Chapter 23

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Vinnie Hacker

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Vinnie Hacker

— Um homem! Ali! Não deixe ele me ver! —Alissa escondeu-se atrás de mim, completamente ofegante.

Olhei para onde seu dedo apontava. Não sabia bem o lugar em que estávamos, era muito confuso.

— O quê? — pergunto. — Não tem ninguém ali!

— Tem sim! Não deixe ele vir! Não deixe ele me ver! Me ajuda, me ajuda, Vinnie! — atrás de mim ela agarrou com tudo em minha camisa e não a soltou, molhando-a com suas lágrimas.

Puxo-a para a minha frente e lhe abraço.

— Escute, eu não vou deixar ninguém te machucar. — faço-a olhar para mim, limpando seu rosto. — Entendeu?

— Ele está atrás de você. — sem hesitar, me viro para ver o tal homem que tanto a assombra, o que me faz ficar paralisado de horror.

O homem era eu.

No mesmo instante em que venho para a realidade sinto um choque sobre o corpo e a cabeça ir a milhão.

— Mas que porra foi essa?! — resmungo quando a desorientação passa, sem escutar minha própria voz.

Só então percebo que o aparelho de som está ligado e que bebi, deve ter sido por isso que acabei adormecendo. Olho a hora e faltavam dez minutos para as cinco e meia.

Começo a pensar no sonho maluco de alguns momentos atrás, tentando achar algum significado razoável para ele, mas não encontro nenhum. Não sei por que, mas sinto uma tremenda vontade de ir ver como ela está.

Subo para o meu quarto e a encontro ainda no mesmo estado. Sento ao seu lado e, mais ou menos sem querer, minha mão encontra a sua. Deixo-a a lá por uma fração de segundo, depois a tiro, como se aquele simples toque tivesse me queimado.

— Que droga é essa que você está fazendo comigo?
— falo, limpando o suor do meu rosto. — Eu poderia fazer esses aparelhos pararem de funcionar agora mesmo... — brinquei.

Solto um suspiro resignado. Eu não ia acreditar em uma mentira que eu mesmo criara.

— Não sei quem tô tentando enganar. Não quero mais machucar você.

Me levanto e vou tomar banho. Saio e visto uma camiseta de cor vermelha escura e um blazer preto, com uma calça jeans manchada.

Quando estou descendo as escadas, ouço o toque abafado do meu celular. Eu o acho enterrado no sofá entre duas almofadas e atendo a ligação, sem prestar atenção para quem estava ligando.

— Fala. — falei sem muito entusiasmo.

— Boa tarde, Vincent. — conheci a maldita e asquerosa voz. — Onde estão seus modos, rapaz?

𝘋𝘢𝘳𝘬 𝘍𝘭𝘰𝘳𝘦𝘴𝘵 Onde histórias criam vida. Descubra agora