Capítulo 61 - A Batalha pela Píton de Pedra Negra

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O grupo seguiu os rastros dos caçadores, que não se preocupavam em esconder os seus vestígios. Quanto mais adentravam na floresta, mais perigoso era. Entretanto, havia um certo cheiro peculiar no ar, que não os afetava, mas parecia afetar os Elfos, os animais e as bestas mágicas ao redor.

Em uma das árvores, havia um pequeno buraco e dentro dele, um pequeno saco de couro. Rapidamente abrindo-o, Gazmir pegou um boneco feito de palha que estava encharcado com alguma solução. Ela era viscosa e pastosa, e tinha um cheiro ainda mais pronunciado quando tirado do saco. Rapidamente os Elfos sumiram de suas vistas como que fugindo daquilo.

"O que você acha, Lucius?" – Questionou Gazmir para seu velho amigo de infância. Ele foi um dos pouco mais de cem pessoas que vieram de Valen e se tornaram os primeiros moradores de Evros.

"Pelo meu conhecimento, isso é obra de bruxaria" – Disse o cinquentão Lucius, com seus cabelos curtos negros e entradas pronunciadas indicando uma calvície cada vez maior.

"Que tipo de bruxaria poderia ser essa?" Por mais que Gazmir fosse experiente e já tivesse enfrentado a sua dose de inimigos, ele ainda desconhecia o que poderia ser.

"Apenas por esse boneco, posso dizer que provavelmente eles são de Valen, isso se parece muito com algo que a Zulpan tenha feito." – Disse o experiente Lucius. – "Além disso, os rastros deles são diferentes dos rastros que vimos no começo, então eu presumo que além dos Elfos e desses caçadores, o grupo original que estamos atrás ainda não foi encontrado. Como fomos para o noroeste, nos afastamos dele. Eu já havia te dito isso anteriormente."

Sim, Lucius conversou com Gazmir em uma da suas conversas informais que achava que o rastro original ia para o nordeste, mas como logo acharam novos rastros que iam para o noroeste, eles continuaram a seguir esse caminho.

Por sinal, esses caçadores que eles estavam atrás pareciam confiantes e arrogantes, certos de que ninguém os deteria.

Após queimar o boneco e uma fumaça preta subir, os Elfos aproximaram-se rapidamente. Eles nos guiavam com agilidade e discrição, evitando as armadilhas e os perigos da floresta, mas paravam de tempos em tempos. Quando isso acontecia, achávamos novos bonecos e os queimávamos. Então reiniciávamos a caçada.

Os Elfos disseram-nos que os caçadores eram um grupo de mercenários contratados por um nobre ambicioso, que desejava obter a pele e as presas da Píton de Pedra Negra, para usá-las como troféus e símbolos de poder.

Eles estavam provavelmente errados, mas Gazmir não revelou isso. O provável era eles serem de Valen e estarem aqui a mando de alguém importante de lá. Uma besta mágica tinha um sangue precioso para um ritual, principalmente uma besta mágica poderosa como essa.

Depois de algumas horas de caminhada, chegaram a uma clareira, onde avistaram os caçadores. Eram dez homens, todos bem armados e equipados. Eles cercavam a Píton de Pedra Negra, que estava encurralada e ferida. A besta mágica rugia e sibilava, lançando pedras e terra contra os seus atacantes. No entanto, eles se defendiam com escudos e armaduras mágicas, enquanto disparavam flechas e lanças envenenadas.

"Eles estão torturando a pobre criatura", disse Lira com indignação.

Gazmir olhou estarrecido para Lira, afinal ele era o único do grupo que estava acordado quando a Píton passou por eles de madrugada.

"Não podemos deixar que eles façam isso. Vamos atacar!", exclamou um dos Elfos com bravura.

"Esperem, não sejam precipitados. Eles são mais numerosos e experientes do que nós. Precisamos de uma estratégia", advertiu Gazmir com prudência.

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