Capítulo 36 - Em Meio ao Caos - A Batalha do Castelo - Parte 7 Final

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Os espectadores estavam hipnotizados pela batalha, a suas respirações suspensas em sincronia com cada movimento. O líder inimigo emanava uma aura de perigo iminente, a sua perícia com a espada era soberba. No entanto, mesmo nesse palco de destruição e caos, John parecia encontrar a força que transcendia a dor, transformando-a em energia para seus golpes precisos e incisivos.

"Ele é incrível", sussurrou um dos guardas. "Nunca vi ninguém lutar assim."

"Concordo, ele pessoalmente matou muitos dos atacantes", disse outro. "Sem ele aqui, provavelmente não teríamos muitas chances de vencer, estaríamos perdidos."

"É por que você não viu a luta de Gazmir e o feiticeiro. Se aquele feiticeiro estiver vivo, talvez seriamos apenas poeira agora."

Um dos guardas que sobreviveu ao encontro com o meio gigante estava ali perto e também comentou. "Eu não vi nenhum feiticeiro, mas o meio gigante foi terrível, se não fosse por John, o dançarino da morte, eu não estaria aqui agora."

Outros guardas também se manifestaram, alguns falando pelo seu capitão que teve uma boa participação, outros falando do príncipe Aldric. Eles podiam se dar esse luxo, pois o número de atacantes finalmente era menor do que os deles.

Já o confronto entre John e o líder inimigo atingiu um clímax eletrizante. Enquanto John defendia e contra-atacava, os inimigos que se aproximavam eram repelidos com um domínio formidável da sua espada. Cada movimento era sincronizado, cada passo calculado, sua agilidade quase sobre-humana, permitindo-lhe proteger-se e atacar de forma simultânea.

John sabia que não podia se dar ao luxo de cometer um erro. O líder inimigo era um bom adversário, mas fraco do que o meio gigante, entretanto um único deslize agora poderia custar-lhe a vida.

Num momento fugaz de descuido do líder inimigo, a oportunidade tão aguardada surgiu. Com uma combinação letal de velocidade e precisão, John perfurou o coração do adversário, a sua espada encontrando um ponto vital que nenhum escudo ou armadura poderia proteger. O líder cambaleou para trás, a sua resistência finalmente cedendo diante da tenacidade de John.

"Ele fez!", gritou um dos guardas. "Ele derrotou o líder inimigo!"

Fez-se um silêncio que pareceu preencher todo o castelo, uma pausa solene em honra à batalha que havia chegado ao seu ápice. O líder inimigo caiu de joelhos, a sua expressão de descrença congelada no seu rosto. O mundo ao seu redor parecia embaçado, as suas forças se dissipando como a névoa da manhã.

"Meu Deus", disse John, olhando para o corpo caído do líder inimigo. "Tu deste-me forças e eu superei mais esse desafio."

Ele sentiu um alívio imenso, mas também uma tristeza profunda. Ele havia acabado de matar um homem, mesmo que esse homem fosse seu inimigo. John acreditava fielmente que não era dever dele tirar uma vida. Hoje ele matou muito, não só o seu corpo, como também a sua alma sentia-se pesada.

Nesse momento ele finalmente se deu conta que havia tirado a vida de inúmeras pessoas. Uma sensação de mal-estar invadiu-o e ele teve um leve tontura e vontade de vomitar, no entanto, não era hora para isso e ele manteve-se firme.

A cena da morte, embora brutal, carregava uma beleza sombria e inegável. A espada de John permanecia impiedosamente cravada no peito do líder, uma sentença gravada em metal. O sangue escorria lentamente pela lâmina, como uma lágrima derramada em memória daquele que ousou desafiar a força implacável de John.

Mas a batalha ainda não havia terminado. Os inimigos restantes ainda lutavam, determinados a vingar a morte do seu líder. John sabia que teria que lutar com todas as suas forças para vencer.

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