Capítulo 39 - Ventos de mudança - Parte 2

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A guerra se aproximava, e o futuro se mostrava incerto. O castelo, um refúgio outrora inabalável, agora abrigava preocupações e dilemas. O peso do dever e da incerteza abalaram Ji-soo durante todo o dia e mesmo quando estava no seu quarto, ela se perguntava como poderia contribuir para a defesa do reino e encontrar um caminho em meio às sombras que se acumulavam sobre a sua terra natal. Ela estava tão cansada que havia dormido profundamente.

Todavia, os planos não acompanham as mudanças. Ainda naquela noite, Ji-soo foi despertada bruscamente por uma empregada. O repouso tranquilo do seu quarto foi interrompido por mãos trêmulas e palavras urgentes.

"Princesa, acorde! Há um ataque!", empregada gritou, a sua voz trêmula.

"O que está acontecendo?", ela perguntou.

"O castelo está sendo atacado!", ela disse. "O quarto príncipe foi morto."

Ji-soo ficou chocada. Seu irmão mais velho, Ji-hoon, era um guerreiro experiente e respeitado. Ele não poderia ter sido morto facilmente. Ela ainda não tinha certeza de tudo o que acontece e de todas as notícias, então deixou isso de lado por momento até ter informações mais concretas.

Levantou-se rapidamente, o seu coração acelerado. Ela vestiu-se às pressas e correu para a janela. Do lado de fora, o céu estava em chamas. O castelo estava cercado por um exército do Império do Leão.

"Eu preciso ir até o pai", disse ela.

A empregada assentiu. "Eu o levarei até lá", ela disse.

O castelo, uma vez um símbolo de segurança, estava agora sob ameaça. O rugido distante da batalha ecoava pelas paredes, como se os próprios alicerces do castelo tremessem com o tumulto lá fora.

Os corredores estavam cheios de pessoas em movimento frenético, empregados correndo com tochas e mensageiros se apressando para entregar notícias urgentes. Ji-soo seguiu a multidão, sendo levada pelo fluxo até o salão principal do castelo, conhecido como Salão Lun.

Quando chegaram ao Salão Lun, Ji-soo viu o seu pai, o rei Yoon Seo-Jin, reunido com os seus outros filhos e conselheiros.

O rei estava sentado no seu trono, seu rosto sério. "O exército do Império do Leão nos ataca", ele disse. "Eles já invadiram os portões do castelo."

Ji-soo se aproximou do pai. "O que podemos fazer?", ela perguntou.

O rei olhou para ela, seu olhar triste. "Não há muito o que fazer", ele disse. "Somos superados em muito, há pelo menos quinze inimigos para cada um nosso."

O rei logo voltou para conversar com os seus generais e conselheiros, deixando-a no canto com os seus outros irmãos e irmãs, as consortes e as concubinas reais.

Ji-soo sentiu o seu coração se apertar. Logo a sua mãe, a rainha Kim Seong-kyeong se aproximou dela. O olhar abatido da mãe revelava o desespero que ela sentia.

"Mãe, sabe do meu irmão, Ji-hoon? Afinal, o que aconteceu?", ela perguntou preocupada.

A rainha abaixou a cabeça. Ela procurava manter-se forte e segurar as lagrimas. Afinal ela foi rainha por muito anos, ela sabia quando poderia ou não demonstrar a fraqueza.

"Tudo o que sabemos é que ele foi morto", ela disse, com a voz embargada. "Alguns soldados conseguiram voltar com a capa do seu irmão ensanguentada. Eles disseram que ele morreu em cima do seu cavalo, encravado de flechas, e que em desespero, o cavalo fugiu levando o corpo do meu filho."

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