Eu Quero Você De Volta...

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Eu suspiro, sabendo muito bem o que significa. — Você é muito rude. —
Eu tento parecer chocada e tenho sucesso. Será que ela não tem limites?Ela sorri para mim, divertida, e, em seguida, ela franze a testa.— Você parece muito descontraída nessas fotografias, Maiara. Eu não a vejo muitas vezes assim. O quê? Opa! Vamos mudar de assunto nessa conversa sobre não-conclusão lógica de brincalhona a séria. Eu ruborizo e olho para os meus dedos. Ela ergue a minha cabeça, e eu inalo fortemente no contato com seus longos dedos. — Eu quero que você relaxe comigo, — ela sussurra. Todo traço de humor já passou. Dentro de mim essa alegria agita novamente. Mas como isto pode ser? Nós temos problemas.— Você tem que parar de me intimidar se você quer isso, — eu disparo.— Você tem que aprender a se comunicar e me dizer como você se sente, — ela dispara de volta, com os olhos em chamas. Eu respiro fundo. — Marília, você me queria como uma submissa. É aí que reside o problema. É na definição de uma submissa, que mandou por e-mail para mim uma vez. — Eu paro, tentando lembrar as palavras. —Eu acho que os sinônimos eram. Eu cito,— compatível, flexível, passível, passiva, resignada, paciente, dócil, mansa, suave. Eu não deveria olhar para você. Não deveria falar
com você a menos que você me desse permissão para fazê-lo. O que você espera? — Eu sibilo para ela. Ela pisca, e sua carranca aprofunda enquanto eu continuo. — É muito confuso estar com você. Você não quer que eu a desafie, mas você gosta da minha ‘boca inteligente’. Você quer obediência, caso contrário, você pode me punir. Eu só não sei qual o caminho seguir quando estou com você.Ela aperta os olhos. — Bom ponto, como de costume, Srta. Carla. — Sua voz é frígida. — Vem, vamos comer.— Nós só estamos aqui a meia hora.— Você viu as fotos, você já falou com a menina. — Seu nome é Japinha.— Você falou com Japinha, a mulher que, a última vez que eu a vi, estava tentando empurrar a sua língua em sua boca relutante, enquanto você estava bêbada e passando mal, — ela rosna.— Ela nunca me bateu, — eu cuspi nela.
Marília fez uma cara feia para mim, a fúria emana de cada poro. — Isso é
um golpe baixo, Maiara, — ela sussurra ameaçadoramente. Eu fico passada, e Marília passa as mãos pelos cabelos, cheia de raiva mal contida. Eu a encaro de volta. — Eu vou levar você para comer alguma coisa. Você está desaparecendo na minha frente. Encontre a menina e diga adeus. — Por favor, podemos ficar mais tempo? — Não. Vamos agora. Diga adeus.Eu a encaro, com o meu sangue fervendo. Sra. Maldita Controle Doentio. Raiva é bom. Raiva é melhor do que lágrimas. Eu arrasto o meu olhar para longe dela e vou procurar Japinha. Ela está falando com um grupo de mulheres jovens. Eu fui em sua direção e para longe de Cinquenta Tons. Só porque ela me trouxe aqui, eu tenho que fazer como ela diz? Quem diabos ela pensa que é?As meninas estão penduradas em cada palavra de Japinha. Uma delas suspira quando me aproximo, sem dúvida reconhecendo-me dos retratos.
— Japinha. — Mai. Com licença, meninas. — Japinha sorri para elas e coloca o braço em volta de mim, e em algum nível eu estou divertida, Japinha está muito atraente, impressionando as meninas.
— Você parece zangada, — ela diz.
