Eu posso sentir meu suor escorrendo pela minha coluna, nossas respirações descontroladas parecem se misturar enquanto nossas testas se tocam. Aos poucos meu corpo desliza sobre o seu comprimento com dificuldade, eu mordo os lábios e aperto meus dedos contra a sua pele enquanto tento me acostumar com a dor que a tempo eu não sentia. Cadu joga a cabeça para trás quando finalmente esteve completamente dentro de mim.
Juntos urramos de prazer.
Aos poucos eu me acostumei com a sensação de preenchimento e comecei a me movimentar sobre ele. Logo qualquer inibição foi embora e eu já rebolava com suas mãos conduzindo meu quadril. Ele enterrou o rosto no meu pescoço me fazendo delirar com os lábios em mim. O tempo se perdeu e só nós dois importávamos naquele momento. Sua mão encontrou a minha ereção e começou a me masturbar, então como se fossemos um só chegamos ao ápice do prazer.
Nossos corpos continuaram conectados enquanto tentávamos recuperar o folego depois de tanto êxtase. A única certeza que eu tinha nesse momento era de que algo incrível tinha tomado forma e que agora nós dois estamos ligados.
13/01/2019, 08:02
Av. Telles, Rio de Janeiro – RJ
601B
Os dias que se passaram a seguir foram os melhores que pude ter desde que toda a desgraça se colocou sobre mim. Cadu estava de férias do trabalho e eu não tinha grandes compromissos, então passamos a semana revezando entre nossos apartamentos. Ora dormíamos todos em sua casa, ora passávamos o dia no meu apartamento. O que importava era que estávamos unidos aproveitando essa bolha de felicidade que tinha se formando a nossa volta. Mas o meu maior medo é que ao sair dela tudo voltasse ao normal.
Cadu me tratava com muito carinho, o tempo todo buscava um toque ou um abraço, eu já tinha percebido que essa era sua linguagem de afeto. Me dizia coisas românticas e até fazia pequenos gestos como puxar a cadeira em que iria me sentar. É o retrato perfeito do homem apaixonado, mas será que tudo isso é real?
— O que nós dois somos? — perguntei a ele enquanto ainda curtíamos a preguiça da manhã deitados em sua cama.
— Como assim? Que pergunta é essa. — ele disse se esquivando.
— Você entendeu bem o que quis dizer. Que tipo de relacionamento nós temos? — eu perguntei novamente.
— Eu... não sei. — ele disse olhando no fundo dos meus olhos. — Só sei que esses últimos dias foram mais felizes do que tudo que aconteceu na minha vida no último ano e não quero que eles acabem.
— Mas eles vão acabar e teremos que encarar o mundo lá fora. — eu disse a ele. — E quando esse dia chegar o que diremos as pessoas?
— Eu não pensei muito nisso. — eu consegui ver as engrenagens girando em sua cabeça, não queria trazer essa preocupação nesse momento de felicidade, mas eram perguntas que precisavam de respostas se seguiríamos em frente com o que estava acontecendo.
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Desastres em Comum
RomanceA verdade é que todos nessa vida procuram o seu próprio final feliz, seja ele ter o emprego dos sonhos, a casa perfeita, uma família grande ou qualquer outra coisa que nos traga a felicidade. Para Ravi e Cadu essas metas já foram alcançadas, os dois...