O Caminho do Trono

Capítulo 76 - A Fuga da Caverna

A caverna agora representava um perigo e eles tinham que sair dalí. A estátua gigantesca de Zalazar, permanecia imóvel cheia de runas e segura por gigantescas correntes tão grandes quanto navios. O que antes era sedutor e trazia curiosidade, agora era uma ameaça maciça enquanto o teto desabava aos poucos sobre eles. A poeira grossa e sufocante envolvia o ambiente, tornando a visibilidade quase nula.

Zalazar estava furioso, o seu rosto grotesco retorcido em fúria. "Tolo!" rugiu ele, a sua voz reverberando através da câmara. "Você desperdiçou uma oportunidade única, Gazmir."

Enquanto o grupo de Gazmir lutava para escapar do colapso da caverna, eles aos poucos recuperavam os seus movimentos e logo Rael pegou o corpo de Erina e colocou sobre os ombros.

A voz do ser algo que eles não entendiam, entretanto, isso pareceu ativar uma armadilha. Mais e mais, as pedras continuavam a cair, criando uma sequência ensurdecedora de estrondos. O chão tremeu sob o impacto das rochas que caíam, fazendo com que todos corressem em meio ao caos.

"Isso é por sua insolência!" rugiu Zalazar enquanto gargalhava, o seu riso sinistro ecoando com uma frieza que enviava arrepios pela espinha de Gazmir e dos demais. Os exploradores não sabiam como tinham se aproximado tanto da estátua e porque a saída agora estava tão distante. Todavia, agora não era o momento de conjecturar isso e sim, sobreviver.

O colapso da caverna desencadeou algo ainda pior. Enquanto as rochas gigantes desabavam e a terra tremia sob os seus pés de tempos em tempos, criaturas grotescas surgiram das sombras, a suas formas estranhas e repugnantes deixando todos perplexos.

Uma dessas abominações parecia uma mistura de insetos, com o corpo de uma mosca, a cabeça de um besouro-rinoceronte e pernas que lembravam as de uma barata. O monstro avançou com um zumbido sibilante, atacando Gazmir com ferocidade.

Enquanto ele se esforçava para repelir o ataque, os seus companheiros estavam se forçando a recuperar os seus movimentos, aqueles que estavam em melhores condições repeliam as criaturas e os demais seguiam no centro de um semicírculo.

Logo, outra criatura, igualmente grotesca mais de uma maneira diferente, se lançou em direção a Vivian. Era um ser que parecia um sapo deformado, com penas que se assemelhavam às de um bode e uma longa cauda de peixe. Gazmir teve que se dividir para proteger a sua amiga enquanto enfrentava o ataque da criatura, pois ela era forte demais para Vivian lidar.

Enquanto essa e outras lutas se desenrolavam, os seres abomináveis surgiam incessantemente aumentando o seu número para mais de vinte. O teto da caverna desabando com violentos estrondos, alguns deles quase os acertando e acertando inclusive algumas dessas criaturas. Para torna a situação ainda mais mentalmente insana, a risada maligna de Zalazar ecoava, perturbadora e ensurdecedora, causando ferimentos aos ouvidos de todos e prontos para consumir a sanidade de Gazmir e a sua determinação de escapar dessa terrível armadilha.

Naquele momento caótico, Gazmir enfrentava as criaturas grotescas com destemor, afinal ele era o único mestre ali.

O seu corpo se movia com maestria fazendo a menor quantidade de movimento possível enquanto, a lâmina disparava golpes certeiros que teriam matado bestas magicas de nível dois ou até três, porém eles mal arranhavam as criaturas.

A criatura com aspecto de inseto lançava-se sobre ele repetidas vezes, tentando mordiscar e ferroar, mas Gazmir esquivava-se com agilidade, os seus golpes certeiros empurrando o monstro para longe. A pele repulsiva da criatura era resistente, mas as lâminas de Gazmir encontravam brechas na sua defesa.

Enquanto isso, as lutas ao lado seguiam intensas. A bizarra criatura que enfrentava Vivian, assemelhava-se a um sapo e equipada com penas de bode e uma cauda de peixe, dava perigosas investidas e atacava com a sua língua extensa e pegajosa. Gazmir se desdobrava lutando com a sua criatura e ajudando a defender Vivian. Ele percebeu que precisava acabar com essa ameaça imediatamente.