— Eu tenho que ir, — eu murmurar teimosamente. — Você acabou de chegar aqui. — Eu sei, mas Marília precisa voltar. As fotos estão fantásticas, Japinha, você é muito talentosa. Ela sorri. — Foi muito legal vê-la. Japinha me agarra, e me dá um abraço de urso, girando-me para que eu possa ver Marília em toda a galeria. Ela está chateada, e eu percebo que é porque eu estou nos braços de Japinha. Assim, em uma jogada muito calculista, eu envolvo meus braços ao redor do pescoço de Japinha. Eu acho que Marília está prestes a explodir. O seu olhar escurece a algo muito sinistro, e, lentamente, ela faz o seu caminho em direção a nós. — Obrigado pelo aviso sobre os meus retratos, — eu murmuro.— Merda. Desculpe, Mai. Eu devia ter lhe contado. Você gosta deles?— Umm... Eu não sei, — eu respondo com sinceridade, momentaneamente perco o equilíbrio por sua pergunta. — Bem, eles foram todos vendidos, então alguém gosta deles. Viu como isso é legal? Você é uma garota-propaganda. — Ela me abraça mais apertado ainda,enquanto Marília chega até nós, encarando-me agora, embora, felizmente, Japinha não vê.Japinha me libera. — Não suma, Mai. Oh, Sra. Mendonça, boa noite.—  muito impressionante. — Marília soa friamente educada. — Sinto muito, não podemos ficar mais tempo, mas precisamos voltar para Seattle. Maiara? — Ela salienta sutilmente e pega a minha mão enquanto faz isso.— Adeus, Japinha. Parabéns novamente. — Dou-lhe um beijo rápido na bochecha, e antes que eu perceba Marília me arrastar para fora do prédio. Eu sei que ela está fervendo de ira silenciosa,mas eu também.Ela olha rapidamente para cima e para baixo da rua então vai para a esquerda e de repente, me arrasta para um beco, abruptamente me empurrando contra a parede. Ela pega meu rosto entre suas mãos, forçando-me a olhar para cima em seus olhos ardentes e determinados.
Eu suspiro, e sua boca desce rapidamente. Ela está me beijando, violentamente. Resumidamente, um confronto de dentes, em seguida, sua língua entra na minha boca. O desejo explode como um Quatro de Julho em todo meu corpo, e eu estou beijando-a de volta, com todo fervor, enterrando minhas mãos em seus cabelos, puxando-a com força. Ela geme, um som baixo e sexy, vindo do fundo de sua garganta que ecoa através de mim, e sua mão se move para baixo do meu corpo puxando para cima a minha coxa, os dedos cavando em minha carne através do vestido ameixa.Eu derramo toda a angústia e sofrimento neste beijo, vinculando-a a mim, e neste momento uma paixão cega me atinge, ela está fazendo o mesmo, ela sente o mesmo.Ela interrompe o beijo, ofegante. Seus olhos estão iluminados com o. desejo, acendendo meu sangue já aquecido que está batendo no meu corpo. Minha boca está perto e eu tento sugar o precioso ar em meus pulmões. — Você. É. Minha. — ela rosna, enfatizando cada palavra. Ela se empurra para longe de mim e se curva, com as mãos sobre os joelhos, como se ela tivesse corrido uma maratona. —Pelo amor de Deus, Mai. Eu me inclino contra a parede, ofegante, tentando controlar a reação desenfreada no meu corpo, tentando encontrar o meu equilíbrio novamente. — Sinto muito, — eu sussurro, uma vez minha respiração voltou.— Você deveria sentir. Eu sei que você estava fazendo. Você quer aquela fotógrafa, Maiara? Ela, obviamente, tem sentimentos por você. Eu ruborizo e sacudo a cabeça. — Não. Ela é apenas uma amiga. — Passei toda a minha vida adulta tentando evitar qualquer emoção
extrema. Mas você... você desperta em mim sentimentos que são completamente alheios. É muito... — Ela franze a testa, agarrando cada palavra. —Inquietante.— Eu gosto de controle, Mai, e perto de você ele..., — ela destaca, o seu olhar intenso —... Evapora. — Ela acena a mão vagamente, em seguida, passa-a através de seu cabelo e dá um suspiro profundo. Ela aperta a minha mão.— Venha, nós precisamos conversar, e você precisa comer. Ela me leva para um restaurante, pequeno e intimo. —Este lugar vai ter que servir, —Marília resmunga. —Nós não temos muito tempo. O restaurante me parece muito bom. Cadeiras de madeira, toalhas de linho, e as paredes da mesma cor da sala de jogos de Marília, vermelho profundo, com pequenos espelhos colocados aleatoriamente, velas brancas e pequenos vasos de rosas brancas. Ella Fitzgerald canta suavemente no fundo, What is this thing called love? Muito romântico. O garçom nos leva a uma mesa para dois em uma pequena alcova, e eu me sento, apreensiva e imaginando o que ela vai dizer. —Nós não temos tempo, — Marília diz ao garçom enquanto nos sentamos. —Então, vamos querer bife de lombo de vaca mal passado, com molho béarnaise, se você tiver, batatas fritas e legumes verdes, o que o chefe tiver, e me traga a carta de vinhos. —Certamente, senhora. — O garçom foi embora, surpreendido com a eficiência de Marília, fria e calma. Marília colocou seu Blackberry na mesa. Caramba, eu não tenho uma escolha? —E se eu não gostar de bife? Ela suspira. —Não comece,Maiara.
