A PROTEGIDA- UMA HISTÓRIA DE VINGANÇA

SESSENTA E UM

Valentim

Os últimos dias tem sido os piores possíveis, passo parte do meu tempo trabalhando e procurando o Matias e o Adrian e mal tenho tempo de ver a Martina, o Junior e o Juan, o Rojas tem falando pouco e se distanciou de vez da Colômbia.

Uma coisa é fato, aquele velho é muito inteligente e ele sabe bem o que Alonso quer fazer e é melhor ficar longe dos olhos dele e fingir que tá tudo normalmente bem e no final descobrir cada passo imundo deles. Ector tem mandado vários pontos onde o Matias esteve ou esta e não me surpreende a trupe esta reunida em todos os tipos de eventos, infelizmente a Jimena não quis deixar eu ir até eles, segundo ela ainda é arriscado e a audiência já é na próxima semana.

Vou buscar a Martina, e levar pra ver a casa que aliás eu mandei limpar e tirar tudo que tinha de móveis e qualquer coisa que lembre o episódio com o Adrian. Quando chego no estacionamento da indústria, meu celular começa a vibrar no fundo da bolso, mas estou ocupado demais lendo a matéria sobre mim não conferência de química no fim do ano passado

"Algumas pessoas dizem que beleza e inteligência não se misturam, mas para o Valentim isso não é verdade"

Eles me fizeram algumas perguntas... Muitas perguntas sobre minha vida pessoal e publicaram todas as respostas

— o que você tem a dizer sobre o tráfico de drogas? Temos um número significativo na América Latina

— Nada. As piores drogas são legais, comi cigarros, álcool, analgésicos, antidepressivo e por aí vai

— como vai a vida de casado? Um empresário genial e importante, facilmente é alvo de matérias assim

— que eu saiba a minha vida pessoal não interfere em nada numa entrevista de trabalho.

Ainda bem que usei meu neurônio e não respondi, porque se eu tivesse dito alguma coisa naquele dia sobre a Martina com total certeza teria me arrependido. Meu celular ainda está vibrando no meu bolso e deve ser alguma coisa muito séria e quanto tirou do bolso, meu coração acelera: uma ligação do Camilo

— Alô?

— Valentim, venha rápido!— a voz dele é ansiosa e me preocupa um pouco— Juan abriu os olhos, ele saiu do coma

— Tem mais alguém ai?— a Camila foi visitar os sogros e volta no final da semana, Maribel esta trabalhando normalmente e quem fica em casa é só a Martina, a Elisa e as crianças. Entro no carro, quero ver Juanito

— Não senhor, Martina e Elisa saíram com a Jimena deve ter uns vinte minutos— ninguém fala nada comigo

— Estou indo

(...)

A sensação de pisar no solo e saber que meu amigo acordou é surreal, mal sai do helicóptero e saio feito um louco pra dentro da propriedade sorrindo com um idiota, pulo vários degraus de uma vez pra chegar mais rápido ao quarto e quando abro a porta vejo a medica e o Camilo ao lado dele, me aproximo.

— E ai cara?— estou com vontade de gritar e chorar de alegria por ele ter voltado. Ele não responde. Ele pode não voltar a andar e nem falar— Juanito, você consegue me ouvir³?— nada.

— Valentim, vamos lá fora— a médica me chama e vou. Passo a mão no rosto incrédulo pelo que tá acontecendo com ele

— Pelo amor de Deus... me fala... me fala— minha voz sai cortada pelo desespero— Que ele tá bem e que isso é só por um tempo