Alissa Malory
Me ponho sentada de pernas cruzadas quando
Vinnie e seu amigo, Jordan, entram.— Como a princesa está se sentindo? — ele pergunta, com um sotaque diferente quando pronuncia "princesa".
— Estou bem. — falo. — Quero sair daqui. — gesticulo com o olhar e cruzo os braços. Ele não queria me deixar sair da cama.
— Você sentiu febre hoje mais cedo. — diz num tom suave, o que não combina com sua cara que está bastante séria.
— Mas já passou! Vinnie, diz pra ele que estou melhor, diz! — os dois trocam olhares sugestivos por alguns segundos, até Vinnie dizer que tem que conversar a sós com o doutor.
Vinnie Hacker
— Jordan, desde ontem que ela está enfurnada neste maldito quarto! O que mais você quer? - perguntei impaciente. Ela já disse repetidas vezes que queria sair, e eu falei falei que era melhor, para o bem dela, ainda ficar deitada e não fazer movimentos bruscos.
— Vinnie, ela teve febre não está nem com três horas, e do nada passou. Isso não é comum no caso dela. Acho que tenho que fazer mais alguns exames...
— Chega! Libere ela agora antes que eu perca o controle. — quase gritei. Torci para que ela não tivesse escutado.
— Tudo bem. — ele dá de ombros, e quando dou um suspiro irritado, diz: — Pra quem perde a cabeça fácil... Vai ter que segurar sua onda agora. Isso é só o começo. — ele aponta com o queixo para o quarto e dá um sorriso sacana.
— O quê? Começo de quê?
— Ela perdeu a memória. Não lembra de absolutamente nada.
— E? — retruquei, arqueando as sobrancelhas.
— Ora, Vinnie! Aquela garota que se comportava como um animalzinho indefeso e com medo não existe mais!
Ele tinha razão.
Quando Jordan abriu a boca para falar de novo, escutamos um grito agudo dela. Corremos para ver o que tinha acontecido e quando abro a porta, sua mão está coberta de sangue. Não é muito, para falar a verdade.
— Ah, qual é! Tudo isso só por que a agulha do soro saiu de sua mão? — resmungo.
— Limpa isso, doutor. Quero dizer, Jordan. - fungou, estendendo sua mão na direção dele.
— Calma, princesa. Vamos dar um jeito nisso agora mesmo. — Jordan a tranquiliza. — Você não gosta de ver sangue? — ela respira fundo e balança a cabeça de forma negativa.
— Tá explicado. Se você parar de chorar, prometo que te dou um pirulito.
— Mas que porra Jordan Huxhold! Um pirulito?!
— Certo. Eu quero o pirulito. — ela disse enxugando as lágrimas com o dorso da mão livre, e é claro que Jordan estava rindo de minha cara.
— Está doendo? — perguntou ele quando colocou o soro novamente.
— Não. Por que tenho que tomar isso?
— Para hidratar. Vinnie me disse que você tomou pouca água desde a hora que acordou. E para pouca água desde a hora que acordou. E para garantir que a febre não volte.
— Ah. Tá perto?
Sorri com sua impaciência, e Jordan também.
— Claro. Vou te dá alta hoje.
— Sério? — ela arregala os olhos e sorri. — Já estava na hora mesmo.
— Se você não desse alta, eu mesmo ia dar. — falei.
— Venha aqui. — Alissa gesticula para que Jordan se aproxime, ele me lança um olhar despreocupado e dá de ombros. Então, ela lhe dá um abraço.
Quando o solta, diz: — Obrigada por cuidar de mim.Ah, não. Essa não.
— Já chega! Venha comigo "doutor", quero ter uma conversa séria com você!
— Fique aqui e se comporte, ok? — quase o arrasto para fora do quarto.
— Ela não pode ficar assim! — exclamei.
— Assim como? — ele riu, se fazendo de desentendido.
— Mas que merda! Não me enrole e responda. — fiz minha cara de quem não está pra brincadeira e ele engoliu em seco.
— Ela está assim porque não lembra, é claro! O que eu posso fazer?
— Não sei! — rosno. — Você que é o médico aqui!
Dá uma injeção, faz algum exercício mental! Sei lá se isso existe! Passa algum remédio que faça ela recuperar a memória! Qualquer coisa!— Você e eu sabemos muito bem que isso é impossível. Não é assim tão fácil.
Ao ouvir essas palavras, senti uma grande vontade de socá-lo.
— Só quero dizer uma coisa.
— O quê?!
— Se prepara...
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Vish, oque vai acontecer daqui pra frente? Será que daqui pra frente é só pra trás? 🤷♀️🤷♀️
Beijos, Anna.
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𝘋𝘢𝘳𝘬 𝘍𝘭𝘰𝘳𝘦𝘴𝘵
Historical FictionAlissa Mallory, uma garota de dezesseis anos, quando pequena foi abandonada por seus pais em um orfanato. A única coisa que ela considerava boa naquele péssimo lugar eram seus dois amigos: Casteel e Kieran. No entando, na infância, eles cometem um p...