— Porque eu posso, Maiara.Eu preciso que esteja segura.— Mas você disse que não iria interferir na minha carreira!— E eu não vou.Eu arrebato a minha mão da dela.— Marília... Faltam-me palavras.— Você está brava comigo?— Sim. Claro que estou brava com você. —Eu estou fervendo. — Quero dizer, que tipo de executiva de negócios responsável, toma decisões com base com quem ela está transando? — Eu empalideço e olho nervosamente mais uma vez para Taylor que está nos ignorando estoicamente. Merda. Que hora para eu falar sem pensar. Maiara! Meu subconsciente olha pra mim.Marília abre a boca e em seguida a fecha novamente e faz uma carranca
para mim. Eu a encaro. A atmosfera no carro mergulha de quente com o
reencontro doce, para gelado com palavras não ditas e potenciais recriminações, enquanto nós damos olhares ameaçadores uma para a outra.Felizmente, a nossa viagem de carro desconfortável não dura muito tempo, e Taylor estaciona na frente do meu apartamento.Eu trato de sair do carro rapidamente,não fico esperando que alguém abra a porta. Eu ouço Marília murmurar para Taylor, — Eu acho que é melhor você esperar aqui.Eu o sinto de pé atrás de mim, enquanto eu me esforço para encontrar as chaves da porta da frente na minha bolsa.— Maiara, — Ela diz calmamente como se eu fosse um animal selvagem encurralado.
Eu suspiro e volto-me para enfrentá-la. Eu estou tão brava com ela, minha raiva é palpável, que estou quase sufocando.— Primeiro, eu não fodi você por um tempo, pelo que me parece foi por um longo tempo, e segundo, eu queria entrar no ramo de publicações. Das quatro empresas em Seattle, a SIP é a mais rentável, mas está no limite e isso vai estagnar, precisa diversificar.Olho para ela friamente.Seus olhos são tão intensos, mesmo ameaçadores,mas são sexy como o inferno. Eu poderia me perder em suas profundezas de aço.— Então você é minha chefe agora, —eu disparo.— Tecnicamente, eu sou a chefe do chefe de seu chefe.— E, tecnicamente, é assedio sexual o fato de que estou fodendo o chefe do
chefe do meu chefe.— No momento, você está discutindo com ela. — Marília faz uma carranca.— Isso é porque ela é uma pé no saco, — Eu assobio.Marília recua, atordoado com a surpresa. Oh merda. Será que fui longe demais?— Uma pé no saco? — Ela murmura, sua expressão muda para divertida.Porra! Eu estou zangada com você, não me faça rir!
— Sim — Eu luto para manter meu olhar de indignação moral.— Uma pé no saco? — Marília diz novamente. Desta vez, seus lábios se contorcem com um sorriso reprimido.— Não me faça rir quando estou com raiva de você! — Eu grito.E ela sorri, um sorriso deslumbrante, cheio de dentes, sorriso de toda garota americana, e eu não posso ajudá-la. Eu estou sorrindo e rindo, também.
Como eu poderia não ser afetada pela alegria que eu vejo em seu sorriso?
— Só porque eu tenho um maldito sorriso estúpido no meu rosto, não
significa que eu não esteja louca como o inferno com você, — eu murmuro
ofegante, tentando reprimir o meu riso de líder de torcida da escola. Embora eu nunca tenha sido uma líder de torcida, o pensamento amargo atravessa minha mente.
Ela se inclina, e eu acho que ela vai me beijar, mas ela não faz. Ela fuça
meu cabelo e inala profundamente.
— Como sempre, Srta. Carla, você é inesperada. — Ela se inclina para trás e olha para mim, seus olhos dançando com humor. — Então você vai me convidar para entrar, ou eu vou ter que arrumar um jeito de exercer o meu direito democrático como uma cidadan americana, empresária e consumidora, e comprar tudo o que eu bem entender? — Você falou com o Dr. Flynn sobre isso? Ela ri.— Você vai me deixar entrar ou não, Maiara? Eu tento dar um olhar relutante, mordendo meu lábio, mas estou sorrindo quando abro a porta. Marília se volta e acena para Taylor, e o Audi se afasta.É estranho ter Marília Mendonça no apartamento. O lugar parece pequeno demais para ela.
Eu ainda estou brava com ela, sua perseguição não conhece limites, e
compreendi que foi assim que ela soube sobre os e-mails serem monitorados na SIP. Ela provavelmente sabe mais sobre a SIP do que eu. O pensamento é desagradável. O que posso fazer? Por que ela tem essa necessidade de me manter segura? Eu sou uma garota crescida, pelo amor de Deus. O que posso fazer para tranquilizá-la?
Eu olho para seu rosto bonito enquanto ela passeia pela sala como um predador enjaulado e aumenta a minha raiva. Vendo-a aqui no meu espaço, quando pensava que tivéssemos acabados, é comovente. Mais do que comovente, eu a amo, e meu coração incha com uma euforia nervosa e inebriante. Ela olha ao
redor, avaliando seu entorno.
