Capítulo 30 - A Prisão de Dumbledore e os Julgamentos

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Assim que Dumbledore saiu da sala, ela voltou à temperatura normal e Harry conseguiu se mover livremente novamente.

Harry se repreendeu mentalmente, Severus o alertou sobre essa fraqueza, mas ele o ignorou. Afastando esses pensamentos, ele correu até Tonks, mesmo sabendo que era tarde demais.

Ela se foi.

E com ela todo fragmento de humanidade que Harry vinha lutando para manter o controle foi eliminado. Tudo o que restou foi uma criatura enfurecida que foi levada longe demais.

Enquanto Harry segurava seu corpo sem vida, acariciando suavemente seu rosto, uma lembrança passou por sua mente.

Ele e Tonks rindo do berço de James, conversando sobre futuros irmãos e como eles seriam. Todos eles teriam a capacidade de mudar sua aparência? Todos eles teriam os presentes que Harry tinha?

Não haveria irmãos agora. Qualquer chance que Harry tivesse de ser pai de outros filhos morreu com Tonks. Seu filho cresceria sem mãe, sem irmãos e irmãs.

Harry engoliu as lágrimas e soltou um uivo de dor. Cada janela, cada pedaço de vidro da sala, se estilhaçou com o som triste da criatura enlutada. Harry enxugou as lágrimas que caíam de seus olhos e olhou para cima para ver Remus e Sirius parados protetoramente sobre ele.

- Ele terá uma morte lenta e dolorosa. - Prometeu Harry.

Remus assentiu.

- Vá, nós cuidaremos de Tonks.

Harry acenou com a cabeça e gentilmente colocou o corpo dela no chão antes de se levantar e seguir o rastro do diretor.

Parecia ter passado uma eternidade desde que o velho havia partido, mas na realidade foram apenas alguns minutos, e o velho bruxo não tinha a juventude ao seu lado. Harry permitiu que seus instintos naturais assumissem o controle e começou a perseguir sua presa, usando tanto o olfato quanto a audição para rastrear o caminho do bastardo.

Não demorou muito para ele alcançar o velho no caminho para os portões da frente e para o ponto de aparatação logo adiante.

Harry não se incomodou em avisar, ele simplesmente disparou um feitiço congelante no homem e o observou cair a poucos passos da segurança da fuga. Parecia quase decepcionante que o homem que Harry reverenciara quando criança fosse capturado com tanta facilidade.

Harry diminuiu o passo e caminhou até o velho bruxo e ficou de pé sobre ele. Dumbledore não conseguia se mover, mas Harry sabia que podia ouvir tudo o que tinha a dizer.

- Eu estava preparado para mostrar misericórdia a você, o que é mais do que você jamais fez por mim. - Harry cuspiu. - Mas agora você pagará por seus crimes com sangue. Você não receberá clemência. Você morrerá e será lento e doloroso. Mas você viverá o suficiente para ver tudo pelo que lutou tanto desmoronar. Cada mentira que você contou para ganhar poder será exposta. Cada ato egoísta será divulgado ao mundo inteiro e você entrará nos livros de história como o velho patético que é. Você machucou centenas de pessoas, criou uma guerra, apenas para alimentar seu próprio ego distorcido. Será mostrado que você é o tolo que é e então morrerá.

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Harry sabia que Dumbledore era um bruxo poderoso e perigoso, e por isso manteve o homem congelado durante todo o transporte de volta ao Castelo Noir e só o libertou quando ele estava dentro da cela especial preparada para ele. Tinha campos de amortecimento ao seu redor que impediam qualquer tipo de magia de ser realizada. Os homens de Draco foram colocados em alerta máximo e ninguém foi autorizado a chegar perto do prisioneiro sozinho. Quando lhe trouxeram as refeições, quatro homens foram juntos.

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