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Meta de comentários: 9Sábado, 09:02...
Priscila!
- Ele tá na boca, eu acho- respondi pra Fernanda, que perguntava do Novinho.
- Ele tá te enchendo muito o saco? Se tiver, avisa que eu brigo com ele- ela avisou.
- Não, tá de boa- ri- você vai vim pra cá?- perguntei, cortando algumas batatas.
- Talvez eu vá amanhã ou segunda, hoje não vai dar- estalou a língua.
- Tem um espaço alí na principal que parece bom, a proprietária falou que eu posso dar uma passada lá amanhã cedo pra ver- dei de ombros.
- E o L7? Viu ele?- deu uma risadinha.
- Sim, mas nem rendi muito assunto- suspirei- ele claramente só quer sexo, e eu não quero só isso- dei de ombros.
- Aquele boyzinho da pista, tu tá gostando dele?- sorriu na chamada de vídeo.
- Ele é legal, mas não sinto nada por ele- fiz careta.
- Chegou cliente aqui, depois a gente conversa, tá? Me liga mais tarde, beijo- mandou beijo, encerrando a chamada.
Assim que ela desligou, o nome "cu de cunhado" e a foto do Novinho começaram a brilhar na tela.
- Que é?- revirei os olhos, atendendo.
- Tá fazendo oq de almoço?- ouvi o riso dele.
- Arroz e ovo- respondi, ainda cortando as batatas pra cozinhar.
- Você tá se saindo uma péssima visita- resmungou.
- Você é muito chato, Luiz- revirei os olhos.
- Os moleque vai ir almoçar aí, firmeza?- ele riu.
- Eu vou ter que ficar servindo de cozinheira pra vocês?- arqueei uma sobrancelha.
- Nós pede quentinha, po. Fica sussa!- assobiou.
- Quantas pessoas vão vim?- fiz careta.
- Sabonete, L7, Caxias, Gilete, Marquinho- ele falava baixo, parecendo contar- é eu e mais uns 6- respondeu.
- Eu preciso que alguém venha me levar alí na venda pra comprar mais algumas coisas- coloquei as batatas de molho em uma bacia e abaixei o fogo da carne.
- L7 já tá chegando- falou rápido e desligou.
Peguei minha carteira e fui saindo de casa, já ouvindo uma buzina.
O L7 estava encostado em uma velar branca, olhando pro céu.
- É você que vai me levar?- cruzei os braços, encarando ele.
- É, entra aí- deu de ombros, já entrando no carro.
- Ta- murmurei, entrando no banco de trás.
- Tenho cara de uber? Vem pra frente- ele me olhou, arqueando uma sobrancelha.
Revirei os olhos, pulando pro banco da frente.
Não demorou pra ele estacionar na frente do mercadinho do morro.
- Vai descer ou vai me esperar aqui?- olhei pro L7, que permanecia intacto no banco enquanto eu já quase entrava no mercado.
- Te espero aqui- murmurou.
Peguei tudo que eu iria precisar pra fazer o almoço, inclusive mais batatas e fui na direção do caixa.
- Você que tá saindo com o meu homem, né? Já fiquei sabendo- uma moça me cutucou, mascando chiclete de boca aberta.
- Te conheço?- arqueei uma sobrancelha.
- Sou Catarina, fiel do L7, florzinha- passou a mão no meu cabelo, fazendo cara de nojo.
Revirei os olhos, me recordando que ela era mãe do Caio e dei um tapa na mão dela.
- Até onde eu sei, você e o L7 já terminaram tem muito tempo- sorri falso.
- Nós estamos voltando, e eu espero que você não fique no meu caminho- rosnou.
- Pode ficar com ele todinho pra você, amor- dei um risinho- ele tá alí fora me esperando, se quiser pode ir lá avisar pra ele que vocês voltaram, eu acho que ele ainda não sabe- sorri.
Ela se virou e saiu bufando.
Coloquei minhas compras no balcão e observei a moça passar e colocar nas sacolas.
- Quem mandou tu falar pra Catarina que eu tava no carro? Ela pesou pra caralho na minha! Tive que dar mó show pra ela ir embora- ouvi a voz do L7 atrás de mim.
- Ela disse que vocês tinham voltado, achei que seria justo ela saber onde o namorado dela tava- sorri falso pra ele.
- Meus ovo, carai- negou com a cabeça, tirando a carteira do bolso.
- Ficou 356,80- a atendente nos olhou- é débito, crédito ou pix?
- É dinheiro- puxou umas notas de dentro da carteira, entregando pra mulher e pegando as várias sacolas.
Não recusei que ele pagasse, já que eram as coisas do almoço que eu iria fazer pros amigos dele.
- Deixa que eu levo essa- peguei a sacola com os doces que eu comprei pra mim, andando na direção do carro dele.
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