Martina
Não faço ideia de como reagir, porque agora somos definitivamente casados e temos que aparentar bem em publico.
- Para- ele segura minha mão e só então percebo que estou fazendo de novo, arrancando a pele em volta dos meus dedos- Não sofra por antecipação. Comprei uma casa ao lado da Jimena, não vamos pra lá agora e talvez nunca, se você e o Junior não quiserem.
- Você comprou uma casa?- ele acena que sim e continua olhando a estrada- Posso ver?- eu gosto de ver coisas novas, qualquer coisa que seja nova.
- Não confia no meu bom gosto?- ele dá um sorriso de lado.
- Confio, mas é bom verificar antes, pra não ter nenhuma surpresa.
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A casa está entre meio a propriedade da Jimena e do pai da Maribel. A casa é enorme e o terreno também, muito grande.
- Você não acha muito grande?- questiono.
- Não muito, eu gosto de liberdade e quanto maior o lugar que a gente mora, maior a liberdade- faz sentido- Vem- ele pega minha mão- Vamos ver em volta e depois lá dentro, mas já aviso que não tem mobília.
Como todas as casas desse lado, o lago fica no fundo, tem um deque coberto, uma área de jardim com umas mesas de xadrez e dama, tem arvores de um lado e do outro e formam um caminho para algum lugar.
- Onde esse caminho vai?
- Tem uma cabana lá em cima e uma escada com uma saída que dá na casa da Jimena.
- Típico de filme de terror- ele me encara com uma expressão engraçada- Que foi?
- Nada, vamos ver lá dentro- estamos caminhando de volta e ele tira o celular do bolso- Oh, o Juan quer saber onde estamos e que se não chegarmos em cinco minutos ele vai chamar a policia.
- Você é tão perigoso assim?
- Só pra quem merece- ele pisca.
- Então vamos, depois a gente olha lá dentro.
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Valentim
- Onde estamos indo?- ela pergunta. O Juan me disse pra seguir o endereço da mensagem e estou fazendo isso.
- Seguindo as ordens do Juan, se nós estivermos indo pra um ninho de cobras culpe ele- a Martina sorrindo é a coisa mais surreal do mundo.
- O Juan é um tonto- ela faz uma pausa- É incrível como em menos de um ano minha vida mudou totalmente.
- Isso é bom ou ruim?
- Depende...- ela encara a paisagem pela janela do carro- Em partes foi bom, mas na maioria foi ruim- ela continua arrancando a pele dos dedos.
- Para de fazer isso- seguro a mão dela, isso não deveria acontecer- O remédio não devia fazer efeito e te acalmar?
- Precisa de um tempo para o corpo acostumar.
- Tem um bom tempo que você esta tomando- eu não queria falar isso mas ela tá tendo uns comportamentos estranhos- Olha Martina, não leve a mal o que vou dizer, mas esse remédio faz com que você tenha comportamentos estranhos. Primeiro você se cortou com aquele pedaço de vidro e ontem o que você disse no lago...- foi um erro ter começado essa assunto, ela esta desconfortável e eu também.
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A PROTEGIDA- UMA HISTÓRIA DE VINGANÇA
FanficUma vez eu ouvi essa frase: O melhor modo de vingar-se de um inimigo é não se assemelhar a ele, ainda bem que me chamo Valentim e não fui eu quem disse isso, mas relaxem, não vou me assemelhar a eles... serei mil vezes pior.