Alissa Mallory, uma garota de dezesseis anos, quando pequena foi abandonada por seus pais em um orfanato. A única coisa que ela considerava boa naquele péssimo lugar eram seus dois amigos: Casteel e Kieran.
No entando, na infância, eles cometem um p...
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Alissa Malory
Eu estava concentrada observando cada cada detalhe de sua casa. As paredes brancas, os sofás de alguns tons variados de creme, as pinturas nas paredes, o corrimão de um tipo de madeira muito macia, o carpete... Até que avisto Vinnie encostado na bancada de sua cozinha, me observando.
Vou até ele e tento fazer minha melhor cara de quem está furioso.
—Por acaso a sua amiga se chama loja?—
—Não. Ela é a dona.—
— Você disse que ia pegar, não comprar!—
—Então ela ia me acusar de roubo.—
Dou um suspiro derrotada.
—Eu agradeço... - começo explicando. - Hm... A sua boa ação. O que eu quero dizer é que não precisava ter comprado tanta coisa. —paro de falar, me lembrando do preço absurdo. - E cara. Isso foi muito caro. - mostro o vestido.
—Bem, o que está feito está feito. Não precisa agradecer. - diz num tom afiado, depois ele suaviza sua expressão e me olha. - Aliás, ficou bom em você.
—Se eu não preciso agradecer você não precisa elogiar! - retruco.
Uma risada baixa escapa de seus lábios.
—Tudo bem. Não elogio mais. Você está com fome?
Penso em uma reposta ótima para dizer, mas não a digo. Ele me salvou e agora estou em sua casa, comprou roupas por que eu não tinha nada para vestir e agora está me oferecendo comida.
Espera só um minuto...
As coisas começam a fazer sentido e se encaixar na minha mente. Com o corpo começando a ficar trêmulo, dou alguns passos para trás e meu cérebro fica na defensiva.
— Qual o problema? - pergunta sem entender e um vestígio de preocupação toma seu rosto. Continuo mantendo a distância, o coração palpitando.
—Você fez tudo isso, como me salvar e comprar roupas por que acha que...? — o resto da pergunta fica entalada na minha garganta.
—Que o quê?—
—Acha que vai conseguir me comprar com isso? —engulo em seco. —Por que, se chegou mesmo a considerar uma coisa idiota dessas, está enganado! Eu não quero presentinhos ou o seu dinheiro! E não vou retribuir com nada que você queira! Entendeu?! - paro de falar quando ele faz um sinal com a mão. A diversão estampada em seu rosto.
—Ei! Eu não fiz isso esperando nada em troca! - diz com a voz tranquilizadora. - Pareço ser esse tipo de pessoa?
—Não sei. — respondo. - Mas ainda não te conheço! E não sei quais são suas intenções -Ele parece irritado já.
