do almirante Kizaru. Tentou se manter calmo, mas deixou para lá a discrição. Agora pouco importava se notavam ele, precisava descobrir para onde foi seu capitão.

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Kizaru não era nem um pouco gentil, sentia sua cicatriz no rosto formigar e ver que nenhum de seus ataques funcionavam contra Mia o deixava possesso de raiva. Com toda certeza as investidas da inventora eram facilmente anuladas, mas o fato dela ser ágil e ter um Haki de armamento impenetrável era irritante até para ele, um almirante da Marinha. A porta balcão da cozinha abriu-se de repente e o casal Rockfort faziam reverências exageradas para outro casal, que seguiam para fora da mansão em seus trajes brancos e dourados.

Mia perdeu a concentração ao notar o que a mulher de cabelos loiros em um penteado extravagante carregava Shanks adormecido nos braços. Esses poucos segundos foram o suficiente para Kizaru a repreender, derrubando-a no chão e forçando a cabeça de Mia com a mão.

- Francamente, você devia mostrar mais respeito na frente dos Dragões Celestiais, Mia. - Kizaru dizia com certo prazer na voz, fazendo questão de agarrar o cabelo preto com força o suficiente para fazer Mia gemer de dor.

- Vamos lá, almirante, não precisa ser tão duro com ela, afinal de contas, o que seria do resto do mundo sem Mia Laurent. - O homem magro e alto, de ombros largos, sorria, mas seus olhos eram arrogantes, assim como os de sua esposa. - Terminamos por aqui e ainda aproveitamos para adotar este pequeno. Daremos um futuro digno para ele. - O homem virou-se para Shanks e apesar das palavras, mostrava uma frieza repugnante como se estivesse fazendo um favor enorme.

- Ele é meu... - Mia sentiu seu rosto pressionado contra a grama, a mão em sua cabeça aumentou a força do agarrão, mas ela conseguiu terminar sua frase em uma fala esganiçada. - Ele é meu filho! - Todos olhavam para ela, incluindo Kizaru. A grama e terra entravam na boca de Mia, mas ela pouco se importava. - Vocês não vão tirar ele de mim!

O Dragão Celestial sorriu mostrando seus dentes superiores dourados. Com um aceno de mão, fez Kizaru libertar Mia. O almirante, para não comprometer a segurança dos nobres, segurava os braços de Mia atrás das costas dela.

- Uma gracinha e eu arranco a cabeça do bebê fora. - Mia tremeu e Kizaru entendeu que sua ameaça surtiu efeito.

- Eu me sentiria péssimo em separar mãe e filho, ainda mais sendo tão jovem. - O homem alto alisava seus bigodes longos e pretos, se aproximava lentamente de Mia. Buscou algo na sua roupa e prendeu uma algema ao redor do pescoço de Mia. Fez o mesmo com o pequeno Shanks. - Por hora você cuidará dele. Aproveite minha gentileza. Tenho certeza que "ele" não será tão piedoso quanto eu. - O Dragão sussurrou algo para a esposa, que atendeu ao pedido e fez uma ligação pelo den den mushi.

- Não seria melhor pegar a recompensa dela, senhor? - Kizaru ergue uma das sobrancelhas.

- Não se preocupe, sei o que estou fazendo. Agora, vamos embora, não estou mais suportando esse ar nojento.

Kizaru se aproxima do ouvido de Mia, sua voz quase soava gentil, como se estivesse com pena dela.

- Tenho certeza que você iria preferir Impel Down ao invés disso. - Guiou Mia segurando seus pulsos, mas a inventora teve a ligeira impressão de que o almirante afrouxou o aperto, porém não se atreveu a sair da linha. Sua cabeça fervia com planos para sair dessa situação, não pretendia ser escrava para o resto da vida.