Capítulo 41 - Respiro Após a Tempestade

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 A atmosfera no castelo era carregada de tensão. O ar ainda cheirava a suor e a sangue, e os corredores estavam escuros e silenciosos. Os danos da batalha eram visíveis em todos os lugares, como as paredes rachadas e os escombros espalhados.

Após ajudar mais algumas pessoas, o príncipe Aldric, deu ordem aos guardas levaram os atacantes restantes que sobreviveram para a prisão. Terminado isso, ele se aproximou de John e o chamou para irem ver o rei.

"Precisamos garantir que o rei esteja seguro.", ele disse.

"Vamos voltar para o salão real", respondeu John.

"Sim", concordou Gazmir. "Vamos."

Os três estavam exaustos, mas também aliviados por sobreviverem à batalha. Eles caminhavam apressado, pois por mais que soubesse que o rei estava seguro, era melhor irem conferir.

Os passos ecoam nas lajes do piso, enquanto os três reúnem-se perante a entrada do salão. Assim que as portas foram abertas, Aldric, o príncipe herdeiro, apressou-se até o seu pai, ansioso por notícias sobre a sua condição.

Os dois guerreiros aguardaram um pouco e depois ambos entraram no salão real, onde o rei Roderic estava sentado no trono. Ele estava ferido, mas sorriu ao vê-los entrar.

Aldric, o príncipe herdeiro, ainda parecia visivelmente preocupado, entretanto um dos médicos insistia em dizer que o rei estava bem.

"O rei está bem, meu Príncipe", disse um dos médicos. "Seus ferimentos são graves, agora não há um perigo realmente. Todavia, devemos continuar o monitoramento de perto."

Ali, a tensão parece ceder, pois o rei confirmou o que foi dito pelo médico e que, apesar dos ferimentos, o seu estado foi estabilizado. Entretanto, uma recuperação completa demandará meses de convalescença.

"Estou feliz por ver que vocês estão bem", disse o rei. "Eu soube da batalha, e estou grato por suas ações corajosas."

Naquele momento, John e Gazmir se curvaram ao rei. "É um privilégio servir a Vossa Majestade", disseram eles.

O rei assentiu. "Eu sei que vocês dois são homens de honra", disse ele. "E eu sei que vocês farão tudo o que puderem para proteger o meu reino."

Ambos sorriram. "Estamos sempre à disposição, Vossa Majestade", disseram eles.

O rei Roderic assentiu. "Obrigado, John e Gazmir", disse ele. "Vocês são verdadeiros heróis."

As palavras do rei espalharam-se pelo salão, trazendo um suspiro coletivo de alívio. Uma sensação de esperança paira no ar, misturada com a sombra da incerteza que o futuro traz. Enquanto os ânimos se acalmam, as luzes douradas que dançam nas paredes ornamentadas lançam um brilho quente sobre a cena.

Mas, à medida que os murmúrios se dissipam, John, Gazmir e Agolli, os leais amigos, despedem-se do salão real. A carruagem os aguardava, guardas a postos para escoltá-los de volta à mansão Montrose. O caminho de pedra sob as rodas da carruagem é uma trilha silenciosa, os olhares de cada um distantes, envoltos nos seus próprios pensamentos.

"Eu ainda não acredito que conseguimos vencer", disse Agolli.

"Foi um milagre", disse Gazmir. "Mas nós merecemos essa vitória. John lutou de tal forma que acho difícil que o seu nome não seja conhecido no continente."

Permanecendo sentado, John apenas olhou para eles e acenou com a cabeça. Os três amigos adotaram o silêncio, cada um absorto nos seus próprios pensamentos.

Eles haviam testemunhado a violência e a destruição da guerra, e sabiam que o futuro seria incerto. Principalmente da aliança que mal havia começado.

Mas, apesar de tudo, eles estavam juntos, e isso era o que importava.

Quando finalmente chegam à mansão, a atmosfera mudou. Isabella Montrose, tia de John, que aguardava na entrada da casa, avançou para abraçá-lo, mas ele recuou.

John sorriu, mas seus olhos estavam cansados e tristes. "Desculpe, tia", disse ele. "Eu continuo sujo."

Isabella assentiu, compreensiva.

"Vá tomar um banho", ela disse. "Eu vou cuidar de tudo aqui."

Ela soltou um sorriso suave, mas seus olhos estão cheios de tristeza. Ela sabe que os seus sobrinhos estiveram em perigo e que continuam se recuperando da batalha. Afinal, a notícia do ataque ao palácio tornou-se um fenômeno na capital.

John agradeceu à tia. Os três despedem-se de Isabella e se dirigem para seus aposentos. Eles estão ansiosos para se lavar e descansar.

No banheiro, John retirou a armadura e a roupa manchada de sangue e suor. Ele entrou na banheira com água quente e fechou os olhos, relaxando. Ele relembra da batalha. Vê as faces dos soldados que matou, o sangue que derramou.

Abrindo os olhos e respira fundo. Ele sabe que precisa esquecer isso por um tempo. Ele concentra-se no presente, na sensação da água quente na sua pele. As gotas d'água escorrem por seu corpo, levando consigo as tensões do dia.

John se sente calmo e relaxado. Ele está finalmente em paz. Ele fecha os olhos novamente e deixa que a água o leve numa corrente de tranquilidade.

Depois um tempo já arrumado ele sai do quarto e encontra, Agolli e Gazmir fora do seu do quarto e juntos eles descem para a sala de jantar.

Chegando lá, Isabella os esperava com uma refeição quente e reconfortante.

"Comam", ela disse. "Vocês precisam de energia."

John e Gazmir que participaram ativamente da batalha, se sentaram e começaram a devorar a comida. Agolli, mais comportado, sentou-se e seguiu as boas maneiras aristocráticas. No entanto, ninguém se atreveria a falar mal dos dois no momento. Eles já eram considerados heróis.

Enquanto eles comiam, eles conversaram sobre a batalha. Eles falaram sobre os momentos mais difíceis e os mais gratificantes. Logo risos eram ouvidos e o clima ficou cada vez melhor, logo eles foram se sentindo mais relaxados e confortáveis. O sono começou a aparecer.

Finalmente, quando eles terminaram de comer, Isabella os levou para seus quartos.

"Descansem", ela disse. "Vocês precisam de um bom descanso. Amanhã será um dia agitado."

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