SETE

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Jimena

Estou em uma sala com espelho duplo e um policial que parece ter acabado de sair do fundamental em minha frente. Isso foi uma denuncia e tem dedo do Pablo nisso, o coitado acha mesmo que vai me pegar assim.

- Senhora Ramírez, estamos aqui para esclarecer algumas coisas, esta sendo gravado e escrito.

- Claro, policial...- procuro algo que o identifique o nome dessa criança, alguma coisa Jones- Jones, sou a todo ouvidos.

- Bem senhora, o que dizer sobre a fazenda em nome do seu marido em Malta? Uma fazenda bem diferente.

- Não é uma fazenda, é uma propriedade de cultivo, sejamos diretos um com o outro- eu odeio como os americanos acham que são inteligentes, mas na verdade não passam de um bando de idiotas presunçosos.

- Uma propriedade de cultivo com grandes quantidades de plantação de Cannabis e de Papoula senhora, não é estranho?- ele me mostra uma pasta com fotos minhas, do Juan e de outras pessoas na propriedade.

- Não senhor Jones, perfeitamente normal, sou sócia de uma rede farmacêutica que produz medicamentos para hospitais- aponto para um homem na foto- Esse senhor é dono de um dos maiores hospitais oncológicos da Colômbia e opio, senhor Jones, é a base para vários remédios usados para tratar a dor causada pelo câncer e minha empresa tem licença para cultivar tanto a papoula quanto a Cannabis- esse policial esta me tirando do sério- Deseja mais alguma coisa?

- Não senhorita, vamos investigar melhor esse assunto e espero não me decepcionar- que pé no saco insuportável- Tem mais uma coisa sim senhora Ramírez, qual sua ligação com o Valentim Rojas? Entendo que ele seja um químico renomado, mas parece seu chaveiro e a boatos que o Rubem e você não se dão bem, porque o filho dele?- Estados Unidos da América, eu esperava mais dos policiais de vocês. Me levanto e aproximo dele.

- Não seja tolo Jones, meu sobrinho é ético e a vida pessoal dele não interessa a vocês- a tensão paira no ar, esse garoto acha que sou burra- Um químico tão bom quanto ele não podia estar em outro lugar.

Encontro com minha advogada no corredor, ela tem todos os papeis que provam o que eu disse e se o Pablo acha que vai me atingir assim esta completamente enganado.

- Lucia, quero que procurem o Pablo até no inferno se for preciso- quando saio vejo o Juan a ponto de ter um ataque sentado na cadeira da recepção- Vamos pra casa!

- Graças a Deus- ele me abraça- Que susto mãe, eu até imagino quem tenha feito isso e aquele filho da puta vai pagar caro por isso.

- Juanito, não fale isso aqui garoto- eu amo meu filho incondicionalmente, mas as vezes ele é bem impulsivo e fala as coisas sem pensar- Vamos pra casa, esse lugar me dá nojo.

- Senhorita Ramírez?- ouço a voz daquele projeto de policial- Esqueceu isso na sala de interrogatório- ele me entrega um anel em um saco de provas e com um sorriso enorme na cara, imbecil.

- Obrigada, não percebi que havia saído e- eu encarro o plástico- Precisava entregar no saco de provas?- ele apenas sorri.

- Não precisa agradecer, é o dever de um policial- que garotinho chato.

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Martina

Abro meus olhos lentamente, estou um pouco confusa e cansada. Me mexo um pouco e percebo que estou em um carro, quanto tempo eu dormi?

- Onde estou?- só assim percebo que minha cabeça esta apoiada no colo do Valentim.

A PROTEGIDA- UMA HISTÓRIA DE VINGANÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora