Sawyer fala em sua manga novamente.
— Taylor, Sra. Mendonça entrou no apartamento. — Ele recua e pega o fone de ouvido, puxando-o para fora de sua orelha, provavelmente recebendo alguns insultos poderosos de Taylor.Oh não, se Taylor está preocupado. . .
— Por favor, deixe-me entrar. — Eu imploro.— Desculpe senhorita Carla. Isto não vai demorar muito. — Sawyer tinha as duas mãos em um gesto defensivo. — Taylor e sua equipe estão entrando no
apartamento agora.Oh. Eu me sinto tão impotente. Parada e imóvel, eu espero avidamente pelo menor ruído, mas tudo o que ouço é minha respiração. É alta e rasa, sinto meu couro cabeludo se arrepiar, minha boca esta seca, e eu me sinto fraca. Por favor, Marília esteja bem, eu oro em silêncio.Eu não tenho ideia de quanto tempo passou, e ainda não ouvimos nada. Certamente, nenhum som é bom, pois não há tiros. Eu começo a andar ao redor da mesa na casa e examino as pinturas nas paredes para me distrair. Eu realmente nunca olhei para elas antes. Todas as pinturas figurativas, todas religiosas, a Madonna e a criança, todos os 16. O quão raro é isso? Todos os quadros na sala grande são
abstratas. Estas são tão diferentes. Elas não me distraem por muito tempo. -Onde está Marília? Eu olho para Sawyer e ele me observa impassível.— O que está acontecendo? — Sem notícias, Srta. Carla.De repente, a maçaneta se moveu. Sawyer gira e pega uma arma do coldre em seu ombro. Eu Marília aparece na porta.— Tudo certo. — Ela diz, franzindo a testa para Sawyer, que coloca a arma
imediatamente e recua para trás para me deixar entrar. — Taylor está exagerando. — Marília resmunga enquanto estende a mão para mim. Eu fico o olhando boquiaberta, incapaz de me mover, devorando cada pequeno detalhe. Seu cabelo rebelde, seus olhos apertados, a mandíbula tensa, os dois primeiros botões de sua camisa desfeita. Acho que ela envelheceu dez anos. Marília ficou carrancuda ante a minha preocupação, seus olhos escuros.— Está tudo bem, baby. — Ela se move em minha direção, envolvendo-me em seus braços, e beijando meu cabelo. — Vamos lá, você está cansada. Cama.— Eu estava tão preocupada. — Murmurei contente com seu abraço e inalando seu cheiro doce, com minha cabeça contra seu peito.
— Eu sei. Estamos todos nervosos.
Sawyer desapareceu, provavelmente foi para o interior do apartamento.— Honestamente, suas ex-namoradas estão provando ser muito desafiadoras, Sra. Mendonça. —Eu murmuro ironicamente. Marília relaxa.— Sim. Elas estão.
Ela me libera e toma minha mão, me leva pelo corredor ao quarto grande.
— Taylor e sua equipe estão verificando todos os armários. Eu não acho que ela está aqui.— Por que ela estaria aqui? — Não faz nenhum sentido.— Exatamente.
— Ela poderia entrar? — Eu não vejo como. Mas Taylor é cauteloso demais, às vezes. — Você já procurou no seu quarto de brinquedos? — Eu sussurro.Marília olha rapidamente para mim com a testa enrugada. — Sim, ele é bloqueado, mas Taylor e eu verificamos.Eu respiro profundamente.— Você quer uma bebida ou qualquer coisa? — Marília pergunta.
— Não. — A fadiga percorre meu corpo, eu só quero ir para a cama.— Venha. Deixe-me colocá-la na cama. Você parece exausta. — A expressão de Marília abranda. Eu franzo a testa. Ela não está vindo também? Será que ela quer dormir sozinha? Fico aliviada quando ela me leva para seu quarto. Eu coloco minha bolsa na cômoda e abro para esvaziar o conteúdo. Olho a nota da Sra. Robinson.
— Aqui. — Eu passo para Christian. — Eu não sei se você quer ler isso. Eu quero ignorá-lo.Marília verifica brevemente apertando sua mandíbula.— Eu não tenho certeza de que ela possa preencher os espaços em branco.
— Ela diz com desdém. — Eu preciso falar com Taylor. — Ela olha para mim. — Deixe-me abrir seu vestido.
— Você vai chamar a polícia sobre o carro? — Eu pergunto enquanto me virava. Ele coloca meu cabelo de lado, passa os dedos suavemente nas minhas costas nuas, e puxa o meu zíper para baixo. — Não. Eu não quero os policiais envolvidos. Leila precisa de ajuda, não da intervenção da polícia, e eu não quero eles aqui.Nós apenas temos que redobrar os nossos esforços para encontrá-la. — Ela se inclina e planta um beijo suave no meu ombro.— Vá para a cama. — Ela ordena e se vai.Eu fico olhando para o teto, esperando ela retornar. Tanta coisa aconteceu hoje, tanto para processar. Por onde começar? Eu acordo assustada e desorientada. Eu dormi? Piscando para a luz fraca do corredor eu olho através da porta do quarto entreaberto, e noto que Marília não esta comigo. Onde ela está? Olho para cima. No pé da cama vejo uma sombra. Uma mulher, talvez? Vestida de preto? É difícil de dizer. No meu estado confuso, eu ligo a luz da cabeceira, em seguida, volto a olhar, mas não havia ninguém lá. Sacudo a cabeça. Eu imaginei? Sonhei? Sento-me e olho ao redor da sala, um mal-estar vago e traiçoeiro me agarra, mas eu estava completamente sozinha. Esfrego meu rosto. Que horas são? Onde está Marília? O alarme diz que é duas e quinze da manhã. Saio meio grogue da cama e vou procura-la, desconcertada com minha imaginação hiperativa. Eu estou vendo coisas agora. Deve ser uma reação aos acontecimentos dramáticos da noite.A sala principal estava vazia, a única luz que emanava era das três lâmpadas em forma de pêndulo acima da mesa de café da manhã. Mas a porta esta entreaberta, e a ouço no telefone.— Eu não sei por que você está ligando a esta hora. Não tenho nada a dizer. . . Bem, você pode me dizer agora. Você não tem que deixar uma mensagem. Eu fico imóvel atrás da porta. Com quem ela está falando?
— Não, escute. Eu lhe pedi, e agora eu estou lhe dizendo. Deixe-a sozinha. Ela não tem nada a ver com você. Você entendeu?Ela soa agressiva e irritada. Eu hesito em bater. — Eu sei o que você faz. Mas quero dizer, Elena, deixe-a em paz! Preciso dizer pela terceira vez? Você está me ouvindo?... Bom. Boa noite. — Ela bate o telefone na mesa. Oh merda. Eu bato provisoriamente na porta. — O quê? — Ela rosna, e eu quase quero correr e me esconder. Ela se senta em sua mesa com a cabeça entre as mãos. Ela olha para cima, sua expressão feroz, mas seu rosto suaviza imediatamente quando ela me vê. Seus olhos estão arregalados e cautelosos. De repente, ela parece tão cansado e meu coração aperta.Ela pisca, e seus olhos descem para minhas pernas e logo retoma para cima. Eu estou vestindo uma de suas camisetas.— Você deve vestir cetim ou seda, Maiara. — Ela respira. — Mas, mesmo na minha camiseta você está linda. Oh, um elogio inesperado.
— Senti sua falta. Venha para a cama.
Ela sai lentamente da cadeira ainda na sua camisa branca e calça preta. Mas agora seus olhos estão brilhando e cheio de promessas. . . Mas há um traço de tristeza, também. Ela está na minha frente, olhando atentamente, mas não me toca.— Você sabe o que você significa para mim? — Ela murmura. — Se alguma coisa acontecer com você, por minha causa. . . — Sua voz tensa e suas sobrancelhas se contraem, e deixa transparecer a dor que atravessa seu rosto e se torna quase palpável. Ela parece tão vulnerável, seu medo muito aparente. — Nada vai acontecer comigo. — Eu lhe tranquilizo, com minha voz calma. Eu chego e acaricio seu rosto, correndo os dedos através de seus lábios. É inesperadamente suave. — Eu sussurro incapaz de esconder o encantamento da minha voz a esta bela mulher linda que está diante de mim. Traço a linha de seu lábio inferior, em seguida, arrasto meus dedos em sua garganta, até a mancha de batom fraco na base do pescoço. Ela olha para mim, ainda não me tocando, seus lábios se separaram. Eu corro o meu dedo indicador ao longo dessa linha, e ela fecha os olhos. Sua suave respiração se acelera. Meus dedos alcançam a borda de sua camisa, até chegar ao botão apertado da sua blusa.— Eu não vou tocar em você. Eu só quero desfazer sua camisa. — Eu sussurro. Seus olhos arregalados me olham com alarme. Mas ela não se move, e não me impede. Muito lentamente eu solto o botão, segurando o material longe de sua pele, e movo provisoriamente o botão para o lado, repetindo o processo lentamente,
concentrando-me no que estou fazendo. Eu não quero tocá-la. Bem, eu quero. . . Mas não vou. No quarto botão, reaparece uma linha vermelha, e eu sorrio timidamente para ela. — De volta ao território familiar. — Eu traço a linha com os meus dedos antes de desfazer o último botão. Abro sua camisa e me movo para seus punhos, tirando as negras abotoaduras de pedra polida, uma por vez. — Posso tirar sua camisa? — Eu peço. Minha voz baixa. Ela acena com a cabeça,os olhos ainda arregalados, enquanto eu alcanço e puxo sua camisa sobre os ombros. Ela libera as mãos, ficando nu na minha frente, da cintura para cima. Com sua camisa tirada, ela parece recuperar o seu equilíbrio. Ela sorriu para mim. — E minhas calças, Srta. Carla? — Ela pergunta, levantando uma sobrancelha. — No quarto de dormir. Eu quero você na cama. — Você quer agora? Srta. Carla, você é insaciável. — Eu não posso imaginar o por que. — Eu agarro sua mão, tirando-a de seu estudo, e a levo para seu quarto. O quarto está frio. — Você abriu a porta da varanda? — Ela pergunta, franzindo a testa para mim quando chegamos a seu quarto. — Não. — Eu não me lembro de fazer isso. Lembro-me de olhar por todo o quarto quando eu acordei e a porta estava definitivamente fechada. Oh merda. . . Todo o sangue sumiu do meu rosto, e eu olho para Marília com a minha boca ficando aberta.
— O quê? — Ela parou me encarando.
— Quando eu acordei. . . Havia alguém aqui. — Eu sussurrei. — Eu pensei que fosse minha imaginação. — O quê? — Ela olha horrorizada e corre para a porta da varanda, olha lá fora, e então volta para dentro do quarto e tranca a porta atrás dela. — Você tem certeza? Quem? — Ela perguntou com voz firme. — Uma mulher, eu acho. Estava escuro. Eu tinha acabado de acordar. — Se vista. — Ela rosna pra mim no seu caminho de volta. — Agora! — Minhas roupas estão lá em cima. — Eu choramingo. Ela abre uma das gavetas e puxa um par de calças de moletom.— Coloque estas. — Elas eram muito grandes, mas eu não quis discutir com ela. Ela tira uma camiseta também, e rapidamente puxou-a sobre sua cabeça. Agarrando o telefone da cabeceira, aperta dois botões. — Ela ainda está aqui, porra. — Ela sussurra ao telefone.
Aproximadamente três segundos depois, Taylor e um dos caras da segurança, entram no quarto de Marília. Ela fala brevemente o que aconteceu. — Quanto tempo atrás? — Questiona Taylor, me encarando todo profissional. Ele ainda estava usando sua jaqueta. Será que este homem nunca dorme? — Cerca de dez minutos. — Eu murmuro por algum motivo me sinto culpada. — Ela conhece o apartamento como a palma de sua mão. — Diz Marília. — Eu estou levando Maiara a para fora agora. Ela está se escondendo aqui em algum lugar. Encontre-a. Quando Gail voltará?— Amanhã à noite, senhora. — Ela não vai voltar até que este lugar esteja seguro. Entendeu? — Sim, senhor. Você irá para Bellevue? — Eu não vou levar este problema para os meus pais. Reserve-me algum lugar. — Sim. Eu te ligo. — Não estamos todos exagerando um pouco? — Eu pergunto. Marília me olha furiosa. — Ela pode ter uma arma. — Ela rosna. — Marília, ela estava de pé no final da cama. Ela poderia ter atirado em mim, se era isso que ela queria fazer. Marilia faz uma pausa por um momento para conter seu temperamento, eu acho. Com uma voz ameaçadoramente suave ela diz: — Eu não estou preparada para assumir o risco. Taylor, Maiara precisa de sapatos. Marília desaparece em seu armário enquanto o cara da segurança me observava. Eu não consigo lembrar seu nome, Ryan talvez. Ele olha alternadamente para o hall e as janelas de sacada. Marília surge um par de minutos mais tarde, com uma bolsa de couro, vestindo jeans e blazer listrado. Ela coloca uma jaqueta jeans em torno de meus ombros.— Venha. — Ela aperta minha mão com força, e eu tive que praticamente correr para acompanhar seus passos largos para o quarto grande. — Eu não posso acreditar que ela poderia se esconder em algum lugar
aqui. — Eu resmungo, olhando para as portas da varanda. — É um lugar grande. Você não viu tudo ainda. — Por que você não liga para ela. . . Diga-lhe que quero falar com ela? — Maiara, ela é instável, e ela pode estar armada. — Ela disse, irritada. — Então nós só vamos fugir? — Por enquanto, sim.— Supondo que ela tente atirar em Taylor?
— Taylor sabe e entende de armas. — Ela diz com desgosto. — Ele é mais rápido com uma arma que ela. — Ray esteve no exército. Ele me ensinou a atirar. Marilia levanta as sobrancelhas e por um momento parece totalmente confusa. — Você, com uma arma?— Ela disse, incrédula. — Sim. — Eu fico ofendida. — Eu posso atirar Sra. Mendonça, então é melhor você tomar cuidado. Não é apenas com sua ex-louca que você precisa se preocupar. — Eu vou ter isso em mente, Srta. Carla. — Ela responde secamente, divertida, e é bom saber que mesmo nesta situação ridiculamente tensa, posso fazê-la sorrir. Taylor nos encontra no hall de entrada e me entrega minha pequena mala e minhas sapatilhas negras. Eu estou surpresa por ele ter embalado algumas roupas. Eu sorrio para ele timidamente com gratidão, e ele me devolve um sorriso rápido e tranquilizador. Antes que eu consiga me parar, eu o abraço, e ele tomado pela surpresa fica corado em ambas as faces. — Tenha cuidado. — Murmuro. — Sim, senhorita Srta. Carla
— Resmungou. Carrancudo Marília olha para mim e depois olha interrogativamente para Taylor, que sorri muito pouco e ajusta a gravata. — Deixe-me saber onde estou indo. — Marília diz. Taylor enfiou a mão no casaco, tira a carteira, e coloca nas mãos de Marília um cartão de crédito. — Você pode querer usar isso quando chegar lá. Marília concorda. — Boa ideia. Ryan se junta a nós. — Sawyer e Reynolds não encontraram nada. — Ele disse para Taylor.— Acompanhe Mendonça e a Srta. Carla para a garagem. — Ordenou Taylor. A garagem esta deserta. Bem, é quase três da manhã. Marília me introduz no banco de passageiro do R8 e coloca meu estojo e sua bolsa no porta- malas na frente do carro. O Audi ao nosso lado está uma bagunça, pneus
cortados, tinta branca espalhada por todo ele. É arrepiante e fico grata que
Marília esta me levando para outro lugar. — O substituto chegará à segunda-feira. — Marília diz friamente enquanto se senta ao meu lado.menezvitoria vou tentar te compensar pelo atraso gatinha, desculpa a demora e obgd pelo carinho 😘
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Cinquenta Tons Mais Escuros 🔥
FanfictionAssustada com os segredos obscuros da bela e atormentada Marília Mendonça, Maiara Carla põe um ponto final em seu relacionamento com a jovem empresária e concentra-se em sua nova carreira, numa editora de livros. Mas o desejo por Mendonça domina ca...