—Eu não sou uma criança, Marília.
—Bem, então pare de agir como uma.Foi como se ela me desse uma tapa. Eu pisco para ela. Então é assim que será, uma conversa agitada e tensa, embora estamos em um ambiente muito romântico, mas certamente sem ‘corações e flores’. —Eu sou uma criança, porque eu não gosto de bife? — Eu murmuro tentando esconder minha dor.—Você, deliberadamente, me fez sentir ciúmes. É uma atitude infantil. Você não tem respeito pelos sentimentos da sau amiga, agindo daquela forma? —Marilia apertou os lábios em uma linha fina e estava com cara feia quando o garçom retornou com a carta de vinhos. Eu coro, eu não tinha pensado nisso. Pobre Japinha, eu certamente não quero encorajá-la. De repente, eu estou Marília tem razão, foi uma coisa impensada o que fiz. Ela olha para a lista de vinhos. —Você gostaria de escolher o vinho? Pergunta ela,erguendo as sobrancelhas para mim com expectativa, a arrogância em pessoa. Ela sabe que eu não sei nada sobre vinhos.—Você escolhe, — eu respondo, chateada, me sentindo castigada. —Dois copos de Barossa Valley Shiraz, por favor.—Er... nós só vendemos o vinho em garrafa, senhora. —Uma garrafa então, — Marília disparou. —Senhora. — Ele se retirou, subjugado, e eu não o culpo. Eu franzo o cenho para Cinquenta Tons. O que está acontecendo com ela? Oh, em algum lugar nas profundezas da minha psique, a minha deusa interior, provavelmente ainda sonolenta, se alonga e sorri. Ela esteve adormecida por um tempo.—Você está muito mal-humorada. Ela olha para mim, impassível. —Eu me pergunto por que será? —Bom, seria bom escolher o tom adequado para uma discussão animada e honesta sobre o futuro, não acha?— Eu sorrio para ela docemente. Pressiona sua boca em uma linha dura, mas depois, quase a contragosto, eleva os lábios, e eu sei que ela está tentando abafar o seu sorriso. —Sinto muito, — diz ela.Desculpas aceitas, e tenho o prazer de informá-la que eu não estou decidida a me tornar uma vegetariana desde a última vez que comi. —A última vez que você comeu, eu acho que isso já é um ponto discutível.
—Oh não, essa palavra de novo, discutível.—Discutível, — sua boca e seus olhos suavizam com humor. Ela passa a mão pelos cabelos, e ela está séria de novo. —Mai, a última vez que conversamos, você me deixou. Estou um pouco nervosa. Eu disse a você, eu quero você de volta,e você não disse... nada. — Seu olhar é intenso e cheio de expectativa, sua franqueza é totalmente desarmante. O que diabos eu falo sobre isso? —Eu senti sua falta... realmente, senti sua falta, Marília. Os últimos dias têm sido... difíceis. — Eu engulo, e um nó na minha garganta se forma, quando eu recordo da minha desesperada angústia porque eu a deixei. Esta última semana foi a pior da minha vida, a dor que eu senti é quase indescritível. Nada se compara com isso. Mas a realidade me atinge novamente, sinto-a me envolve.—Nada mudou. Eu não posso ser o que você quer que eu seja. —Eu consigo exprimir estas palavras após o nó na garganta. —Você é o do jeito que eu quero que seja, — diz ela, sua voz é suave e enfática. —Não, Marília, eu não sou.—Você está chateada por causa do que aconteceu na última vez. Eu me comportei de forma estúpida, e você... bem e você. Por que não usou a palavra de segurança, Maiara? — Ela muda o tom, tornando-se acusadora. O quê? Nossa que mudança de direção. Eu ruborizo, piscando para ela. —Responda-me. —Eu não sei. Fiquei muito sobrecarregada. Eu estava tentando ser o que você queria que eu fosse, tentando lidar com a dor, e a palavra saiu da minha mente. Você sabe... Esqueci-me, —eu sussurro envergonhada, encolhendo os ombros apologeticamente. Puxa, talvez pudéssemos ter evitado toda essa mágoa. —Você se esqueceu! — Ela suspirou com horror, olhou para os lados da mesa e voltou-se para mim. Eu murcho sob seu olhar. Merda! Ela está furiosa novamente. Minha deusa interior olha para mim, também. Veja, você é responsável por esta situação! —Como posso confiar em você? — Diz ela,em voz baixa.