— Lugar legal, — diz ela.— Os pais de Maraisa compraram para ela.Ela acena com a cabeça distraidamente, e seus olhos cinzentos ousados se
voltam para mim.— Er... gostaria de uma bebida? — Eu murmuro,corando de nervosa.— Não, obrigado, Maiara a. — Seus olhos escurecem.Oh droga. Por que estou tão nervosa?— O que você gostaria de fazer, Maiara? — Ela pergunta baixinho, enquanto ele caminha na minha direção, toda selvagem e quente. —Eu sei o que eu quero fazer, — acrescenta ela em voz baixa.Eu retrocedo até bater contra a ilha concreta da cozinha. — Eu ainda estou brava com você.— Eu sei. — Ela sorri, um sorriso torto, apologético e eu derreto... Bem,talvez não tão brava.— Gostaria de algo para comer? — Eu pergunto.Ela balança a cabeça lentamente. — Sim. Você, — ela murmura. Tudo se aperta ao sul da minha cintura. Sou seduzida apenas pela sua voz, mas aquela faminta, do tipo eu quero e quero agora, oh meu Deus. Ela está em pé na minha frente, sem me tocar, olhando nos meus olhos e me banhando no calor que está irradiando de seu corpo. Estou bastante quente, agitada e minhas pernas são como geleia, enquanto um desejo escuro me atravessa. Eu a quero.— Você já comeu hoje? — Ela murmura.— Eu comi um sanduíche no almoço, — eu sussurro. Eu não quero falar de alimentos.Ela aperta os olhos. — Você precisa comer.
— Eu realmente não estou com fome agora... de comida.— Do que você está com fome, Srta. Carla? — Acho que você sabe, Sra. Mendonça.Ela se inclina, e de novo, eu acho que ela vai me beijar, mas ela não o faz. — Você quer que eu a beije, Maiara? — Ela sussurra baixinho, no meu ouvido.
— Sim, — eu respiro.— Onde?— Em todos os lugares.— Você vai ter que ser um pouco mais específica do que isso. Eu disse que não vou tocar em você até você implorar para mim e me dizer o que fazer.Minha deusa interior está se contorcendo em sua espreguiçadeira. Estou perdida, ela não está jogando limpo.— Por favor, — eu sussurro.— Por favor o quê?
— Toque-me.— Onde, querida?
Ela está tão tentadoramente perto, o seu perfume é inebriante. Eu me
aproximo e ela recua.— Não, não, — ela repreende, com os olhos, de repente, arregalados e alarmados.
— O quê? — Não... não se afaste.
— Não. — Ela balança a cabeça.
— Nem um pouco? — Eu não posso disfarçar a tristeza em minha voz.
Ela olha para mim, hesitante, e sou encorajada pela sua hesitação. Eu dou um passo na direção, e ela recua, erguendo as mãos em defesa, mas sorrindo.— Olha, Mai. — É um aviso, e ela passa a mão pelos cabelos, exasperada.— Às vezes você não se importa, — observo melancolicamente. —Talvez eu
devesse encontrar um marcador, e poderíamos mapear as áreas não tocáveis.Ela levanta uma sobrancelha. — Isso não é uma má ideia. Onde é o seu quarto?Aponto com a cabeça. Será que ela deliberadamente está mudando de assunto?— Você está tomando a pílula? Oh merda. Minha pílula.Seu rosto me observa com atenção.— Não, — eu chio.— Eu vejo,— ela diz, e seus lábios apertam em uma linha fina. —Venha, vamos ver algo para comer.Oh não!— Eu pensei que nós estávamos indo para a cama! Eu quero ir para a cama com você.
— Eu sei, querida. — Ela sorri e de repente anda em minha direção, ela
agarra meus pulsos e me puxa para seus braços, para que seu corpo fosse pressionado contra o meu.— Você precisa comer e eu também, — ela murmura, com ardor em seus olhos cinzentos, fixos em mim. — Além do que... a antecipação é a chave da sedução, e agora, eu realmente vou retardar essa satisfação. Huh, desde quando?— Eu estou seduzida e quero que a minha satisfação agora. Vou pedir, por favor. — Minha voz soa chorosa. Minha deusa interior está fora de si.Ela sorri para mim com ternura. — Coma. Você está muito magra. — Ela beija minha testa e me libera.Isto é um jogo, parte de algum plano maligno. Eu faço uma carranca para ela.— Eu ainda estou zangada com você por ter comprado a SIP, e agora estou com raiva de você porque você está me fazendo esperar. — Eu amuo.— A madame está zangadinha, não é? Você vai se sentir melhor após uma boa refeição. — Eu sei o que me faria sentir melhor. — Maiara Carla, eu estou chocada. — Seu tom é suavemente divertido.— Pare de me provocar. Você não joga limpo.
