Chapter 4

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"Te causando dor estou diminuindo a minha, te fazendo chorar estou secando minhas lágrimas, te matando estou conseguindo forças para viver." (V.H.)

                                  Alissa Mellory:

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Alissa Mellory:

Abri os olhos. Minha visão turvou e cerrei as pálpebras por causa da claridade da luz de um tom alaranjado claro que tomava conta do lugar. "Fogo" e "vou morrer" eram as palavras que ecoavam em minha cabeça. Um nó se formou em minha barriga.

Estreitei os olhos e reparei bem para o lugar em que eu me encontrava agora. Tinha as paredes rachadas, uma tinta velha de uma cor velha também que revestia a mesma e já estava começando a descascar. Estava muito sujo de poeira e algumas folhas secas de árvores estavam caídas no chão, indo para lá e para cá quando ventava. Na parede oposta a qual eu estava possuía uma enorme escada. Havia também alguns tipos de insetos. Eca, como no orfanato. Até que era parecido com o quartinho do castigo, o que mudava era porque aqui parecia menos sufocante por não ser tao pequeno.

Tentei coçar a nuca, só então notei que minhas mãos e pernas encontravam-se acorrentadas.

Ah, não. Não.

Soprei alguns fios de cabelos que estavam colados em minha pele. Eu deveria estar morta, não era?

Ouuvi a porta sendo destrancada e ecoar um rangido, daqueles que te dão agonia na alma, enorme pelo... porão. - só podia ser um porão, um quarto luxuoso que não era. E um cara alto, com roupa surrada e suado, entrar. Sua fisionomia não era de alguém com mais de vinte e cinco anos. Ele parou na minha frente. Caramba. Era ele que estava no meu sonho. Era ele! Espera, então foi ele que...

Ai. Que dor é essa no meu coração?

Seu olhar baixou até mim.

- Achei que não acordaria. - seus lábios revelaram seus dentes.

Naquela manhã que eu achara que o que vivi durante à noite tinha sido um pesadelo, ele disse que nada tinha mudado desde a última vez que estivera lá. Então ele conhecia o lugar, a gente.
Lutei para descobrir quais motivos ele tinha para matar Holly, queimar o orfanato e... me trazer até aqui. Me salvar da fumaça e das chamas. Eu não tinha tanta certeza se tinha me salvado. Não fazia a mínima ideia de quais eram suas intenções.

Estremeci e meu sangue gelou ao pensar no que ele queria, e depois o que faria, e onde jogaria meu corpo. E...

- Acho que está feliz por eu ter me livrado daquela garota. Depois de tantos anos te atormentando, ela recebeu o que merecia. Ela e a mãe.

Ouvir de sua própria boca fez meu mundo cair.
Interrompi nosso contato visual. Eu não ia demonstrar fraqueza na sua frente.

- Deve estar se perguntando quem eu sou. O por que fiz isso... - sua cabeça pendeu para o lado, avaliando cada pequeno movimento meu. - Vamos lá, pode falar! Eu não mordo.

Puxei meus braços e minhas pernas, forçando as correntes de aço. Totalmente inútil. Ele quase sorriu.

- Me tire daqui. - ele me deu uma última olhada e se virou, se afastando, me ignorando. - Eu disse me tire daqui! - meu tom de voz saiu um pouco mais alto do que eu planejava.

Ele deu meia volta, inclinou seu corpo para a frente e se abaixou.

- Não ouse falar mais comigo dessa forma. Entendeu? - assenti. - Fala que entendeu, Alissa!

- Entendi. E-eu entendi. - a satisfação tomou seu rosto. Assassino.

- Você aprende rápido.

- Posso saber por que fez, tudo isso? - perguntei.

- Isso o quê? - um desafio. Ele queria que eu dissesse aquilo de forma alta e clara, para que a realidade caísse, para que eu percebesse que não era nada. Não podia fazer nada.

- Você matou a Holly. - engoli em seco.

- É. E o resto. - sua expressão era de pura indiferença. A verdade vinda dele me atingiu em cheio e, por minutos, não consegui dizer nada.
Como assim "o resto"?

- Poderia ter me deixado queimar. - sussurrei, era melhor isso do que estar ali presa, sem ninguém e sem expectativas.

- Se é isso que deseja, terá, mas não agora.

- Você vai ter o que merece. - tentei soar firme.

- Uma ameaça? - suas sobrancelhas grossas franziram. - Você tem muita coragem. Adivinha o que eu fiz com o último filho da mãe que me ameaçou.

Tentei não pensar, porém meu cérebro foi traidor.
E imaginei todos do orfanato mortos, queimados.
Meus olhos se encheram de água. Como não respondi, ele guinchou.

-Adivinha!

- Você matou ele! - falei, respirando pesado.

- Fiz um corte profundo na garganta dele, para ser mais exato. - ele segurou de leve meu pescoço.
Não me ameace de novo.
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Iai, oque estão achando da fanfic?

Vou postar mais um capítulo pra vocês amanhã. 😁

Vocês preferem que eu coloque " Chapter one " ou " capítulo 1 " ???

Beijos, Anna.

𝘋𝘢𝘳𝘬 𝘍𝘭𝘰𝘳𝘦𝘴𝘵 Onde histórias criam vida. Descubra agora