—Sempre?O garçom chega com o nosso vinho, enquanto nós estamos olhando uma para o outra, olhos castanhos para cinza. Nós duas estamos cheias de recriminações não ditas, enquanto o garçom retira a rolha com um floreio desnecessário e despeja um pouco de vinho no copo de Marília. Automaticamente Marília alcança e toma um gole.—Isso é bom. — Sua voz é concisa. Cautelosamente o garçom enche nossos copos, colocando a garrafa sobre a mesa antes de bater em Marília não tirou os olhos de mim o tempo todo. Eu sou a primeira a quebrar o contato visual, pegando meu copo e tomando um grande gole. Eu mal sinto o gosto. —Sinto muito, — eu sussurro, de repente, nos sentimos estúpidas.Saí porque eu achei que éramos incompatíveis, mas ela está dizendo que eu poderia tê-la detida?Desculpa, por quê? —Diz ela alarmada.—Por não usar a palavra de segurança. Ela fecha os olhos, como se ficasse aliviada.—Poderíamos ter evitado todo esse sofrimento, — ela resmunga. —Você parece bem. — Mais do que bem. Você se parece com você.—As aparências podem ser enganosas, — diz ela calmamente. —Eu não estou nada bem. Eu sinto que o sol se pôs e não pode subir durante cinco dias, Mai. Eu estou em uma noite perpétua. Estou sem fôlego com a sua admissão. Oh meu Deus, como eu.—Você disse que nunca iria embora, mas as coisas ficaram difíceis e você saiu caiu fora. —Quando eu disse que nunca iria embora? —Em seu sono. Foi a coisa mais reconfortante que eu ouvi em muito tempo,Maiara. Isso me fez relaxar. Meu coração aperta e eu pego o meu vinho.—Você disse que me amava,— ela sussurra. —E agora é passado? — Sua voz é baixa, cheia de ansiedade. —Não, Marília, não é.Ela olha para mim, e ela parece tão vulnerável quanto ela exala. —Bom, —ela murmura.Estou chocada com a sua admissão. Ela teve uma mudança no coração. Quando eu disse a ela que o amava, ela ficou horrorizada. O garçom está de volta. Rapidamente ela coloca os pratos na nossa frente e vigia à distância.Santo inferno. Comida.—Coma, —Marilia comanda.No fundo eu sei que eu estou com fome, mas agora, meu estômago deu um nó. Sentada em frente a única que eu já amei, debatendo o nosso futuro incerto, não promove um apetite saudável. Eu olho com dúvida para minha comida.—Que Deus me ajude, Maiara, se você não comer, eu vou botá-la nos meus joelhos, aqui neste restaurante, e isso não tem nada a ver com a minha satisfação sexual. Coma! Jesus, se acalme Marília. Meu subconsciente olha para mim sobre seus óculos de meia-lua. Ela está inteiramente de acordo com Cinquenta Tons. —Ok, eu vou comer. Mantenha sua palma da mão recolhida, por favor. Ela não sorri, mas continua a me encarar. Relutantemente eu elevo meu garfo e faca e corto a minha carne. Ah, isto está bom, de dar água na boca. Eu estou com fome, muita fome. Eu mastigo e ela relaxa visivelmente. Nós comemos o jantar em silêncio. A música mudou. Uma mulher de voz suave canta ao fundo, suas palavras ecoando em meus pensamentos. Olho para Cinquenta Tons. Ela está comendo e me observando. Fome, desejo e ansiedade, combinados em um olhar quente.—Você sabe quem está cantando?— Eu tento ter alguma conversa normal.Marilia faz uma pausa e escuta. —Não... mas ela é boa, quem quer que seja.—Eu gosto dela também. Finalmente, ela sorri seu sorriso particularmente enigmático. O que ela está planejando?