Ela sufoca o seu sorriso, mordendo o lábio inferior. Ela parece simplesmente adorável... Marília está brincalhona e brincando com a minha libido. Se apenas as minhas habilidades de sedução fossem melhores, eu sei o que fazer, mas não sou capaz de tocá-la sem me prejudicar.Minha deusa interior estreita os olhos e olha pensativa. Precisamos trabalhar sobre isso.
Marília e eu olhamos uma para a outra com olhar aquecido,eu incomodada e ansiosa, ela, descontraída e divertida, à minha custa, então, eu percebo que não têm comida no apartamento.— Eu poderia cozinhar algo, exceto que teremos que ir às compras.— Às compras? — Para comprar mantimentos.— Você não tem comida aqui? — Sua expressão endurece.Sacudo a cabeça. Merda, ela parece muito irritada.— Vamos às compras, então, — ela diz com firmeza quando ela vira as costas e vai para a porta, abrindo-a para mim.— Quando foi a última vez que esteve em um supermercado? Marília parece fora do lugar, mas ela me segue obedientemente, segurando uma cesta de compras.— Eu não me lembro.— Será que a Sra. Jones faz todas as compras? — Eu acho que Taylor a ajuda. Eu não tenho certeza.
— Você gosta de batata frita? É rápido.— Fritas, isso soa bem. — Sorri Marília, sem dúvida, descobriu meu
motivo oculto para uma refeição rápida.— Eles têm trabalhado para você por muito tempo?— Taylor, quatro anos, eu acho. A Sra. Jones, talvez o mesmo. Por que você não tem comida no apartamento?— Você sabe por que, — murmuro, ruborizada.
— Foi você quem me deixou, — ela resmunga desaprovadora.— Eu sei, — respondo em voz baixa, não querendo lembrar.Nós fomos para o caixa e silenciosamente ficamos na fila.
Se eu não a tivesse deixado, ela teria me oferecido a alternativa de baunilha?Pergunto-me à toa.
— Você tem alguma coisa para beber? — Ela me puxa de volta para o presente.— Cerveja... Eu acho.
— Vou pegar um vinho.Oh querida. Eu não tenho certeza que tipo de vinho está disponível no Ernie’s Supermercado. Marília voltou de mãos vazias, fazendo uma careta e com um olhar de desgosto.— Há uma boa loja de bebidas na porta ao lado, — eu digo rapidamente.— Vou ver o que eles têm.Talvez devêssemos ter ido para sua casa, então não teríamos todos esses problemas. Eu vejo como ela sai determinada, com seu jeito elegante, para fora da porta. Duas mulheres que estavam entrando, a olharam fixamente. Oh sim, olham minha Cinquenta Tons, eu penso desanimada. Eu quero a memória dela na minha cama, mas ela está jogando duro comigo. Talvez eu devesse fazer o mesmo. Minha deusa interior acena freneticamente em acordo. E como eu estou na fila, deparamo-nos com um plano.
Hmm... Marília carrega as sacolas de compras para o apartamento. Ela levou-as desde que saímos da loja, retornando para o apartamento. Ela parece estranha.Não é o seu comportamento habitual de CEO.
— Você parece muito doméstica.
— Ninguém nunca me acusou disso antes, — ela diz secamente. Ela coloca as sacolas na ilha da cozinha. Enquanto eu começo a descarregá-las, ela pega uma garrafa de vinho branco e procura por um saca-rolhas. — Este lugar ainda é novo para mim. Eu acho que o saca-rolhas está naquela gaveta. —Eu aponto com o meu queixo. Isso parece tão... normal. Duas pessoas, conhecendo uma a outra, fazendo
uma refeição. No entanto, é tão estranho. O medo que eu sempre senti em sua presença passou. Nós já fizemos tanta coisa juntos, eu coro só de pensar nisso, e ainda assim eu mal a conheço.— O que você está pensando? — Marília interrompe meu devaneio, enquanto ela encolhe os ombros para fora do paletó de risca de giz e coloca-o no sofá.— Quão pouco eu sei que você, realmente.
Ela olha para mim e seus olhos amolecer. —Você me conhece melhor que ninguém. — Eu não acho que isso seja verdade. — A Sra. Robinson vem sem ser chamada a minha mente, o que é muito indesejável.— É isso, Maiara. Eu sou uma pessoa muito, muito particular.Ela me dá um copo de vinho branco. — Saúde, — ela diz.
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Cinquenta Tons Mais Escuros 🔥
FanfictionAssustada com os segredos obscuros da bela e atormentada Marília Mendonça, Maiara Carla põe um ponto final em seu relacionamento com a jovem empresária e concentra-se em sua nova carreira, numa editora de livros. Mas o desejo por Mendonça domina ca...