O Caminho do Trono

Capítulo 9 - Rumo a Arendel

A viagem para Arendel estava repleta de emoção e descobertas. John, acompanhado por Gazmir e Agolli, partiu do acampamento, levando consigo a carta de recomendação do conde local. Assim que saíram da floresta John se sentiu ansioso afinal era a primeira vez que saia da floresta. Quando ele despertou nesse mundo já estava nela.

A jornada foi relativamente tranquila. Depois da floresta havia uma campina e não muito distante viram as primeiras plantações. Logo eles entraram em estradas antigas de caminhos rurais, e viu-se impressionado com a paisagem que se estendia diante dos seus olhos.

À medida que avançava e entrou no vilarejo pela primeira vez, as casas ao longo do caminho chamavam a sua atenção. Construções de madeira com telhados de palha se erguiam à beira das estradas, cada uma contando uma história de simplicidade e funcionalidade. As cores da natureza e do artesanato se misturavam, criando uma atmosfera acolhedora e rústica.

Os habitantes das vilas vestiam roupas que pareciam saídas de contos antigos. Vestimentas em tons terrosos, confecionadas com tecidos naturais, denotavam a relação íntima entre o povo e a terra. Homens trajavam túnicas e calças largas, enquanto mulheres usavam saias compridas e blusas ornamentadas. O detalhamento nas roupas era visível, entretanto não eram bordados delicados e nem padrões complexos, e sim, coisas simples, mas que contavam histórias das suas tradições.

Enquanto percorriam os vilarejos, John admirava os detalhes arquitetônicos das construções e a interação calorosa entre os habitantes. Crianças corriam pelas ruas de barro, rindo e brincando com uma alegria contagiante. A simplicidade da vida nesse mundo contrastava profundamente com a complexidade da vida moderna que ele conhecia.

Todavia, a viagem não estava isenta de desafios. As estradas eram frequentemente irregulares e de difícil tráfego, fazendo com que a jornada fosse lenta e às vezes cansativa. Eles enfrentaram chuvas torrenciais e calor escaldante, aprendendo a se adaptar às intempéries que acompanhavam o trajeto.

A dificuldade acentuou-se quando chegou o momento de conseguir uma carroça para continuar a jornada em direção à capital de Arendel. As opções eram limitadas, e muitos dos habitantes locais dependiam de carroças para transportar mercadorias. John percebeu o valor prático e essencial desses veículos de tração animal numa sociedade onde a tecnologia moderna não tinha lugar.

Após muitos dias de viagem e inúmeras experiências enriquecedoras, eles avistaram a imponente muralha que cercava a capital de Arendel. A visão era majestosa, a estrutura de pedra erguendo-se imponente contra o céu. John sentiu uma mistura de admiração. Ele não conseguia imaginar como uma estrutura dessas poderia ser feita sem as máquinas modernas que ele conhecia.

Ao se aproximarem da entrada da cidade, Agolli comentou, olhando para a muralha com um ar de respeito, "Arendel é realmente um marco da nossa terra. As suas muralhas testemunharam séculos de história."

John concordou, sua voz carregada de fascinação. "É surpreendente pensar em todas as histórias que essas paredes já viram. É como se o tempo estivesse gravado em cada pedra."

A medida que a carroça avançava, as primeiras casas e lojas começaram a aparecer antes de chegarem aas muralhas. Pelas ruas da cidade, John observava as lojas e estabelecimentos que exibiam as suas mercadorias. Tendas coloridas ofereciam frutas frescas, artesanato local e roupas confecionadas à mão. Obviamente era uma bem pobre, no entanto, a agitação comercial e social da cidade contrastava com a tranquilidade da paisagem rural que haviam deixado para trás.

Gazmir apontou para uma tenda repleta de tecidos coloridos e padrões intrincados. "Se você quiser, podemos parar ali e comprar roupas mais apropriadas para a cidade. Não que a suas roupas estejam fora de lugar, mas é sempre bom se adequar um pouco."