—O quê? — Eu pergunto. Ela balança a cabeça. —Coma, — ela diz suavemente. Eu comi metade da comida no meu prato. E não posso comer mais nada. Como posso negociar isso? —Não consigo mais. Eu não comi o suficiente, senhora?Ela me olha impassível, não respondendo, em seguida, olha para o relógio. —Estou muito cheia, — eu acrescento, tomando um gole do vinho delicioso. —Temos que ir logo. Taylor está aqui, e você tem que ir para o trabalho no período da manhã.—Você também. —Eu funciono com muito menos sono do que você, Maiara. Pelo menos você comeu alguma coisa.—Não vamos voltar no Charlie Tango? —Não, eu pensei que eu poderia tomar um drinque. Taylor virá nos recolher. Além disso, esta é uma forma que eu tenho de estar com você no carro, só para mim por algumas horas, pelo menos.O que podemos fazer, além de falar? Oh, esse é o seu plano.Marilia chama o garçom para pedir a conta, em seguida, pega seu Blackberry e faz uma chamada. —Estamos no Le Picotin, Terceira Avenida South West. — Ela desliga.Caramba, ela é seca por telefone. —Você é muito rude com Taylor, de fato, com a maioria das pessoas.—Apenas falei diretamente, Maiara.—Você não falou diretamente está tarde. Nada mudou, Marília. Tenho uma proposta para você. —Isso tudo começou com uma proposta. —É uma proposta diferente. O garçom volta e Marília lhe entrega o seu cartão de crédito, sem verificar a conta. Ela olha para mim de forma especulativa, enquanto o garçom pega o seu cartão. O telefone de Marília vibra uma vez, e ela olha para ele. Elea tem uma proposta? E agora? Um par de cenários percorrem a minha mente: sequestro, trabalhar para ela. Não, nada faz Marília acaba de pagar. —Venha. Taylor está lá fora. Nós levantamos e ela pega a minha mão. —Eu não quero perder você, Maiara. — Ela beija meus dedos carinhosamente, e o toque de seus lábios na minha pele ressoa por todo meu corpo. Lá fora, o Audi está Marília abre a minha porta. Entrando, eu afundo no couro macio. Ela vai para o lado do motorista, Taylor sai do carro e eles falam brevemente. Este não é o seu protocolo habitual. Estou curiosa. O que eles estão falando? Momentos depois, ambos entram no carro, e eu olho para Marília que está vestindo seu rosto impassível, quando ela olha para frente. Permito-me um breve momento para analisar o seu divino perfil: nariz reto, lábios carnudos esculpidos, cabelo caindo deliciosamente sobre a testa.Esta mulher divina não é, certamente, para mim. Uma música suave se infiltra na parte traseira do carro, uma peça orquestral que eu não conheço, Taylor liga o carro e o conduz para o tráfego leve, em direção à I-5 e Marília se move e me encara. —Como eu estava dizendo, Maiara, eu tenho uma proposta para você. Olho nervosamente para Taylor. —Taylor não pode ouvir, — tranquiliza-me Marília. —Como?
—Taylor, —Marilia chama. Taylor não responde. Ela chama de novo, ainda sem resposta. Marília se inclina e toca seu ombro. Taylor remove um protetor da orelha. Eu não tinha notado isso. —Sim, senhora Obrigado, Taylor. Tudo bem, retome a sua escuta. —Senhora. —Feliz agora? Ela está ouvindo seu iPod. Puccini. Esqueça que ele está aqui. Eu esqueço.—Será que você deliberadamente pediu para ele fazer isso?—Sim.Oh. —Ok, sua proposta? Marília se vê repentinamente determinada e metódica. Puta merda. Estamos negociando um acordo. Eu escuto com atenção.—Deixe-me lhe perguntar algo primeiro. Você quer uma relação baunilha regular, sem nenhuma foda depravada a final? Minha boca cai.
—Foda depravada? — Eu chio.—Foda depravada. —Eu não posso acreditar que você disse isso.— Olho nervosamente para Taylor.

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