Luke
Michael segurava minha mão enquanto andávamos pelo parque, depois que tivemos uma pequena conversa eu não me sinto mais tão apavorado como antes, eu me sinto um pouco culpado em pensar que ele me forçaria a algo já que tem se mostrado um cara legal e um bom amigo.
Agora estamos andando em torno do lado, quando vi um senhor vendendo algodão doce, larguei a mão de Michael e corri até ele.
- Uh, quanto custa um? Tem de quais cores? Tem azul? - bombardeei o senhor de perguntas e ele apenas riu.
- São quatro e sim, tem azul. - ele pegou aquela bola fofa, doce e colorida e me entregou, eu peguei o dinheiro em meu bolso, mas Michael foi mais rápido pagando o senhor.
- Não sai correndo desse jeito Lukey. - Michael me repreendeu, mas eu o ignorei enfiando um pedaço daquilo na minha boca, sentindo o açúcar derreter na minha linguá, isso é delicioso.
- Eu tinha de pegar isso aqui. - respondi com a boca cheia de açúcar.
- Vamos sentar ali. - Michael voltou a segurar minha mão, acenei pro senhor do algodão doce e acompanhei Michael até o banco, sentando ao seu lado.
- Quer? - Ofereci e Michael apenas negou com a cabeça sorrindo, o encarei por alguns segundos e sorri. - Posso te perguntar uma coisa?
- Claro. - mordi meu piercing e suspirei. Acho que vai soar um pouquinho inconveniente, não que isso não aconteça com frequência.
- Por que decidiu sair comigo? Sabe, você é bem insistente. - eu e o olhei curioso, suas bochechas estavam coradas e na mesma hora ele desviou o olhar.
- Eu só... só gostei de você.- Michael deu de ombros. - Eu não sei, eu só queria sair com você e quando eu quero alguma coisa eu não desisto. - Eu ainda não estava satisfeito com aquela resposta, as coisas não acontecem assim, de uma hora pra outra.
- Mas por quê? Tem que ter um por quê. - Insisti e o vi ficar ainda mais vermelho.
- Acho que eu tenho uma quedinha por você. - Michael riu envergonhado e foi minha vez de corar - Por uns cinco anos na verdade, deve ser a combinação de cara de badboy tatuado e tiaras bonitinhas. - Michael sorriu e beijou minha bochecha. - Você foi minha primeira paixão platônica na escola, tinha passada, mas aparentemente está voltando. - A sinceridade brutal de Michael as vezes me deixa constrangido e sem palavras.
- Você ficaria fofinho com uma das minhas tiaras. - Mudei de assunto e Michael riu, só não sei dizer se foi do meu desespero ou do meu comentário.
- Podemos conferir isso qualquer dia. - Quando o olhei ele voltou a rir.
- O que foi?
- Sua boca está cheia de açúcar, parece uma criança.
- Droga... - reclamei, passando a linguá pela minha boca e em seguida a limpei com a manga da camiseta.
- Eu podia ter limpado pra você. - me encolhi no banco com o comentário, senti o braço de Michael passar por cima dos meus ombros e eu estou pronto pra sair correndo de desespero, eu sei que a pele rabiscada pode me dar uma aparência de alguém durão ou qualquer bobagem do tipo, mas eu definitivamente não sou assim.
- Você quer mesmo me beijar? - perguntei em um sussurro.
- Você não tem ideia o quanto. - Ele respondeu próximo do me ouvido me fazendo arrepiar.
- Eu disse que te beijaria, então eu vou beijar. - disse o olhando e o vi suspirar, acho que ele não estava esperando por aquilo.
- Se não quiser, não precisa. Eu posso sobreviver com isso. - neguei com a cabeça.
- Feche os olhos. - pedi e ele logo fez o que pedi.
Me aproximei e assim que meus lábios tocaram os seus, senti meu corpo se arrepiar. Eu não ousei aprofundar o beijo, apenas beijei seus lábios por alguns segundos e me afastei desviando o olhar. Meu coração estava disparado e eu não podia me sentir mais agitado. Eu queria sair correndo dali, eu não devia ter feito isso.
Michael me puxou para mais perto e beijou minha bochecha.
- Foi muito melhor do que eu esperava, docinho. - Michael brincou me fazendo rir baixo. - Hey, não precisa ficar assim, vem. Vamos ir no lago. - Levantei e Michael voltou a segurar minha mão enquanto eu mordiscava meu algodão doce.
Eu acho que vou morrer até o final do dia.
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Virgin ** MUKE (HIATUS)
FanfictionMichael Clifford não passa de um idiota que aceita desafios idiotas.