𝐂𝐨𝐧𝐟𝐮𝐬𝐚̃𝐨.

763 81 16
                                        


Narradora on

Deitada em uma maca no quarto de hospital, com um líquido sendo ingerido em sua veia, e ainda desacordada, era como s/n se encontrava. Ela vai abrindo seus olhos lentamente, piscando algumas vezes por conta da claridade no local, e logo percebe o lugar que está. Ela olha para seu braço, e vê que está sendo medicada por um líquido transparente. Ela apoia sua mão livre em cima da maca, e se senta na mesma.

Um cheiro de álcool misturado com desinfetante era sentido por ela naquele quarto. Ela fica alguns segundos quieta alí, e logo escuta a porta se abrir. Avistando um homem de jaleco branco, um caderninho em uma mão, e uma caneta na outra.

__ vejo que acordou - ele sorriu - como se sente? - perguntou se aproximando de s/n.

__ me sinto... Bem. Eu acho  - ela responde ainda processando algumas coisas - cadê minha esposa?.

__ sua esposa... - ele pensou um pouco - é uma mulher de cabelos castanhos acima dos ombros, e pele morena? - ele perguntou e s/n assentiu com a cabeça - ela quase arrombou a porta da sala de exames. - riu - Vou chamar ela pra você - ele deu um sorriso gentil e virou-se indo até a porta.

Alguns segundos depois, a porta é aberta revelando Jenna com o samblante preocupado, indo até sua esposa que estava deitada naquela maca.

__ você tá melhor? - a morena perguntou segurando a mão de sua esposa, e ela concordou com a cabeça sinalizando sim - oque ela tem? - Jenna olha para o doutor a sua frente.

__ pode ficar tranquila, ela está ótima. - Jenna respirou aliviada - e o bebê também - o doutor falou fazendo com que Jenna ficasse confusa, e s/n na mesma hora congelou. - ela desmaiou por conta de pouco açúcar no sangue, oque na maioria das vezes acontecem com mulheres gestantes.

__ não, você confundiu - Jenna riu - ela não está grávida - negou com toda certeza do mundo.

__ bom... Não é oque os exames confirmaram - o doutor fala. Jenna franziu o cenho, soltou a mão de sua esposa e a olhou como se estivesse pedindo explicação para aquela situação. Mas s/n se manteve olhando para um ponto fixo, sem reação alguma. - eu... Eu vou deixar vocês a sós. - o doutor falou, e logo após se retirou do quarto deixando apenas as duas.

__ pode me explicar que porra é essa!? - Jenna exige um pouco alterada, saindo do lado de sua esposa, e ficando de frente para ela. mas s/n continua alí sem reação alguma - RESPONDE CARALHO! - ela gritou frustada.

__ eu... Eu vou te explicar - s/n finalmente olha nos olhos de sua esposa a sua frente um pouco nervosa.

__ explicar oque!? Que você me traiu com homem? Tava com tanta vontade que não deu pra me esperar!? Porra! - Jenna bateu em uma mesinha que havia do seu lado - deveria pelo menos ter usado proteção!.

__ oque!? não Jenna!... Não foi isso... - s/n queria contar o trágico ocorrido, mas parece que havia um nó em sua garganta a impedido de falar.

__ ENTÃO OQUE CARALHO!? PORRA VOCÊ TINHA QUE ME TRAIR DE NOVO!? - era nítido o ódio no olhar de Ortega.

__ EU FUI ABUSADA! - s/n soltou oque prendia. Com lágrimas nos olhos e uma imensa culpa sentida pela mesma. Pois para ela, ela era culpada por ter saído de casa naquela bendita noite.

Jenna trincou seu maxilar, e olhou para sua esposa, com o senho franzido.

__ você... Você oque? - Jenna não conseguia acreditar no que tinha acabado de ouvir.

__ por dois vermes eu fui estuprada de novo - ela se manteve olhando para sua esposa com lágrimas nos olhos e o rosto molhado pelas mesmas - eu não podia fazer nada porque eu sou um fracasso. Me senti a pessoa mais nojenta desse mundo. Eu gritava imensamente por socorro mas não dava pra ninguém me ouvir. Eu só sou uma e eles eram dois.

Eu estou a venda? ( s/n e jenna ) Onde histórias criam vida. Descubra agora